Buena Vista Social
Club é
o nome de uma famosa e antiga casa de shows cubana que existia em
havana e sobreviveu até meados de 1950 e onde
muitos músicos de grande importância da musica cubana
haviam se apresentado. O nome da casa de shows acabou sendo usado pelo
guitarrista e produtor musical americano Ry Coode em seu muito bem sucedido disco gravado em
Cuba com varias lendas da musica cubana. O álbum Buena Vista Social Club foi
gravado em havana no Egrem Estúdios, legendários da musica cubana,
com boa maioria músicos locais com mais de 60 e alguns com
mais de 70 anos, mas infelizmente esquecidos por anos, o disco fez uma grade
sucesso internacional, rendendo prêmios de
grande importância como o Grammy além de revitalizar a fama
dos músicos latinos em seu país natal e render um grande sucesso, de
público e critica, que o guitarrista Ry Coode não teve por anos. Um como esse disco obviamente merece
um registro a altura, então com direção de um documentário homônimo, Buena Vista Social Club,
entrega ao alemão Win Wenders podia se esperar o melhor, mas o resultado fica
bem longe do esperado.
Em
um documentário sobre um determinado artista, os fã desse terão interesse em assisti-ló, logo se
espera que o realizador seja inventivo para que o filme não caia no lugar-comum
e que alcance um publico mais amplo do que os fãs, mas em Buena
Vista Social Club não encontramos nenhuma sacada genial de
outros documentários do diretor, nada como a ideai de
juntar vários diretores de estilos totalmente diferentes em um quarto
de hotel para discutir o futuro do cinema como em Quarto 666 (1982),
ou fazer um panorama comparando a cidade de Tokyo dos tempos atuais com a
mostrada nos filmes de Ozu em Tokyo-Ga (1985).
A estrutura do documentário é desprovida de maiores riscos: o diretor se limita, na maior parte de sua duração, em alternar cenas de depoimentos dos músicos sobre sua vida e sua relação com a música e cenas onde os músicos tocam as músicas do disco em um show, certamente que é interessante conhecer mais sobre a vida desses músicos e as canções são belas, mas o filme parece mais um documentário feito para a televisão, não muito diferente de vários outros documentários sobre música que tem seu valor para quem quer conhecer a melhor determinado artista mas tem um valor cinematográfico bem limitado, o que pode ser bem decepcionante.
A estrutura do documentário é desprovida de maiores riscos: o diretor se limita, na maior parte de sua duração, em alternar cenas de depoimentos dos músicos sobre sua vida e sua relação com a música e cenas onde os músicos tocam as músicas do disco em um show, certamente que é interessante conhecer mais sobre a vida desses músicos e as canções são belas, mas o filme parece mais um documentário feito para a televisão, não muito diferente de vários outros documentários sobre música que tem seu valor para quem quer conhecer a melhor determinado artista mas tem um valor cinematográfico bem limitado, o que pode ser bem decepcionante.
O documentário ainda
falha em querer estabelecer certas coisas, a principal delas e que existe um
grande amizade entre Ry Coode e os velhinhos cubanos, sendo que
fica claro que a relação entre eles é apenas profissional, isso acaba rendendo cenas
um tanto constrangedora como a em que Coode aparece ao lado de alguns destes
rindo e conversando, por meio de um interprete, pois o músico nem sequer
fala espanhol, a cena acaba exercendo o oposto do que era pretendido,
reforçando a imagem de que a relação de Cooder e dos músicos é estritamente
profissional.
Alguns dos
poucos momentos fortes do filme se encontram no seu inicio e em seu final,
quando o diretor se afasta da estrategia de alternar as cenas de show
e entrevista. No inicio temos a cena em que vemos um dos músicos passando pelas
ruas de havana, e perguntando para os moradores onde ficava a antiga
casa de show Buena Vista Social Club, uma cena bem
intrigante; e na passagem final, em que alguns músicos da Buena Vista
Social Club vão as ruas de Nova York e se deslumbram com “exotismo” da cidade,
se encantam com os prédios e com as vitrines das lojas, coisas que nunca viam em
Cuba, algo que não deixa de ser irônico, pois grande parte do sucesso da música
latina e por consequencia desse documentário nos EUA e na Europa se
deve ao fator exótico. Mas pode-se notar que para esses velhinhos que nunca
saíram de Cuba a metrópole de Nova York é um lugar bem peculiar.
Avaliação: 6/10
Boa Tarde. Como devo proceder para obter cópia do filme de Wim Wenders relatando " Buena Vista Social"
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