Por Maurício Owada
"O início de uma das obras-primas
de fantasia no cinema"
Após um empolgante epílogo sobre o Um Anel, seu poder destrutivo e que corrompeu a alma de reis, a guerra contra Sauron e as consequências ao mantê-lo intacto, mesmo após derrotar o Senhor das Trevas, somos levados ao belíssimo Condado, onde conhecemos Gandalf (Ian McKellen), um mago e o hobbit Frodo (Elijah Wood), a primeira parte da trilogia dirigida por Peter Jackson já nos encanta pela trilha-sonora de Howard Shore e a direção de arte que reproduz o verde vivo das gramas e o confortante marrom da casa dos hobbits que ali vivem. Mas algo começou a despertar - o exército de Sauron e ele próprio -, e Frodo precisará levar o Anel a Mordor, onde foi criado através de suas lavas, para lá mesmo ser destruído.
É inegável que o universo criado por Tolkien é encantador, toda a sua mitologia que vai sendo apresentada ao longo da jornada feita pela Sociedade do Anel, que têm a tarefa de junto com Frodo, destruir o anel, se juntando ao elfo Legolas (Orlando Bloom), o anão Gimli (John Rhys-Davis) e Aragorn (Viggo Mortensen), descendente direto dos primeiros reis que governou os homens na Terra-Média, mas devido ao sombrio passado envolvendo o Um Anel, têm medo de encarar o seu destino. Peter Jackson começa bem a trilogia iniciando uma apresentação dos personagens e da história, o trabalho do roteiro encima de um material tão vasto e rico é bem feito e do mesmo modo é o filme, e obviamente toda a obra é cheia de personagens carismáticos, apesar de que muitos seriam maior aprofundados no segundo filme, mas é Gandalf, O Cinzento, na pele de Ian McKellen é quem conquista mais os espectadores, ao mesmo tempo sábio, prudente, companheiro e até divertido, todas as cenas com o mago funciona e não a toa que recebeu uma indicação ao Oscar.
O visual não é só lindo, mas detalhista e totalmente caprichado, o figurino, a direção de arte, a cinematografia, as maquiagens e os efeitos especiais foram trabalhados minuciosamente para que ajudassem a compor a Terra-Média como um todo, de uma forma que ele se mostrasse grande e riquíssimo, mas ainda assim, mostrando que há muito o que se explorar, seja pelos contantes ângulos horizontais que destacam a vastidão da Terra-Média representada pelas montanhosas paisagens da Nova Zelândia, terra natal do cineasta.
Os méritos devem ser dados ao cineasta neo-zelandês, já que é muita ousadia adaptar uma obra tão grande como O Senhor dos Anéis, considerado até certo ponto infilmável (até vir este filme) e de tamanha importância para a literatura fantástica, com diversos admiradores pelo mundo. Peter realmente tinha um árduo trabalho pela frente em colocar tudo isso na película, e fica evidente a paixão dele em filmar, mas mesmo assim todo o cuidado técnico é exigido e ele jamais deixa o filme perder ritmo, e trás cenas memoráveis como Gandalf gritando "You Shall Not Pass" a Balrog, em uma cena épica e impactante.
O Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel (The Lord of the Rings: The Fellowship of the Ring)é uma lindíssima introdução a Terra-Média e todas as suas composições criadas por J.R.R. Tolkien, Peter Jackson apresenta em tela uma obra grandiosa nas telas, reproduz todo este mundo e ainda apresenta os personagens, mas ainda não os aprofunda totalmente, deixando espaço para isso nas sequências que viria a seguir. Épico é a palavra chave deste filme, mas até isso o cineasta ainda abrangeria o conceito ao correr da trilogia.
Nota: 9,5/10,0
Trailer:
Fui rever esses dias, e não lembrava do quão fantástico era, literalmente. É de uma complexidade que assombra, seja pelos minuciosos detalhes do trabalho técnico ou pela narrativa lindamente regada por textos poéticos e marcantes. Incrível!
ResponderExcluirA Sociedade do Anel é meu favorito! Realmente muito bom!
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