Por João Inácio
Twixt é um filme estranho, dirigido por ninguém menos que o veterano, adorado pela maioria absoluta dos cinéfilos, Francis Ford Coppola. O filme sofreu varias críticas sendo apontado por muitos como o mais fraco de sua carreira.
Falando
em Scorsese, é notável que Twixt tem muito em comum com Ilha do Medo (Shutter
Island, 2010), tirando a
já citada técnica exagerada, a principal força motriz de Ilha são
os ecos dos filmes Polícias B década de 40 e 50 que o filme chupava. Em Twixt,
Coppola tenta tirar a força de seu filme de referências a literatura de Edgar
Allan Poe, mas onde Scorsese foi bem sucedido FFC não consegue ter o mesmo êxito,
já que Twixt nunca ultrapassa a homenagens, ainda que digna e interessante,
a Poe, o filme depende da força da literatura e das influências literárias para
que tenha vida. Sua vitalidade depende da obra de outro.
Outro
fator que pesa para que julguemos Twixt como um filme estranho é a escolha do ator
Val Kilmer como protagonista. Carismático, mas limitado como intérprete, Kilmer
esbanja canastrice, algo que gera um saldo nas cenas cômicas onde o filme apela
para o humor negro e que ressalta o fato do filme não levar a sério, mas
compromete totalmente a parte dramática do filme, tirando qualquer impacto que
essa possa ter. Parece
que Coppola acredita mesmo na força da sub-trama do personagem de Kilmer e sua
esposa, mas essa é provavelmente a parte menos interessante do filme.
No fim
parece que as maiores qualidades da película são as curiosidades. Twixt pode não
ser um filme ruim, mas não é exatamente bom.
Nota: 6,0/10,0
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