O retrato definitivo
da juventude. O personagem mais icônico. Tudo aquilo que um diretor deve fazer
em um filme. Isso são só algumas definições que Juventude Transviada poderia receber. Os grandes Nicholas Ray e
James Dean conseguiram unir em apenas um personagem, a personalidade de um
ídolo juvenil. Imaginem uma junção de Hendrix, Lennon, Kobain e outros ídolos
da cultura pop. É impossível não se tornar fã de Dean assistindo a essa obra e
seu inesquecível Jim Stark, com sua camisa branca e a sua jaqueta vermelha.
Além de ter um dos mais belos trabalhos de direção de toda a história. Novamente, icônico.
(Avaliação: 8/10)
Sabe aquela sensação
quando você está acompanhando alguma coisa cultuada por todos, mas você não
consegue entender o porquê? Então, foi essa sensação que tive ao assistir O Massacre da Serra Elétrica, clássico
do terror setentista. O filme conta “A” história. O modelo a ser seguido por
todos os filmes de terror. Um grupo de jovens que, no meio do nada, acaba
encontrando uma família de psicopatas que matam pessoas com uma serra elétrica.
O grande problema da história é a direção esquizofrênica de Tobe Hooper. Sua
movimentação de câmera atrapalha toda a mise-en-scène do filme. Além de não
criar nenhuma conexão entre obra-espectador, sempre soando artificial. Enfim,
uma decepção. (Avaliação: 5/10)
“’O Cinema mostra-nos um mundo que cabe em nossos
desejos. O Desprezo é a história deste mundo.” A
definição da narração inicial de O
Desprezo é mais que perfeita. Do diretor francês Jean-Luc Godard, esse
filme de 1963 é a definição de obra-prima no cinema. Debate sobre
relacionamentos, coloca a Mulher num altar e a idolatra enquanto mostra a
verdade sobre o Homem. Além disso, possui uma das mais perfeitas direções já
vistas. Na verdade, ninguém – repito, ninguém – filma como Godard. Em O Demônio
das Onze Horas também se percebe isso, mas o excesso filosófico do diretor me
incomodou um pouco, mas cada enquadramento seu é de uma beleza impressionante.
Godard faz poesia com imagens, e O Desprezo é a prova perfeita dessa afirmação.
(Avaliação: 9/10)
Por Kaio Feliphe
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Tropa de Elite 2
Revendo estes últimos dias um dos filmes mais rentáveis do cinema brasileiro, o filme de José Padilha começa a apresentar alguns problemas, sim o filme é impecável em muitos aspectos, mas não se pode negar que Padilha, apesar de mostrar toda a falcatrua e os crimes por trás de uma eleição que envolve milícias, acaba tendo uma visão ainda generalizada da coisa. Alguns personagens são caricatos demais como o apresentador de TV Fortunato, interpretado por André Mattos, dando um exagero que não beneficia o filme que tende a ter uma visão realista da sociedade, mesmo sendo do ponto de vista de Nascimento (Wagner Moura), o fato do personagem Fraga ter uma visão de "limpar a sociedade" totalmente oposta de Nascimento. Baseada no diálogo, poderia haver um maior debate de como mudar a sociedade. Porém, ainda não deixa de ser uma excelente obra do cinema brasileiro. (avaliação 7.5/10)
O Livro de Eli
É um típico filme de ação pós-apocalíptico, com uma fotografia quase preto-e-branco, conta a história de Eli, um homem que protege um livro que contém segredos que nas mãos erradas, poderia ser um perigo. Obviamente, com o passar da história o que é o livro se torna muito óbvio, e apesar das ótimas cenas de ação, principalmente a luta em um túnel onde de um ângulo fixo, onde se vê apenas os movimentos das silhuetas dos personagens lutando entre si. Mas a mensagem é comum, com ótimas atuações de Denzel Washington e Gary Oldman como o vilão Carnegie, que domina um vilarejo no meio do nada. (avaliação 6/10)
Por Maurício Owada
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