tag:blogger.com,1999:blog-30094026297711002242024-03-19T12:06:29.542-07:00E Aí, Cinéfilo, Cadê Você?O blog de cinema que faz parte de sua leitura diária!Wendell Marcelhttp://www.blogger.com/profile/17995713870829287278noreply@blogger.comBlogger589125tag:blogger.com,1999:blog-3009402629771100224.post-62236600018669295352019-08-16T06:49:00.004-07:002019-08-16T06:49:50.012-07:00Crítica: Era Uma Vez Em... Hollywood (2019) <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhBsP6nlrC1HgKx-jATznIa89aFaEe03BSXx10vZnZq3q__q8QR5xXgb4Z9qPFflJHJ85ZQstCUzKNLo24INzk6Sk2JiSIpuIpv6S6E2Pwk-jxJnB8u-zHmH22z6JXDMyi8uhkgJB_SifU/s1600/once-upon-a-time-in-hollywood-poster.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1080" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhBsP6nlrC1HgKx-jATznIa89aFaEe03BSXx10vZnZq3q__q8QR5xXgb4Z9qPFflJHJ85ZQstCUzKNLo24INzk6Sk2JiSIpuIpv6S6E2Pwk-jxJnB8u-zHmH22z6JXDMyi8uhkgJB_SifU/s400/once-upon-a-time-in-hollywood-poster.jpg" width="270" /></a></div>
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Por <b>Maurício Owada</b></div>
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<i>Uma Hollywood que está na memória e nos anseios</i></div>
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<b>Quentin Tarantino</b> sempre demonstrou seu carinho com o cinema expresso em sua filmografia - em cada frame, havia uma homenagem, uma referência e a constatação de mais um filme que conhecíamos entre tantos dos quais ele tanto apreciava. A variedade de gêneros, produções e países era imensa. Do cinema japonês logo para o cinema italiano de Leone, para um plano que relembrava um clássico francês para uma produção B e exploitations... e por aí vai. Esse sempre foi o que nos acostumamos a ver do processo criativo do cineasta até mais ou menos, <b>Django Livre</b> (<i>Django Unchained</i>, 2013).</div>
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Apesar dos filmes do Tarantino sempre terem evocado propostas de narrativas diferentes durante o decorrer da carreira, sempre havia uma certa expectativa básica de seus filmes - o plano dos porta-malas, músicas sessentistas e setentistas embalando a trilha sonora, uma violência chocante e gráfica na medida da comédia e do suspense. Mas desde <b>Os Oitos Odiados </b>(<i>The Hateful Eight</i>, 2015), vem quebrando alguns desses códigos, que se desenvolve narrativamente como uma peça de teatro, além de ter explorado o gênero por matrizes diferenciadas - a opção por uma narrativa de thriller e o filme quase todo num cenário só. </div>
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Em<b> Era Uma Vez em... Hollywood</b> (<i>Once Upon a Time in... Hollywood</i>, 2019), <b>Tarantino</b> segue essa linha de não trazer o que tornou seus filmes familiar nos últimos quase 30 anos. A maturidade tanto no roteiro quanto na direção da câmera e seus atores faz o cineasta se aproximar mais ainda daqueles que aprendeu a admirar - na cena do duelo entre Cliff Booth (<b>Brad Pitt</b>) e Bruce Lee (<b>Mike Moh</b>), por exemplo, as mudanças de plano são delineadas pela movimentação da câmera, tão comum nos trabalhos de <b>Akira Kurosawa</b> e <b>Steven Spielberg</b>.</div>
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Como um filme metalinguístico, ele se rende a um pouco da auto-referência - entre considerar o ego do cineasta ou entendê-lo a partir de suas inspirações, fica a cargo do público - mas também serve como exercício de linguagem onde ele imerge na narrativa de um seriado em que Rick Dalton (<b>Leonardo DiCaprio</b>) atua como se estivéssemos assistindo, para mais tarde interromper porque o ator esqueceu as falas e retomar toda a movimentação de câmera de onde começou.</div>
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Mas diante de um retrato fiel de uma época saudosa e de transição da indústria hollywoodiana (a recriação de época através dos televisores passando seriados, cinemas projetando filmes em película, letreiros luminosos e garrafais e as publicidades constantes de cigarros), busca-se o retrato do espírito desta época em um olhar contemplativo de memórias nostálgicas de quem não as viveu - fator essencial em entender como a narrativa prossegue e para qual momento específico a narrativa se bifurca - e a construção de uma <b>Margot Robbie</b> angelical se torna essencial para sua <b>Sharon Tate</b>. É claro que o cineasta faz rir do/com seus personagens principais, mas também lhes dá contorno de humanidade que transfere a eles algo pouco comum na filmografia de Tarantino - como dissera <b>Pablo Villaça</b> na sua cobertura em Cannes, fica perceptível o carinho do cineasta com aqueles personagens e <b>Sharon Tate</b> parece ser mais um produto da imaginação do cineasta baseado nas curiosidades e relatos dos bastidores das celebridades do que o retrato fiel em si da atriz cuja vida e carreira foi interrompida de forma cruel.</div>
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Mas o filme não é perfeito - o ritmo deliberado é percebido pelo público até entender o objetivo da narrativa e o foco no desenvolvimento dos personagens que não se sustenta em um grande <i>plot</i> de vingança. A referência de feminicídio como piada dentro da história de um dos personagens soa inadequado numa época depois do <i>MeToo</i>, das acusações e prisão do produtor com quem trabalhou desde o começo por assédio e abuso sexual e até de relatos de <b>Uma Thurman</b> de abuso psicológico por parte do próprio cineasta - uma discussão fora do campo da ficção (que já se envolve no evento acerca de <b>Sharon Tate</b>), mas difícil de desvincular quando não se concorda com a ideia de separação entre obra e autor.</div>
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O elenco em si é um deleite - <b>Leonardo DiCaprio</b> demonstra cada vez mais sua grande capacidade como ator (independente dos esforços hercúleos de nadar em águas congelantes), principalmente quando explora seu lado cômico como fizera em <b>O Lobo de Wall Street </b>(<i>The Wolf of Wall Street</i>, 2015), juntamente com <b>Brad Pitt</b> como seu fiel dublê que evoca mistério e uma certa ambiguidade moral típica de um <b>Clint Eastwood</b> na <b>Trilogia dos Dólares</b>, além da própria <b>Margot Robbie</b> que aquece o coração do espectador diante da visão pueril das memórias de um jovem adolescente que se tornou um cineasta maduro.</div>
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<b>Era Uma Vez em... Hollywood</b> relembra, ficcionaliza e homenageia um período histórico da indústria cinematográfica americana que ficou no fundo da memória de um <b>Quentin Tarantino</b> menino e maduro, embalado por uma nostalgia do que não viveu, como um sonho bom - sobre a indústria de sonhos, na cidade dos sonhos - que o guarda dentro de uma caixinha e a protege de qualquer mal que o ronde e o corrompa. </div>
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Nota: 8,0/10,0</div>
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Trailer:</div>
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<iframe allow="accelerometer; autoplay; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/OYGUQmJlgiE" width="560"></iframe></div>
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Maurício Owadahttp://www.blogger.com/profile/17063812999651570673noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3009402629771100224.post-86182407035856944002019-08-03T09:06:00.002-07:002019-08-03T09:10:33.733-07:00Crítica: Quando Explode a Vingança (1971)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcoinoE3hhVEOortn5f6WElE3eo5riYdA0l8mOZzDE6H6cIT-lm0zWwAsoF46dQIpaOgH0WSiJefZG7-A9nsqzffXxJfoXeJ1myWiFwRSNtjjdjx0u0Pu_4lHGOQYnSStzob4Ac6zI7ZI/s1600/DuckYouSucker_onesheet_1980ReRelease_international_RobertMcGinnis-1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1057" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcoinoE3hhVEOortn5f6WElE3eo5riYdA0l8mOZzDE6H6cIT-lm0zWwAsoF46dQIpaOgH0WSiJefZG7-A9nsqzffXxJfoXeJ1myWiFwRSNtjjdjx0u0Pu_4lHGOQYnSStzob4Ac6zI7ZI/s400/DuckYouSucker_onesheet_1980ReRelease_international_RobertMcGinnis-1.jpg" width="263" /></a></div>
