sexta-feira, maio 18

Crítica: Armageddon (1998)


Por Kaio Feliphe

"Defeituoso e divertido."

Sempre que ouvia falar de Michael Bay, escutava as mesmas coisas. “Diretor horrível!”; “Os filmes dele são um lixo, vazios!”; “Só prestam os efeitos especiais.”. Mas também tenho vários amigos que gostam do trabalho dele. E o que era mais elogiado por eles era essa superprodução de 1998, “Armageddon”. Bom, para ter uma opinião própria sobre o diretor, já que não tinha assistido nenhum trabalho dele, resolvi conferir esse filme. E, em uma primeira impressão, Bay não é um diretor tão ruim quanto dizem.

O filme, como já foi dito, é de 1998 e conta a história de um grupo de perfuradores de petróleo é chamado pelo governo norte-americano para salvar a Terra de um asteróide gigantesco que está vindo em direção ao planeta. A premissa interessante deu resultado e o filme lucrou milhões e milhões de dólares nas bilheterias mundiais, sendo um dos pioneiros dos filmes sobre catástrofes mundiais, influenciando outros trabalhos como O Dia Depois De Amanhã (The Day After Tomorrow, 2004) e 2012 (2012, 2009).

Durante todo o filme, percebemos o gosto de Michael Bay por uma câmera inquieta, sempre em movimento. No início, principalmente nas primeiras cenas, essa preferência do diretor chega a irritar, fazendo cortes rápidos e uma câmera que fica girando em torno dos personagens. Tudo isso atrapalha na compreensão do que se quer transmitir com as cenas. Mas ao passar do tempo, Bay diminui o uso desse recurso, utilizando apenas nas cenas de ação mais frenéticas, e isso foi bem feito, dando dinâmica à história.

Outro ponto que sempre reclamam do diretor é que os roteiros de seus filmes são bem ruins. Diferentemente desse pensamento, o roteiro de “Armageddon” é bem feito, ocupando completamente as 2h20min de filme, não criando cenas longas demais ou desnecessárias. Isso é outro ponto positivo do filme. As cenas são rápidas e diretas, passando apenas o necessário para o espectador, tornando o filme com um entendimento mais fácil.

Mas um defeito bem perceptível é a falta de habilidade do diretor em extrair sentimentos dos atores. Nas cenas com um teor psicológico maior, como na despedida dos astronautas antes da viagem, o que se passa na tela não transmite a emoção que teoricamente deveria. As cenas parecem forçadas, sem naturalidade. Talvez se fosse um diretor com mais habilidade, a obra teria um ganho maior na qualidade, obtendo uma carga emotiva maior e cativando o público.

Já a parte técnica do filme é incrível. Efeitos especiais de primeira qualidade, que deixam qualquer um boquiaberto e que continuam atuais depois de quase 15 anos. A trilha-sonora também da um show à parte. Esse quesito me cativou pessoalmente, já que contém, em sua maior parte, músicas da banda norte-americana Aerosmith, uma das minhas preferidas. Ao ouvir “I Don’t Want To Miss A Thing” ao subir dos créditos, foi realmente marcante, pois tenho um carinho muito grande por essa música.

No final das contas, “Armageddon” é um filme com falhas. Mas os pontos positivos são encontrados em maioria, o que é um grande feito. Michael Bay aparenta ser um diretor mediano, que tem o dom para filmar cenas de ação, mas falha em partes mais emocionais. Mas este ponto não é tão crucial em filmes do gênero. O que interessa é ter explosões, tiros e efeitos especiais, acompanhados de um roteiro bem elaborado e de uma direção competente. Pelo menos nesse filme, todos os requisitos citados são realizados. Missão Cumprida!

Avaliação: 7/10




Trailer:


2 comentários:

  1. Eu gosto desse filme, acho bom, mas ele não me surpreende em nada.
    Bom, sejamos francos: é raro um filme de aventura do Bruce Willis surpreender em alguma coisa, né? Não vou dizer que quem já viu um já viu todos, mas passa perto disso.

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  2. Com o Bruce gosto bastante de Duro de Matar, principalmente o 4.0

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