domingo, maio 20

Crítica: Plano de Fuga (2012)


Peguem o Gringo!

"Um motorista é preso com uma grana na fronteira com o México. Dali vai parar em uma prisão, que mais parece uma cidade de tão grande que é, comandada por um chefão que vive feito um rei. O motorista termina ficando amigo de uma criança, que mora na prisão, e enceta um plano de fuga audacioso."

Esta é a sinopse do mais novo filme estrelado e co-roterizado por Mel Gibson e lançado no mercado americano diretamente em video: Plano de Fuga (2012).

Aos 56 anos, Gibson surge em tela numa cena inaugural de perseguição que rivaliza com as aberturas de James Bond para provar bastante vigor físico e encarnar o típico herói de filmes do gênero de ação que o consagrou em obras como Máquina Mortífera.

Sem se entregar a grandes explosões, mas mantendo um ritmo ágil com uma trilha sonora mexicana bastante competente, o longa retrata de forma limpa e imparcial o horror das pobres prisões do México, que são colocadas aqui como especialmente imundas e violentas. Para quem assiste o filme, é possivel tanto acompanhar a ação desenfreada que corre na tela como também é facultado ao espectador notar o tenebroso cenário de uma degradante penitenciária e suas mazelas.

Nisto o diretor estreante Adrian Grunberg se mostra particularmente bem sucedido. O assistente de direção de Apocalypto, também com Mel Gibson, utiliza de tomadas rasantes e cortes rápidos para tornar a trama ágil, mas não deixa de pontuar o cenário vulgar e sujo no qual o longa é ambientado.
A estória é bastante comum, mas nem por isso desinteressante. A forma dinâmica como o roteiro é conduzido, sempre com um humor sarcástico e leveza em momentos críticos, torna as motivações do protagonista válidas e não força situações mirabolantes para ser bem sucedido e engraçado. Trata-se de um filme de ação que se percebe como tal em sua função de entreter.

Corrupção, política, violência, crimes, perseguições e mortes formam o mote no qual o protagonista parece bem ambientado, tendo em vista a sua vida criminosa pregressa e suas habilidades para racionar rapidamente e agir de forma furtiva em seus crimes. Vivendo este talentoso assaltante, que é um cananstrão de primeira, Gibson demonstra estar em plena forma física e profissional, conduzindo simpatia ao público e deixando os coadjuvantes brilharem, especialmente o pequeno Kevin Hernandez.

Vale a sessão!

Avaliação: 8/10


Um comentário:

  1. É bom ver Mel Gibson voltando aos filmes de ação.

    Pretendo conferir ainda.

    Abraço

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