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Por <b>Maurício Owada</b><br />
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"Qual o significado das revoluções?"</div>
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif;"><br /></span>
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<blockquote class="tr_bq">
<span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: inherit; font-size: xx-small;"><i style="background-color: white;">A revolução não é o convite para um jantar, a composição de uma obra literária, a pintura de um quadro ou a confecção de um bordado, ela não pode ser assim tão refinada, calma e delicada, tão branda, tão afável e cortês, comedida e generosa.</i></span> </span></blockquote>
<blockquote class="tr_bq">
<span style="font-family: inherit; font-size: xx-small;"><i style="background-color: white;">A revolução é um ato de violência.</i></span></blockquote>
<div style="text-align: right;">
<i>Mao Tse Tung </i></div>
<span style="background-color: #fafafa; color: #333333; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 16px;"><br /></span>
Um questionamento que sempre surge quando falamos de revoluções é: "para onde nos levarão?" Porque dentro do processo histórico, quando o povo se vê em detrimento dos interesses meramente pessoais de seus tiranos, organicamente, é muito normal que pessoas levadas por movimentos revolucionários se levantem contra a estrutura de poder que oprime elas em diversas esferas.<br />
<br />
Ainda que em seu estilo que mistura cenas de uma dramaticidade operística ou momentos engraçados, como já fizera em seus outros faroestes que moldaram sua carreira, <b>Sergio Leone</b> traz consigo um dos seus filmes mais maduros - <b>Era Uma Vez no Oeste </b>(<span style="background-color: white; color: #222222;"><span style="font-family: inherit;"><i>C'era Una Volta il West</i>, 1968)</span></span> já deixava isso claro quanto a construção e desconstrução do gênero - mas aqui, o discurso político é presente na história dos dois personagens: Juan Miranda, um bandido mexicano interpretado por <b>Rod Steiger</b> e Sean Mallory, um ex-guerrilheiro irlandês vivido por <b>James Coburn</b>.<br />
<br />
Se este texto soar mais como reflexão dos temas que Leone aborda do que uma crítica em si, fiquem a vontade. Mas é bom lembrar como Leone sempre teve um jeito muito peculiar de contar histórias, seja uma sequência inteira sem diálogos onde tudo é dito pelos olhares dos personagens e pela trilha sonora sempre majestosa e brilhante de <b>Ennio Morricone</b>. E como isso é muito importante no modo como o cineasta não só é genial na criação do suspense, mas da imersão emocional do espectador para com seus personagens - desde <b>Por Uns Dólares a Mais</b> (<i>Per Qualche Dollaro in Più</i>, 1965), tanto o roteiro quanto a execução dos elementos diegéticos e extra-diegéticos sempre apontam cada vez mais no desenvolvimento dos personagens e na criação de uma empatia com cada um deles cada vez mais forte, conforme Sergio Leone vai fazendo seus filmes.<br />
<br />
E esta empatia com os personagens tanto de Juan e Sean vem no contexto da Revolução Mexicana. Ambos homens, clandestinos por onde andam e da terra que lhes deveria servir de acolhimento - um bandido que não acredita nos ideais revolucionários e outro, um perito em explosivos que precisou fugir da Irlanda perseguido por ter seguido a luta armada pelo seu país. E claramente, vemos a construção dos vilões - o exército de Porfírio Diaz quase lembra os fascistas italianos (talvez pelos traços dos atores latino-europeus vivendo latino-americanos, como era comum no casting dos filmes de Leone) - em sua total brutalidade como braços de um Estado repressor. Mas o filme não cai na armadilha de ser sério demais, como é comum nos filmes políticos e é sempre interessante pensar que cineastas aclamados traziam ao processo da narrativa, um pouco de humor - como na cena inicial em que Juan adentra a uma diligência cheia de passageiros burgueses e é constantemente humilhado por aqueles personagens, o chamando de animal, quando temos planos detalhes de suas bocas comendo enquanto riem e debocham numa montagem sensacional de <b>Nino Baragli</b>, numa subversão irônica do discurso daqueles personagens que já aprendemos a odiá-los.<br />
<br />
Apesar de ser o seu filme mais político (inserido numa trilogia cuja importância maior já não era mais a representação de um gênero americano pelo estilo italiano, mas a representação da história pelo olhar do cineasta italiano), Leone deixara claro numa entrevista que a Revolução Mexicana no filme era mais um símbolo do que uma representação do real e que seu verdadeiro tema central na verdade era a amizade. E apesar da legenda dura e agressiva que surge no começo do filme, Leone sempre se opõe a ideia do imaginário idealista das revoluções e Juan, diante de sua postura amoral em que partiu pra vida de crimes e acaba aceitando ser parte daquela luta contra a opressão por dinheiro, discursa contra essa fantasia que repercute acerca desses movimentos históricos: tirar aqueles que bebem e dormem no conforto enquanto outros vivem na pobreza para colocar outros que irão beber e dormir no conforto - para logo depois, Sean jogar o livro de Bakunin na lama.<br />
<br />
<b>Quando Explode a Vingança</b> (<i>Duck, You Sucker/A Fistful of Dynamite</i>, 1971) é talvez o seu filme menos conhecido, mas talvez pelo apelo do título inusitado, deixe o espectador desarmado pelo seu tom meio debochado e cômico para cenas mais dramáticas e sombrias. Uma das últimas empreitadas de Leone ao gênero faroeste (ele ainda co-dirigiria Trinity e Seus Companheiros, filmando apenas a introdução) para depois, partir para o gênero gângster em <b>Era Uma Vez na América </b>(<i>Once Upon a Time in America</i>, 1985).<br />
<br />
E o que fica no final do filme é a pergunta: para onde vou? Depois da vitória, de derrubarmos nossos algozes, a pergunta que fica estampada no rosto em close de <b>Rod Steiger </b>nos deixa desamparados, já que ele corta secamente para o título inusitado que significa "vai se ferrar, idiota!". Enquanto até <b>Era Uma Vez no Oeste</b>, seus protagonistas seguiam seus rumos incertos mas decididos a não ficar, o personagem de <b>Rod Steiger</b> fica desamparado, num grande close, encarando a câmera, interrogativo ao que fazer depois da vitória, já que o processo dos eventos históricos levem aqueles que não protagonizam seus acontecimentos ao mesmo lugar de sempre - e as mudanças se seguem irrelevantes nas suas vidas. Cínico? Talvez sim. Mas acho que é porque é assim mesmo.<br />
<br />
Nota: 8.5/10.0<br />
<br />
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Trailer:</div>
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Maurício Owadahttp://www.blogger.com/profile/17063812999651570673noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3009402629771100224.post-22578783828947961402019-01-22T06:37:00.004-08:002019-01-22T06:37:43.597-08:00Oscar 2019 - conheça os indicados em todas as categorias <div style="text-align: justify;">
O Oscar 2019 acontecerá dia 24 de fevereiro, e a cerimônia, ao que parece, será bem competitiva. Confira aos indicados em todas as categorias deste ano.</div>
