Por Kaio Feliphe
Sempre que ouvia falar de Michael Bay, escutava as mesmas coisas. “Diretor horrível!”; “Os filmes dele são um lixo, vazios!”; “Só prestam os efeitos especiais.”. Mas também tenho vários amigos que gostam do trabalho dele. E o que era mais elogiado por eles era essa superprodução de 1998, “Armageddon”. Bom, para ter uma opinião própria sobre o diretor, já que não tinha assistido nenhum trabalho dele, resolvi conferir esse filme. E, em uma primeira impressão, Bay não é um diretor tão ruim quanto dizem.
"Defeituoso e divertido."
Sempre que ouvia falar de Michael Bay, escutava as mesmas coisas. “Diretor horrível!”; “Os filmes dele são um lixo, vazios!”; “Só prestam os efeitos especiais.”. Mas também tenho vários amigos que gostam do trabalho dele. E o que era mais elogiado por eles era essa superprodução de 1998, “Armageddon”. Bom, para ter uma opinião própria sobre o diretor, já que não tinha assistido nenhum trabalho dele, resolvi conferir esse filme. E, em uma primeira impressão, Bay não é um diretor tão ruim quanto dizem.
O
filme, como já foi dito, é de 1998 e conta a história de um grupo de
perfuradores de petróleo é chamado pelo governo norte-americano para salvar a Terra
de um asteróide gigantesco que está vindo em direção ao planeta. A premissa
interessante deu resultado e o filme lucrou milhões e milhões de dólares nas
bilheterias mundiais, sendo um dos pioneiros dos filmes sobre catástrofes
mundiais, influenciando outros trabalhos como O Dia Depois De Amanhã (The Day After Tomorrow, 2004) e 2012 (2012, 2009).
Durante
todo o filme, percebemos o gosto de Michael Bay por uma câmera inquieta, sempre
em movimento. No início, principalmente nas primeiras cenas, essa preferência
do diretor chega a irritar, fazendo cortes rápidos e uma câmera que fica
girando em torno dos personagens. Tudo isso atrapalha na compreensão do que se
quer transmitir com as cenas. Mas ao passar do tempo, Bay diminui o uso desse
recurso, utilizando apenas nas cenas de ação mais frenéticas, e isso foi bem
feito, dando dinâmica à história.
Outro
ponto que sempre reclamam do diretor é que os roteiros de seus filmes são bem
ruins. Diferentemente desse pensamento, o roteiro de “Armageddon” é bem feito,
ocupando completamente as 2h20min de filme, não criando cenas longas demais ou
desnecessárias. Isso é outro ponto positivo do filme. As cenas são rápidas e
diretas, passando apenas o necessário para o espectador, tornando o filme com um
entendimento mais fácil.
Mas
um defeito bem perceptível é a falta de habilidade do diretor em extrair
sentimentos dos atores. Nas cenas com um teor psicológico maior, como na
despedida dos astronautas antes da viagem, o que se passa na tela não transmite
a emoção que teoricamente deveria. As cenas parecem forçadas, sem naturalidade.
Talvez se fosse um diretor com mais habilidade, a obra teria um ganho maior na
qualidade, obtendo uma carga emotiva maior e cativando o público.
Já
a parte técnica do filme é incrível. Efeitos especiais de primeira qualidade,
que deixam qualquer um boquiaberto e que continuam atuais depois de quase 15
anos. A trilha-sonora também da um show à parte. Esse quesito me cativou
pessoalmente, já que contém, em sua maior parte, músicas da banda
norte-americana Aerosmith, uma das
minhas preferidas. Ao ouvir “I Don’t Want To Miss A Thing” ao subir dos
créditos, foi realmente marcante, pois tenho um carinho muito grande por essa
música.
No
final das contas, “Armageddon” é um filme com falhas. Mas os pontos positivos
são encontrados em maioria, o que é um grande feito. Michael Bay aparenta ser
um diretor mediano, que tem o dom para filmar cenas de ação, mas falha em
partes mais emocionais. Mas este ponto não é tão crucial em filmes do gênero. O
que interessa é ter explosões, tiros e efeitos especiais, acompanhados de um
roteiro bem elaborado e de uma direção competente. Pelo menos nesse filme,
todos os requisitos citados são realizados. Missão Cumprida!
Avaliação: 7/10
Eu gosto desse filme, acho bom, mas ele não me surpreende em nada.
ResponderExcluirBom, sejamos francos: é raro um filme de aventura do Bruce Willis surpreender em alguma coisa, né? Não vou dizer que quem já viu um já viu todos, mas passa perto disso.
Com o Bruce gosto bastante de Duro de Matar, principalmente o 4.0
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