segunda-feira, novembro 12

Crítica: (500) Dias com Ela


Por Maurício Owada

Tom Hansen é um rapaz solitário e tímido que estudou arquitetura, mas acabou virando um escritor de cartões de amor, e acha que não pode ser completamente feliz até que ele conhece Summer Finn, uma garota de cabelos negros e olhos azuis e redondos, até que no elevador após terem uma breve conversa sobre o fato dele estar escutando The Smiths e ela adorar, faz ele se interessar por ela, tornam-se a se aproximarem e iniciam um relacionamento amoroso. O problema é que ela não quer algo muito sério, diferente dele que está completamente apaixonado por ela, o que os leva a ter problemas na relação.

De narrativa não-linear e uma linguagem que faz referências aos clássicos do cinema europeu (entre eles O Sétimo Selo, de Ingmar Bergman) a montagem das cenas como a da festa que mostra a expectativas de Tom do que ocorreria e o que realmente acontece traz toda uma dinamicidade a obra, nunca tornando aquela história sobre um relacionamento chato, intercalando sempre os pontos altos e baixos do namoro de Tom e Summer, cuja química só dá certo graças a Joseph Gordon-Levitt e Zooey Deschanel, que interpretam um casal fofo, de mesmos gostos musicais e que compartilhavam momentos banais, mas para eles especiais. Joseph em um papel de grande destaque, no qual veio se desenvolvendo, onde o único ponto baixo foi G.I. Joe - A Origem de Cobra, fora isso, é um ator que a cada projeto vem demonstrando uma carreira promissora.

O roteiro de Scott Neustadter e Michael H. Weber é bem costurado, os diálogos são bem escritos, principalmente os íntimos entre o casal, trabalhando toda a composição dos personagens. Como se diz no filme, não é uma história de amor, mas um filme sobre amor, mostrando todo o lado bom do relacionamento, como quando Tom fala do sorriso, o jeito de olhar, as gargalhadas dela como coisas que o confortam, para depois de um tempo de complicações e problemas, tudo aquilo o irritar.

No fim do filme, não dá pra dizer se vale a pena dar o sangue e a alma por uma pessoa que ama, mas deixa claro que nesses casos, sempre estaremos fadados a momentos belos e alegres, ou então a momentos totalmente deprimentes, pois o amor é assim. Seguindo a linha de Noivo Neurótico, Noiva Nervosa, de Woody Allen, não só no assunto abordado, mas pelas referências de caráter artístico, (500) Dias com Ela é sobre altos e baixos em um namoro.

"Tom aprendeu que não devemos dar significados cósmicos a simples eventos terrenos".

Nota: 8/10


5 comentários:

  1. esta errado.Significados cósmicos é o que faz aquilo que ele sentiu realmente especial, unico e diferente. Não tente transformar algo que foi especial em um simples evento terreno. A culpa é da garota, como sempre foi....

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  2. O filme é muito chato, muito tosco.
    Uma bosta.

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  3. Filme muito bom, nem tanto original ... Lembra muito o Noivo Neurótico, Noiva nervosa

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  4. Eu já gosto do filme, acho bem original.

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  5. Retrata a realidade. E como levantar de uma queda pós namoro.

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