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<b>Melhor Filme</b>:</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Pantera Negra</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Infiltrado na Klan</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Bohemian Rhapsody</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A Favorita </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Green Book – O Guia</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Roma</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Nasce uma Estrela</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Vice </div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Melhor Atriz</b>:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Yalitza Aparicio, Roma</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Glenn Close, A Esposa</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Olivia Colman, A Favorita</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Lady Gaga, Nasce uma Estrela</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Melissa McCarthy, Poderia me Perdoar?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Melhor Ator</b>:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Christian Bale, Vice</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Bradley Cooper, Nasce uma Estrela</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Willem Dafoe, No Portal da Eternidade</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Rami Malek, Bohemian Rhapsody</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Viggo Mortensen, Green Book – O Guia</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Melhor Atriz Coadjuvante</b>:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Emma Stone, A Favorita</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Rachel Weisz, A Favorita</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Marina De Tavira, Roma</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Regina King, Se a Rua Beale Falasse</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Amy Adams, Vice</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Melhor Ator Coadjuvante</b>:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mahershala Ali, Green Book – O Guia</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Adam Driver, Infiltrado na Klan</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Sam Elliott, Nasce Uma Estrela</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Richard E. Grant, Poderia me Perdoar?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Sam Rockwell, Vice</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Melhor Direção</b>:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Spike Lee, Infiltrado na Klan</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Pawel Pawikowski, Guerra Fria</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Yorgos Lanthimos, A Favorita</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Alfonso Cuarón, Roma</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Adam McKay, Vice</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Melhor Roteiro Adaptado:</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A Balada de Buster Scruggs</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Infiltrado na Klan</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Poderia me Perdoar?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Se a Rua Beale Falasse</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Nasce uma Estrela</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Melhor Roteiro Original</b>:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A Favorita</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
No Coração da Escuridão</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Green Book – O Guia</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Roma</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Vice</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Melhor Filme em Língua Estrangeira</b>:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Roma</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Cafarnaum</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Guerra Fria</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Assunto de Família</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Nunca Deixe de Lembrar</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Melhor Curta de animação</b>:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Animal Behaviour</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Bao</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Late Afternoon</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
One Small Step</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Weekends</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Melhor Curta-metragem</b>:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Detainment</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Fauve</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Marguerite</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mother</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Skin</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Melhor Figurino</b>:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A Balada de Buster Scruggs</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Pantera Negra</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A Favorita</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O Retorno de Mary Poppins</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Duas Rainhas</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Melhor Mixagem de Som</b>:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Pantera Negra</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Bohemian Rhapsody</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O Primeiro Homem</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Roma</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Nasce uma Estrela</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Melhor Edição de Som</b>:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Pantera Negra</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Bohemian Rhapsody</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O Primeiro Homem</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Um Lugar Silencioso</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Roma</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Trilha Sonora Original</b>:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Pantera Negra</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Infiltrado na Klan</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Se a Rua Beale Falasse</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ilha dos Cachorros</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O Retorno de Mary Poppins</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Edição</b>:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Infiltrado na Klan</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Bohemian Rhapsody</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A Favorita</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Green Book – O Guia</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Vice</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Documentário em curta-metragem</b>:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Black Sheep</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
End Game</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Lifeboat</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A Night at the Garden</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Period. End of Sentence.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Documentário</b>:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Free Solo</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Hale County: This Morning, This Evening</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Minding the Gap</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Of Fathers and Sons</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
