"A delicadeza em tratar do
sentimento da morte de Daldry"
Antes de Tão Forte e Tão Perto, Stephen Daldry
dirigiu três ótimos filmes, dentre os quais O Leitor (The Reader, 2008) é o menos conclusivo. O
fantástico em todos eles é determinar uma razão no que tange a perspectiva de
qualquer enredo baseado na realidade criada ou transformada, um suporte para o
mais profundo acordo entre ideias que embasam o principal foco, sobre o olhar
outrora determinado na narração, nos diálogos considerados absorventes do
tempo, e somente úteis para a formação quantitativa do desfecho arrebatador.
Alguns poderão dizer enxurrada de falas negativas, qualidades desgastantes;
porém o que significa aprofundar sentimentos, se não criar uma situação de
reflexão e compreensão dos fatores componentes da clarividência imaculadamente
transportada à tela. Contornando a subjetividade, Daldry criou a sutileza de se
dar inteiramente à um objetivo, e traçar metas conduz com habilidades
inconcebíveis a uma criança de onze anos, que perdeu o pai em um terrível
acidente, possui uma mãe abalada por toda
a drástica situação, onde vê em uma oportunidade de viajar através do mistério
e da certeza de reconhecimento não plenamente distinguido, a chance antes
tirada de suas mãos pela existência da morte.
Deixando de lado nacionalismos, heroísmos e todo tipo de
termos propagandistas relativos a valorização dos Estados Unidos e sua força
superior romântica de se dar aos desastres, Extremely Loud and Incredibly Close
(no original) atormenta qualquer espectador que não se propõe a focalizar o
enredo rebuscado que ele oferece. Isso, nacionalismos, heroísmos e etc à parte.
Aliás, nada é tão bonito no filme como a forma utilizada em transparecer
originalidade, sentimentalismo perturbador, ódio resguardado, amores
destruídos; forças intensas, mas encobertas pelo medo, em respeito ao surreal,
vivido pelos parentes das vítimas. É bem mais triste perceber que nada disso
possa existir, e bem mais cruel acreditar na impossibilidade de Tão Forte e Tão
Perto distinguir uma razão de qualidade no que se refere a obter noções básicas
de autoconhecimento. Enfim, a superação nada mais é do que a rotina criada após
um desastre. Não o fato de se opor as regularidades da vida, mas sim ver
motivos simples para ser feliz. O cinema americano tornou-se uma máquina de
produção neste quesito, ainda que a superficialidade continue vigente, a história contada por Daldry é uma exceção,
se vista por outro ângulo.
Uma das grandes decepções do ano... Absurdamente superficial, chato, protagonizado por um moleque insuportável e mostrando os estadunidenses como bondosos coitadinhos... Daldry dando mancada...
ResponderExcluirVisão interessante, porém de um outro ângulo..
ResponderExcluirPode ser que a comparação não seja nem válida, mas o livro samba na cara do filme, que nem é ruim, de modo algum, só acho poderia ampliar mais o leque de oportunidades que o material original oferecia. E quanto ao garoto protagonista, merecia mais uma indicação ao Oscar de melhor atoe que um ou outro nome que concorreu esse ano!
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