quinta-feira, outubro 4

Balanço do Mês: Setembro (2012)

O novo filme de Sacha Baron Cohen foi lançado há alguns meses. Desde a sua divulgação, Cohen vinha fazendo uma propaganda enorme. Parecia que seu filme seria uma nova obra-prima da comédia. Entretanto, O Ditador não corresponde a essa expectativa. Com piadas completamente sem graças, cenas constrangedoras (aquela cena com o parto da mulher na loja é uma das coisas mais medonhas que eu já vi) e Cohen mais irritante do que nunca são a marca registrada desse desastre. A cena do helicóptero é a única parte realmente engraçada no meio de toda essa bobagem. (Avaliação: 4/10)


O retrato definitivo da juventude. O personagem mais icônico. Tudo aquilo que um diretor deve fazer em um filme. Isso são só algumas definições que Juventude Transviada poderia receber. Os grandes Nicholas Ray e James Dean conseguiram unir em apenas um personagem, a personalidade de um ídolo juvenil. Imaginem uma junção de Hendrix, Lennon, Kobain e outros ídolos da cultura pop. É impossível não se tornar fã de Dean assistindo a essa obra e seu inesquecível Jim Stark, com sua camisa branca e a sua jaqueta vermelha. Além de ter um dos mais belos trabalhos de direção de toda a história. Novamente, icônico. (Avaliação: 8/10)


Sabe aquela sensação quando você está acompanhando alguma coisa cultuada por todos, mas você não consegue entender o porquê? Então, foi essa sensação que tive ao assistir O Massacre da Serra Elétrica, clássico do terror setentista. O filme conta “A” história. O modelo a ser seguido por todos os filmes de terror. Um grupo de jovens que, no meio do nada, acaba encontrando uma família de psicopatas que matam pessoas com uma serra elétrica. O grande problema da história é a direção esquizofrênica de Tobe Hooper. Sua movimentação de câmera atrapalha toda a mise-en-scène do filme. Além de não criar nenhuma conexão entre obra-espectador, sempre soando artificial. Enfim, uma decepção. (Avaliação: 5/10)



“’O Cinema mostra-nos um mundo que cabe em nossos desejos. O Desprezo é a história deste mundo.” A definição da narração inicial de O Desprezo é mais que perfeita. Do diretor francês Jean-Luc Godard, esse filme de 1963 é a definição de obra-prima no cinema. Debate sobre relacionamentos, coloca a Mulher num altar e a idolatra enquanto mostra a verdade sobre o Homem. Além disso, possui uma das mais perfeitas direções já vistas. Na verdade, ninguém – repito, ninguém – filma como Godard. Em O Demônio das Onze Horas também se percebe isso, mas o excesso filosófico do diretor me incomodou um pouco, mas cada enquadramento seu é de uma beleza impressionante. Godard faz poesia com imagens, e O Desprezo é a prova perfeita dessa afirmação. (Avaliação: 9/10)


Por Kaio Feliphe

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Tropa de Elite 2

Revendo estes últimos dias um dos filmes mais rentáveis do cinema brasileiro, o filme de José Padilha começa a apresentar alguns problemas, sim o filme é impecável em muitos aspectos, mas não se pode negar que Padilha, apesar de mostrar toda a falcatrua e os crimes por trás de uma eleição que envolve milícias, acaba tendo uma visão ainda generalizada da coisa. Alguns personagens são caricatos demais como o apresentador de TV Fortunato, interpretado por André Mattos, dando um exagero que não beneficia o filme que tende a ter uma visão realista da sociedade, mesmo sendo do ponto de vista de Nascimento (Wagner Moura), o fato do personagem Fraga ter uma visão de "limpar a sociedade" totalmente oposta de Nascimento. Baseada no diálogo, poderia haver um maior debate de como mudar a sociedade. Porém, ainda não deixa de ser uma excelente obra do cinema brasileiro. (avaliação 7.5/10)



O Livro de Eli

É um típico filme de ação pós-apocalíptico, com uma fotografia quase preto-e-branco, conta a história de Eli, um homem que protege um livro que contém segredos que nas mãos erradas, poderia ser um perigo. Obviamente, com o passar da história o que é o livro se torna muito óbvio, e apesar das ótimas cenas de ação, principalmente a luta em um túnel onde de um ângulo fixo, onde se vê apenas os movimentos das silhuetas dos personagens lutando entre si. Mas a mensagem é comum, com ótimas atuações de Denzel Washington e Gary Oldman como o vilão Carnegie, que domina um vilarejo no meio do nada. (avaliação 6/10)


Por Maurício Owada



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