RBG</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Direção de Arte</b>:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Pantera Negra</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A Favorita</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O Primeiro Homem</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O Retorno de Mary Poppins</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Roma</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Fotografia</b>:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Guerra Fria</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A Favorita</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Nunca Deixa de Lembrar</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Roma</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Nasce uma Estrela</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Efeitos Visuais</b>:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Vingadores: Guerra Infinita</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Christopher Robin – Um Reencontro Inesquecível</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O Primeiro Homem</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Jogador nº 1</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Han Solo – Uma História Star Wars</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Maquiagem e Cabelo</b>:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Border</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Duas Rainhas</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Vice</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Melhor Animação</b>:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Os Incríveis 2</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ilha dos Cachorros</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mirai</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
WiFi Ralph: Quebrando a Internet</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Homem-Aranha no Aranhaverso</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Canção Original</b>:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
All the Stars, Pantera Negra</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
I’ll Fight, RBG</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
The Place Where Lost Things Go, O Retorno de Mary Poppins</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Shallow, Nasce uma Estrela</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
When a Cowboy Trades his Spurs for Wings, The Ballad of Buster Scruggs</div>
Wendell Marcelhttp://www.blogger.com/profile/17995713870829287278noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3009402629771100224.post-54336917225470004322017-04-30T10:47:00.000-07:002017-04-30T10:49:25.561-07:009 filmes selecionados: sobre o Novo Cinema Brasileiro Por <i><b>Wendell Marcel</b></i><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif;">Falar de um Novo Cinema Brasileiro é selecionar filmes que representam um olhar e uma estética cinematográfica sobre as questões contemporâneas. São obras que falam do Brasil, do povo, dos problemas sociais e econômicos, da verticalidade das cidades, das relações humanas e das subjetividades. O <i><b>E Aí, Cinéfilo, Cadê Você?</b></i> apresenta nove filmes brasileiros recentes que congregam novas narrativas, novas representações e novos olhares de um cinema autoral e político, sensível e poético. </span><br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiF1_Up6Lo5WSEJd0YUIhWCXOCBKQ81yC9J_udhDXRX2RnY6q7xL856B7zITRFf8vAdRbOUkhyphenhyphen-vYiN508k6ruPLIQ3uyHM3Au-rZhbswqGVnzF8yplfHZ_aSvo2sfMqqrsP7yGzmD6l65x/s1600/o-homem-das-multidoes.html.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="186" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiF1_Up6Lo5WSEJd0YUIhWCXOCBKQ81yC9J_udhDXRX2RnY6q7xL856B7zITRFf8vAdRbOUkhyphenhyphen-vYiN508k6ruPLIQ3uyHM3Au-rZhbswqGVnzF8yplfHZ_aSvo2sfMqqrsP7yGzmD6l65x/s400/o-homem-das-multidoes.html.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: x-small;"><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">9. <b>O Homem das Multidões</b>, de Marcelo Gomes e Cao Guimarães (2013)</span></span></span></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPMIchgEMj4tP4Riya90u7KWvRnQ-pqeoP099K6qtfkbbI2dguptR5M6gIP1XbLAyY4vDlD69EtwSlyTmF8lbE_CgIwUyZVU8gqeioE7tz-dNQ39fFZQVgXEkHWWrrak7SxQeq-7d_fvaz/s1600/027984.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPMIchgEMj4tP4Riya90u7KWvRnQ-pqeoP099K6qtfkbbI2dguptR5M6gIP1XbLAyY4vDlD69EtwSlyTmF8lbE_CgIwUyZVU8gqeioE7tz-dNQ39fFZQVgXEkHWWrrak7SxQeq-7d_fvaz/s400/027984.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: x-small;"><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">8. <b>Aquarius</b>, de Kleber Mendonça Filho (2015) </span></span></span></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj6PgqTZ1jIuAs4ScNLCDyA2sfF6U7MBLu7x-ptY5ekvsu7mxEnKbDAV5IuANI3II1sCZJZx1QBDMjO2V9XD-AF7RN-IDQAzIaeiJq8oR5LuEYTtuY5n5R1gBx88xgOLOPmxS2_246V_-fp/s1600/Que-horas-ela-volta_albino.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="235" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj6PgqTZ1jIuAs4ScNLCDyA2sfF6U7MBLu7x-ptY5ekvsu7mxEnKbDAV5IuANI3II1sCZJZx1QBDMjO2V9XD-AF7RN-IDQAzIaeiJq8oR5LuEYTtuY5n5R1gBx88xgOLOPmxS2_246V_-fp/s400/Que-horas-ela-volta_albino.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: x-small;"><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"> 7. <b>Que Horas Ela Volta?</b>, de Anna Muylaert (2015)</span></span></span></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgB7ctWrvJD6WQ5JCPixCqqXZ8lUwXjbMcrDXu_fpDUvl1Mvb-JJFhc2msqJY67ncFisENnt4S24uvuNTxydLnbdII1EK5aMc3KI1hsGTBWoqaMP7HKdALHNeskUYITnNx9X-AAayWJ748f/s1600/Wagner-Moura-em-cena-do-filme-Praia-do-Futuro.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgB7ctWrvJD6WQ5JCPixCqqXZ8lUwXjbMcrDXu_fpDUvl1Mvb-JJFhc2msqJY67ncFisENnt4S24uvuNTxydLnbdII1EK5aMc3KI1hsGTBWoqaMP7HKdALHNeskUYITnNx9X-AAayWJ748f/s400/Wagner-Moura-em-cena-do-filme-Praia-do-Futuro.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: x-small;"><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"> 6. <b>Praia do Futuro</b>, de Karim Ainouz (2014)</span></span></span></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjt-4ORS0_AWzfohyAA8F2lU62diMW_tiqcz2LnwwnjA2KiURZCW3wINfTNXEPYnnwkd9A203LfFCnpKYDm51ugYHZ6FzQKXoUFPZkMEhRWUVrfDPMsM25E8t7WFxMDvJ8AnVwPYzxt3zUT/s1600/eles+voltam.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjt-4ORS0_AWzfohyAA8F2lU62diMW_tiqcz2LnwwnjA2KiURZCW3wINfTNXEPYnnwkd9A203LfFCnpKYDm51ugYHZ6FzQKXoUFPZkMEhRWUVrfDPMsM25E8t7WFxMDvJ8AnVwPYzxt3zUT/s400/eles+voltam.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: x-small;"><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"> 5. <b>Eles Voltam</b>, de Marcelo Lordello (2012)</span></span></span></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhM93BfrU4MuegXNH_zrYWTCKqtYS7uw7AogQKkFLholPa4cLDlKnw5UmbimCBeFOVZwDMt6ukWDkAgcN2eBwMMVLStBRLFejeT7AZuq4keXVH_IRtwbfaIIIPEgsExdhcC7m2I9A0Rn-My/s1600/clarisse.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="210" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhM93BfrU4MuegXNH_zrYWTCKqtYS7uw7AogQKkFLholPa4cLDlKnw5UmbimCBeFOVZwDMt6ukWDkAgcN2eBwMMVLStBRLFejeT7AZuq4keXVH_IRtwbfaIIIPEgsExdhcC7m2I9A0Rn-My/s400/clarisse.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: x-small;"><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"> 4. <b>Clarisse ou Alguma Coisa Sobre Nós Dois</b>, de Petrus Cariry (2015)</span></span></span></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhnGhXC0lT8R42uOdoz96aOWK00fdayFl63YTNTJdc7ajVkMd-kI7q2JPA88wVcV26SZHqib4SVyeJ6lq_sI_PUFpHsXwncqaRBuZ3P5zOdeCy6GRFPUdVanQ7frIAnX1noqSGsWQRkUpJh/s1600/branco-sai-preto-fica1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhnGhXC0lT8R42uOdoz96aOWK00fdayFl63YTNTJdc7ajVkMd-kI7q2JPA88wVcV26SZHqib4SVyeJ6lq_sI_PUFpHsXwncqaRBuZ3P5zOdeCy6GRFPUdVanQ7frIAnX1noqSGsWQRkUpJh/s400/branco-sai-preto-fica1.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;"><span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif;"><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"> 3. <b>Branco Sai, Preto Fica</b>, de Adirley Queirós (2015)</span><b><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"></span></b></span></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif;"><b><br /></b></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif;"><b><br /></b></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif;"><b><br /></b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWU6jVwsdqrHlbo4SqDLq4jyukcTmgU1vv82Zx4yFSJKBP5pZk5pKa6hAujELW-PVHA0kB3D_EMRTnJXui8Zpf34kx8ka9g6rm3AOUBFdgw1cpNUnypo7kEUq6EUGcs8uwkP1vrcxFbCCy/s1600/campo+grande.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="201" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWU6jVwsdqrHlbo4SqDLq4jyukcTmgU1vv82Zx4yFSJKBP5pZk5pKa6hAujELW-PVHA0kB3D_EMRTnJXui8Zpf34kx8ka9g6rm3AOUBFdgw1cpNUnypo7kEUq6EUGcs8uwkP1vrcxFbCCy/s400/campo+grande.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: x-small;"><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">2. <b>Campo Grande</b>, de Sandra Kogut (2015)</span></span></span></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhzSk5uBoe6_k-PCpIUBd7NPHc6zkHyYwQaVHua0te6SZgECG1KIZfy7_kOLKlGd6y_8h8JLkxVwcodkF4-fugm7AelgpyW67ULgiaV7qqRVTKInvP_yVzxMSx4YtQY8NsExz9GyDfetUhg/s1600/brasilsa.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="210" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhzSk5uBoe6_k-PCpIUBd7NPHc6zkHyYwQaVHua0te6SZgECG1KIZfy7_kOLKlGd6y_8h8JLkxVwcodkF4-fugm7AelgpyW67ULgiaV7qqRVTKInvP_yVzxMSx4YtQY8NsExz9GyDfetUhg/s400/brasilsa.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif;"><span style="font-size: x-small;"><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"> 1. <b>Brasil S/A</b>, de Marcelo Pedroso (2014)</span></span></span></div>
</div>
Wendell Marcelhttp://www.blogger.com/profile/17995713870829287278noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-3009402629771100224.post-30076965759597645372015-08-29T13:25:00.001-07:002015-08-29T13:28:24.815-07:00Crítica: Apocalypse Now (1979)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhbPlG8SP14_DvUZPGAmeq4nGT4CbwTQ-xANVPHsz12QQMrA50kBI9bTaArlBS6_Fd7bNQDvdyTXZcier4gr9SZfaZmH5hdN50OWCRIruDaw3nwv_fhhgf9wjEhyB7j6UaKa1UupiEHbbQ/s1600/vyfz7uPiwOgW4rGoOYMuzM8FioO.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhbPlG8SP14_DvUZPGAmeq4nGT4CbwTQ-xANVPHsz12QQMrA50kBI9bTaArlBS6_Fd7bNQDvdyTXZcier4gr9SZfaZmH5hdN50OWCRIruDaw3nwv_fhhgf9wjEhyB7j6UaKa1UupiEHbbQ/s400/vyfz7uPiwOgW4rGoOYMuzM8FioO.jpg" width="266" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Por <b><i>Kaio Feliphe</i></b></span></div>
<div style="text-align: center;">
<i><br /></i></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span><br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><i>"A loucura de Coppola originou um dos maiores filmes de todos os tempos."</i></span></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">
</span>
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">
</span>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="color: red;"><b>O texto a seguir contém <i>spoilers</i>. </b></span></span></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">
<div style="text-align: center;">
<span style="color: red;"><b>Aconselha-se a leitura apenas para quem viu o filme.</b></span></div>
</span><br />
<blockquote class="tr_bq">
<span style="line-height: 24px; text-align: right;"><i><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">“Meu filme não é um filme. Meu filme não é sobre o Vietnã, ele é o Vietnã. É como foi. Uma loucura. E nós o fizemos do modo como os americanos estavam no Vietnã. Estávamos na selva, éramos muitos. Tínhamos acesso a muito dinheiro, muito equipamento. E pouco a pouco, ficamos loucos.”</span></i></span></blockquote>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b style="line-height: 24px;">Francis Ford Coppola</b><span style="line-height: 24px;">, Festival de Cannes 1979</span></span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 24px;"><br /></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 24px;">Foi assim que Coppola definiu <b>Apocalypse Now</b> [<i>Apocalypse Now, 1979</i>]. Um filme que transcende os rolos de 65 mm e retrata a completa insanidade que foi a Guerra do Vietnã.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 24px;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 24px;">Levemente baseado na obra de <b>Joseph Conrad</b>, <i>Heart of Darkness</i>, o filme conta a história do Capitão Willard (<b>Martin Sheen</b>), que recebe uma missão de ir aos confins do Camboja para assassinar o Coronel Walter E. Kurtz (<b>Marlon Brando</b>), que teria ficado louco e comandava como bem entendia sua tropa, não respeitando as ordens do exército americano.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 24px;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 24px;">Só que Apocalypse Now não é exatamente sobre a guerra do Vietnã, mas sim sobre a mente humana. Como o próprio General Corman diz ao entregar a missão a Willard, todo homem tem o seu ponto de ruptura (seu <i>breaking point</i>), onde ele simplesmente perde o controle de sua própria mente. E na viagem de Willard rio acima para encontrar Kurtz, vemos vários desses homens que já ultrapassaram seu <i>breaking point</i>, e estão completamente fora de si.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 24px;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 24px;">Na primeira parada, Willard e seus soldados encontram o Tenente Kilgore (<b>Robert Duvall</b>), nome que brinca com as palavras <i>kill</i> e <i>gore</i>, já indicando a sua natureza. Nela, Willard vê a primeira das insanidades da guerra do Vietnã. Kilgore e sua tropa desumanizam completamente os vietcongues. Não mostram empatia, compaixão ou qualquer outra coisa; eles simplesmente os matam.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 24px;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 24px;">A grande ironia é que Kilgore se vê como um salvador. Em vários momentos vemos helicópteros e caminhões levando mulheres e crianças feridas. Na cabeça de Kilgore, seus soldados estão fazendo o bem, eliminando o inimigo; só que, ironicamente, eles são a causa de todo aquele caos.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 24px;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 24px;">Coppola ressalta isso no lindo segmento da <i>Cavalgada das Valquírias</i>. No meio da sequência dos helicópteros em formação indo ao ataque, Coppola joga algumas cenas do vilarejo que vai ser atacado. Mulheres sentadas fazendo cestas artesanais e crianças que, aparentemente, voltavam da escola. Kilgore tenta protegê-los atacando com bombas de napalm. A loucura se completa quando ele se “recompensa” surfando. É por isso que Kilgore luta, pelo amor ao combate, à carnificina e pela recompensa.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 24px;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 24px;">O cheiro da gasolina era cheiro de vitória. Não achar nenhum maldito corpo era um troféu para ele. E, com um tom nostálgico, completa que um dia a guerra vai acabar.</span><br />
<blockquote class="tr_bq">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 24px;"><i>"Eu amo o cheiro de napalm pela manhã. Uma vez, nós bombardeamos uma colina por 12 horas. Quando acabou eu fui lá dar uma olhada. Eu não achei nenhum maldito vietcongue. Mas o cheiro, sabe? O cheiro de gasolina, por toda a colina... Cheirava a... vitória. Um dia essa guerra vai acabar."</i></span></blockquote>
<div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 24px;">A segunda parada de Willard é numa estação do exército onde irá acontecer um show das coelhinhas da </span><i style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 24px;">Playboy</i><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 24px;">. O local é como um oásis para aqueles soldados onde, por alguns minutos, eles poderiam matar a saudade de casa. Só que eles acabam atacando as próprias coelhinhas. Seu desejo de voltar para casa, sair daquele inferno era tão grande que se chegou ao ponto de atacar inocentes americanos. Não havia mais a distinção, era cada um por si.</span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 24px;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 24px;">Até aqui Willard tinha mostrado poucas expressões de emoção. Só que, ao pedir a um comandante daquele local um pouco de combustível e ele, amigavelmente, tenta explicar que era um dia muito movimentado com muitos barcos, Willard, em seu primeiro momento de expressão, tenta agredi-lo. Willard estava disposto a encontrar Kurtz, e nada poderia atrasá-lo.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 24px;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 24px;">O próximo ponto é a ponte Do Long. Um dos pontos mais perigosos e a divisa entre o Vietnã e o Camboja. Soldados carregando malas e pedindo para irem embora, atirando nos vietcongues tentando proteger a ponte que é construída e destruída num ciclo doentio, completamente afetados mentalmente. Willard vaga por esse ambiente psicodélico, sabendo que todos aqueles estão fadados à loucura.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 24px;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 24px;">A última parada do barco é na fazenda dos franceses. A sequência que só é vista na versão Redux de 2001 é sublime. Ao chegar perto da fazenda, uma cortina de fumaça encobre o barco. Num ambiente quase onírico, Willard se junta aos franceses para jantar e passar a noite. </span></div>
<blockquote class="tr_bq">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 24px;"><i>“Vocês estão lutando pelo maior nada da história!”</i></span></blockquote>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 24px;">É assim que um dos franceses definiu a Guerra do Vietnã. E como não concordar? Soldados, onde muitos são apenas adolescentes (Clean, personagem do na época jovem </span><b style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 24px;">Laurence Fishburne</b><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 24px;">, tinha apenas 17 anos), são mandados para longe de casa para enfrentar o “inimigo” por simplesmente nada. E a frase ganha mais força depois do que vimos até aqui. Uma sucessão de insanidades por nada.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 24px;"><br /></span>
<span style="line-height: 24px;"><i><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">“(...)</span></i></span><br />
<span style="line-height: 24px;"><i><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Aqueles que passaram</span></i></span><br />
<span style="line-height: 24px;"><i><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">De olhos diretos, para o outro Reino da morte</span></i></span><br />
<span style="line-height: 24px;"><i><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Recordem-nos - se de todo - não como almas</span></i></span><br />
<span style="line-height: 24px;"><i><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Perdidas e violentas, mas apenas</span></i></span><br />
<span style="line-height: 24px;"><i><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Como os homens ocos</span></i></span><br />
<i style="line-height: 24px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">E empalhados.”</span></i></div>
<div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<div align="right" class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: right;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 24px;">Trecho de </span><i style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 24px;">The Hollow Men</i><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 24px;">, poema do escritor americano </span><b style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 24px;">T.S. Eliot</b></div>
<span style="line-height: 24px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span>
<span style="line-height: 24px;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Por fim, Willard encontra o esconderijo de Kurtz. Um lugar que destoa de todo o resto do mundo. Um reino em que o ser humano vive como se nunca tivesse existido qualquer tipo de civilização. Animal, no sentido mais bruto da palavra. Willard volta ao passado viajando rio acima e, pouco a pouco, vai se tornando o próprio Kurtz.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 24px;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 24px;">No começo do filme, Willard é um homem oco. A guerra sugou completamente a sua vida, a sua sanidade. A cena de abertura, com o rosto de Martin Sheen sobreposto por explosões de napalm na selva do Vietnã é o retrato de sua mente perturbada. Willard não pertence mais a sociedade; ventiladores são helicópteros de guerra, qualquer barulho no meio da madrugada é alguém tentando matá-lo, e sua segurança é uma arma debaixo de seu travesseiro. Após receber sua missão, Willard é empalhado gradativamente. Sua mente vai cada vez se tornando mais parecida com a de Kurtz e, só após passar pelo reino da morte, Willard chega ao seu destino.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 24px;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 24px;">Apocalypse Now é um monumento. O auge artístico e criativo de Coppola e da Nova Hollywood. Uma experiência cinematográfica tão poderosa que o próprio Coppola quase foi a loucura (ou foi) durante a sua realização. Uma obra que transcende qualquer barreira e finca a sua mensagem na mente de qualquer um que, de alguma maneira, se envolveu nela; seja dirigindo, atuando, escrevendo ou assistindo. Com certeza, uma das maiores realizações artísticas da humanidade.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 24px;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 24px;">Nota: 10.0/10.0</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 24px;"><br /></span>
<br />
<div style="text-align: center;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWVnAkTcXio8TA5MZkYAdG5z4AoXncAKFL9Iuca6cyUGHt6WCYZuDgcBjByembr_W-w2xwVdfGNjlFevq01_hSNIuUxhCPw3ovh7WRQRTmT9-TMh1HetwWk0Hy9uOPjYZM6a66pZzxfXA/s1600/dhP75xuNNARHLDAzYUQ490OSmWC.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWVnAkTcXio8TA5MZkYAdG5z4AoXncAKFL9Iuca6cyUGHt6WCYZuDgcBjByembr_W-w2xwVdfGNjlFevq01_hSNIuUxhCPw3ovh7WRQRTmT9-TMh1HetwWk0Hy9uOPjYZM6a66pZzxfXA/s400/dhP75xuNNARHLDAzYUQ490OSmWC.jpg" width="400" /></a></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 24px;"><br /></span>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjUq-q43XjPIQjKQJ8oZbCrz5ChvIOnojaZhcNGui8iG_W0ddEw-Q7Avsntl7azHTWIJYLLCK8UQzKM5cGT8QVDdYdZtLypLG9qH7QugQZINYsJUCGPnsW_fHqo8VZvfB0W7N4jeyoL_58/s1600/movies_helicopters_apocalypse__2560x1600_vehiclehi.com.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="250" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjUq-q43XjPIQjKQJ8oZbCrz5ChvIOnojaZhcNGui8iG_W0ddEw-Q7Avsntl7azHTWIJYLLCK8UQzKM5cGT8QVDdYdZtLypLG9qH7QugQZINYsJUCGPnsW_fHqo8VZvfB0W7N4jeyoL_58/s400/movies_helicopters_apocalypse__2560x1600_vehiclehi.com.jpg" width="400" /></a></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 24px;"><br /></span>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJLCo9488MggpnYFOuakLhRGQoliO5pPpPiEsXbl8ud063n1xSIusj-hiY_qPk2lW9SB7qw90mBktB0nh6uj0hiwVbNCQEprdsJW6nVv5luSlu-GaDjzT3fA6frulUF0cmyjsoBMxR8_w/s1600/ApocNow9.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="170" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJLCo9488MggpnYFOuakLhRGQoliO5pPpPiEsXbl8ud063n1xSIusj-hiY_qPk2lW9SB7qw90mBktB0nh6uj0hiwVbNCQEprdsJW6nVv5luSlu-GaDjzT3fA6frulUF0cmyjsoBMxR8_w/s400/ApocNow9.jpg" width="400" /></a></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 24px;"><br /></span>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 24px;">Trailer:</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 24px;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/IkrhkUeDCdQ/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/IkrhkUeDCdQ?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 24px;"><br /></span></div>
</div>
</div>
</div>
Kaio Feliphehttp://www.blogger.com/profile/15646809930907286813noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-3009402629771100224.post-28248899015261970602015-06-20T17:52:00.001-07:002015-08-29T13:28:02.671-07:00Crítica: Corrente do Mal (2014)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLOnSmXQvK7rI7BoemMOA_oVELN_iklaawSLdR6SMQY1gYYldl4tCBPrOwO1XV3FF8tJe7uEXiNz4FQussPY3Xj9A30KyMlEQsPYBFqf1GiezorXrCkRloAb_4fAh14acn1zWcEKxe0Ck/s1600/it+follows.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLOnSmXQvK7rI7BoemMOA_oVELN_iklaawSLdR6SMQY1gYYldl4tCBPrOwO1XV3FF8tJe7uEXiNz4FQussPY3Xj9A30KyMlEQsPYBFqf1GiezorXrCkRloAb_4fAh14acn1zWcEKxe0Ck/s400/it+follows.jpg" width="266" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Por <b><i>Kaio Feliphe</i></b></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><i>"Bom exemplo de como se fazer terror."</i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Infelizmente, o cinema de terror norte-americano (principalmente o <i>mainstream</i>) dos últimos anos se tornou um cinema comum, monótono. Os filmes lançados sempre têm a sua oferta de terror baseada em sustos baratos e previsíveis. Não se cria um clima de tensão, uma atmosfera que deixa o espectador apreensivo; os diretores sempre apelam para <i>jump scares</i> que não assustam mais ninguém.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Só que de vez em quando aparece um filme como <b>Corrente do Mal</b> [<i>It Follows</i>, 2014], que fundamenta seu terror na atmosfera. Atmosfera essa que é bem semelhante aos clássicos setentistas e oitentistas do gênero, como <b>Halloween – A Noite do Terror</b> [<i>Halloween</i>, 1978] e <b>A Hora do Pesadelo</b> [<i>A Nightmare on Elm Street</i>, 1984]. O subúrbio de uma cidade grande, um grupo de adolescentes, a câmera voyeurística passeando pela vizinhança e a trilha-sonora (maravilhosa, por sinal) que contribui na criação do clima.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b>David Robert Mitchell</b>, diretor do longa, cria seu filme a partir de uma premissa interessante. Uma entidade paranormal te persegue e, para se livrar dela, precisa transmitir sua maldição para outra pessoa, transando com ela. Muito se fala de que essa premissa é uma alegoria às DST (doenças sexualmente transmissíveis). Pode até fazer sentido, mas não é a ideia central. O sexo é um elemento clássico do cinema de horror. A imagem do ato carnal é parte intrínseca da estética do gênero, tanto que grandes momentos do terror são cercados pelo sexo, como em <b>O Bebê de Rosemary</b> [<i>Rosemary's Baby</i>, 1968] e <b>A Morte do Demônio</b> [<i>Evil Dead</i>, 1981], por exemplo.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Mas diferente de outros filmes, Corrente do Mal não se dedica ao visual, à imagem. Nem do sexo e nem das mortes. O que interessa é o resto, o que leva a tais circunstâncias. A fuga da maldição e a relação que se cria entre os personagens. Aliás, é bem interessante a interação entre os personagens durante todo o filme. Parece que Detroit é uma cidade fantasma que tem apenas os amigos como habitantes. Isso fortalece o clima onírico que o filme apresenta.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O horror propriamente dito da obra é muito bem construído. A grande ameaça é um ser que te persegue para sempre e apenas caminha, lentamente. Imagina, estar em qualquer lugar do planeta e mesmo assim saber que tem algo que, vagarosamente, caminha em sua direção para te matar. E aliado a isso, você, o amaldiçoado, é o único que pode ver a tal criatura. É uma ideia bastante aterrorizante e bem aproveitada por Mitchell. Por exemplo, o grande momento do filme é a cena na praia, onde os cinco amigos estão sentados e, nas costas da personagem principal, aparece alguém caminhando no horizonte em direção a ela. Como nenhum dos outros podem enxergar a criatura, o espectador é o único que vê e sabe que o perigo se aproxima. Esse momento hitchcockiano de usar o espectador como testemunha dos eventos do filme é um achado, uma das melhores cenas do gênero dos últimos anos.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Porém, a narrativa do filme talvez seja o seu ponto negativo. Mitchell trabalha o longa sem um clímax, um pico de adrenalina e tensão no espectador. O diretor tenta criar um ritmo constante de tensão, sem grandes variações. O problema é que não se consegue instituir esse clima contínuo. A cadência do filme é um pouco irregular, principalmente no segundo ato, onde há um flerte com o <i>road movie</i>.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O final de Corrente do Mal pode ser visto também como um esboço da vida sexual de um jovem. É muito fácil se identificar com Paul. O moço tímido que é apaixonado por Jay e que chega ao ponto de arriscar a ser morto por um fantasma só para ter um momento amoroso com ela. Uma bela analogia sobre o quão aterrorizante o sexo pode ser para um adolescente.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Corrente do Mal é um pequeno diferencial no marasmo do terror americano. No meio de <i>remakes</i> e filmes pouco originais, o novo trabalho de David Robert Mitchell leva o espectador ao verdadeiro terror. O terror atmosférico, onde todos os elementos fílmicos contribuem para a construção climática. E é esse terror que realmente deixa o espectador envolvido. Será que vão demorar pra aprender isso?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Nota: 7.5/10.0</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiOkIlvcD-A9CTN1jPDPIVkY77gVdwRlunKJClKqg9bLALx9LuGQoN56h8xJ444TMx6_B0d6xbJ2Nuh0IsXwm3rdYFq2Z7r3Q0gEdSJPKWvqlOTjq7tvqek6GNwS6n3LjQAusy1rFnFekY/s1600/it+follows1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiOkIlvcD-A9CTN1jPDPIVkY77gVdwRlunKJClKqg9bLALx9LuGQoN56h8xJ444TMx6_B0d6xbJ2Nuh0IsXwm3rdYFq2Z7r3Q0gEdSJPKWvqlOTjq7tvqek6GNwS6n3LjQAusy1rFnFekY/s400/it+follows1.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg4u8PlQNn76VrHX7ODcbuJ7TutpN8VBCi5uyjQtzyBY677BwsOony3YEeiDH09oIuv63hnU1EqDUIgV_1RCvhAjAln93iho3RkGoSvOLcVKtemfGpoC3eD-MUXBAcD0p9OmaevEnT0qAc/s1600/it+follows2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg4u8PlQNn76VrHX7ODcbuJ7TutpN8VBCi5uyjQtzyBY677BwsOony3YEeiDH09oIuv63hnU1EqDUIgV_1RCvhAjAln93iho3RkGoSvOLcVKtemfGpoC3eD-MUXBAcD0p9OmaevEnT0qAc/s400/it+follows2.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjS-c4DayxcBO6aiRmn_I7x4eMK6Wu2NT0uba_2VWskhSekccnVscoWKK7KtQw0m7iqNwws1cK6vmmLkULmL8g3rztNdTHi-tKYI0emdaK83xc_AJIkS94gt3gqjY4soOUIMHLHMEqPe-4/s1600/it+follows3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjS-c4DayxcBO6aiRmn_I7x4eMK6Wu2NT0uba_2VWskhSekccnVscoWKK7KtQw0m7iqNwws1cK6vmmLkULmL8g3rztNdTHi-tKYI0emdaK83xc_AJIkS94gt3gqjY4soOUIMHLHMEqPe-4/s400/it+follows3.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Trailer:</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/HkZYbOH0ujw/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/HkZYbOH0ujw?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
Kaio Feliphehttp://www.blogger.com/profile/15646809930907286813noreply@blogger.com10tag:blogger.com,1999:blog-3009402629771100224.post-44479253926088370752015-03-21T16:12:00.000-07:002017-05-01T08:37:56.782-07:009 filmes selecionados: sobre Guerra<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: left;">
Por <b><i>Kaio Feliphe</i></b></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: right;">
<i><span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></span></i></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: right;">
<i><span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: inherit;">“- Ain't war hell?”<o:p></o:p></span></span></i></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: right;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: inherit;"><i>Fala de um personagem no filme Nascido Para Matar</i><o:p></o:p></span></span></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: right;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: inherit;">Desde
os seus primórdios, o ser humano está em guerra. Combates por territórios, por
influência política, por ideologias... Vários foram os motivos para que algum embate
bélico acontecesse.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 150%;">Só
que a guerra não acarreta apenas danos materiais aos povos envolvidos, seus
soldados são completamente afetados pelo inferno psicológico que é um campo de
batalha.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 150%;">E o
cinema sempre mostrou, de variadas formas, os efeitos catastróficos da guerra
no ser humano. Desta forma, o </span><i style="font-family: inherit; line-height: 150%;">E Aí,
Cinéfilo, Cadê Você</i><span style="font-family: inherit; line-height: 150%;"> escolheu nove filmes que retratam o horror que é a
guerra e que, infelizmente, é tão inerente à raça humana.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7ovA-6-lZsxh4t2YNvWCPcex3XAIm1FTVAYlBLfgQ9gqmOjpDN4ojkemOkM8hViCXAIa6jmFmtZz-zsJI3ACw_EkKnpZ0ZiehW88w8sxLN3Rka2eG-ZgcXUxf23CU1oxYlUnPeqC-5u0/s1600/casualties+of+war.jpg" width="400" /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;"><span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: xx-small;"> <span style="line-height: 150%;">9. </span><b style="line-height: 150%;">Pecados de Guerra</b><span style="line-height: 150%;">, de Brian de Palma (1989)</span></span></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIdYA3nwYXw1g9SrPXSSbWcINaXvxDiPCFxK28qDxZuIWA80cM_fTWK2JtqFpnG8ZQdR6o2UWz4hLT_I43LBFgoATufCK3MaEp_R2bOJ5Fb79YeK1pVjQunjPJ4iDIRLH0EC8mgfS2e9Q/s1600/merrill's%2Bmarauders.jpg" width="400" /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: x-small;"><span style="line-height: 150%;">8. </span><b style="line-height: 150%;">Mortos que Caminham</b><span style="line-height: 150%;">, de
Samuel Fuller (1962)</span></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNtswlaWXluc2X0XzJqQWJmfz1zND2uLB7YSMyT_uCXTm_aU4sB3gP5IavPC7kXrCGQBqJ43ELAztt0ScdkcVmFxpcebtywO0LwDXPYhij2kw_cW8_2qCX4-pUrmN8k8l5Ek9Q5YbDr5I/s1600/the+hurt+locker.jpg" width="400" /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: x-small;"><span style="line-height: 150%;">7. </span><b style="line-height: 150%;">Guerra ao Terror</b><span style="line-height: 150%;">, de
Kathryn Bigelow (2008)</span></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhijfhwreKx8pZYlKW7WOslE_HgCYVC0fgrJSocQ_2gRcgkx3eKhkvmwLFThXjnK4y9CNp3Z44l2Pbx_msETiN7ihlTAw6AWZWqmqzQgdmFvXWmu-kVkyeHdOvk6jwpQ4XJTFpFdZUh2hc/s1600/letters+from+iwo+jima.jpg" width="400" /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: x-small;"><span style="line-height: 150%;">6. </span><b style="line-height: 150%;">Cartas de Iwo Jima</b><span style="line-height: 150%;">, de Clint Eastwood
(2006)</span></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;"><img border="0" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgixFMfiucdU4dsctuRqBmi2YQRl5DYX40Wergd5vFCMa_bgrBlNBEWTSgrMmYac2US1gIAqHN2VeXr746IA1wfod2Pn954FR8OFYBVqZLgwrKEVzPQ3CRr3BJ-NvJOMxSdDLytdBPA444/s1600/full+metal+jacket.jpg" width="400" /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: x-small;"><span style="line-height: 150%;">5. </span><b style="line-height: 150%;">Nascido para Matar</b><span style="line-height: 150%;">, de
Stanley Kubrick (1987)</span></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDz0E12my-OM47RVy00tdyW_c4D3KVPPnqaHpRn9lUFlZmbEeyHu8JVg-TlAvad8tIOD_fnzKjJgUv5YcShaCpXLlBSrkfcei6qaVm5t-SneZgF_qqOsB_hnYG4fOeDeoId9ORg4-6LVM/s1600/nuit+et+brouillard.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDz0E12my-OM47RVy00tdyW_c4D3KVPPnqaHpRn9lUFlZmbEeyHu8JVg-TlAvad8tIOD_fnzKjJgUv5YcShaCpXLlBSrkfcei6qaVm5t-SneZgF_qqOsB_hnYG4fOeDeoId9ORg4-6LVM/s1600/nuit+et+brouillard.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: x-small;"><span style="line-height: 150%;">4. </span><b style="line-height: 150%;">Noite e Neblina</b><span style="line-height: 150%;">, de Alain
Resnais (1955)</span></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgchAWDaYsp6CNy6WJBjk9Cdhb-YljuEyQljti1-ecgn3HKcsXtagRO1VJiDetw4tB7sF2i6JtuaO4YzsV6dgft2eRg760gksKzxJ9OVd8ep0o-_zHkmfd-rrsw2VHJy2Cynv8d20l_AE4/s1600/lawrence+of+arabia.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgchAWDaYsp6CNy6WJBjk9Cdhb-YljuEyQljti1-ecgn3HKcsXtagRO1VJiDetw4tB7sF2i6JtuaO4YzsV6dgft2eRg760gksKzxJ9OVd8ep0o-_zHkmfd-rrsw2VHJy2Cynv8d20l_AE4/s1600/lawrence+of+arabia.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: x-small;"><span style="line-height: 150%;">3. </span><b style="line-height: 150%;">Lawrence da Arábia</b><span style="line-height: 150%;">, de
David Lean (1962)</span></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1s6hgl5kWheaI2B1EK3fJKGN2im3EBehKfgap39Fx0mSmGm_lATVvXwQucbsEe0qdVlm8S9nMJTRVyH3hvrakYhMUAN2_Y8vxgeypXiNkZv_zCXP9yo4E12dD1iVtAZcwwjmiiLTdFHc/s1600/hotaru+no+haka.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="215" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1s6hgl5kWheaI2B1EK3fJKGN2im3EBehKfgap39Fx0mSmGm_lATVvXwQucbsEe0qdVlm8S9nMJTRVyH3hvrakYhMUAN2_Y8vxgeypXiNkZv_zCXP9yo4E12dD1iVtAZcwwjmiiLTdFHc/s1600/hotaru+no+haka.png" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="font-family: inherit; font-size: x-small;"><span style="line-height: 150%;">2. </span><b style="line-height: 150%;">O Túmulo dos Vagalumes</b><span style="line-height: 150%;">, de
Isao Takahata (1988)</span></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyG17MXdXkFuC-q6aCNhokiolMOFvXVp2yRUFm3I622QC6ijMF3KC2T6R6xF4UDJhIOMrB5dGkIT-CMhrOqWY7S8ftOhc-euSMxJrp6YqGxj-LwWehIlIwVtZJ54cJc_oWIaUyD12JoAQ/s1600/apocalypse+now.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="187" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyG17MXdXkFuC-q6aCNhokiolMOFvXVp2yRUFm3I622QC6ijMF3KC2T6R6xF4UDJhIOMrB5dGkIT-CMhrOqWY7S8ftOhc-euSMxJrp6YqGxj-LwWehIlIwVtZJ54cJc_oWIaUyD12JoAQ/s1600/apocalypse+now.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: x-small;"><span style="line-height: 150%;">1. </span><b style="line-height: 150%;">Apocalypse Now</b><span style="line-height: 150%;">, de Francis Ford Coppola (1979)</span></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: inherit; font-size: x-small; line-height: 150%;"><br /></span></div>
Kaio Feliphehttp://www.blogger.com/profile/15646809930907286813noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3009402629771100224.post-86765750414240966492015-02-21T19:48:00.003-08:002015-02-21T19:48:41.067-08:00Crítica: Selma: Uma Luta Pela Igualdade (2014)<div style="text-align: center;">
<div style="text-align: left;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUm50Sm8Mw-z_u11YdkwW2f8y9taBSc4jHUQ12u7N9UuEfR2agZRlOWy6BBA7pgqijU2eH2KtNAHonw_4kKChhAAxnYLFbPrhTbjbbFWdnC5uEQOdk_VHhwZ-fKfiQo-ZaO58nPDuiIY0/s1600/Selma_UKPoster.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUm50Sm8Mw-z_u11YdkwW2f8y9taBSc4jHUQ12u7N9UuEfR2agZRlOWy6BBA7pgqijU2eH2KtNAHonw_4kKChhAAxnYLFbPrhTbjbbFWdnC5uEQOdk_VHhwZ-fKfiQo-ZaO58nPDuiIY0/s1600/Selma_UKPoster.jpg" height="400" width="270" /></a></div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
Por <b><i>Maurício Owada</i></b></div>
<div style="text-align: center;">
<i><br /></i></div>
<div style="text-align: center;">
<i>"A memória de conquistas recentes,</i></div>
<div style="text-align: center;">
<i>de direitos irrefutáveis"</i></div>
<br />
Enquanto alguns exaltam os heróis americanos que empunham a arma e um objetivo ilusivo, temos a memória de homens que utilizaram da não-violência e do grande debate da segregação racial, como <b>Martin Luther King Jr.</b>, um ativista que pregava a igualdade entre as etnias, assim como a palavra de Deus em seus cultos. Com grande poder oratório, seus discursos são os mais conhecidos, entre eles <i>"I have a dream"</i>, aonde a chama de esperança de novos e melhores tempos eram desejadas de forma tão intensa.</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
Com pouquíssimos filmes sobre o ativista, <b>Selma: Uma Luta Pela Igualdade </b>(<i>Selma</i>) retrata a marcha de milhares de pessoas, não só negros como também brancos simpatizantes da causa, saindo da cidade de Selma até Montgomery, no Estado do Alabama, pela direito do voto. A diretora <b>Ava DuVernay</b> retrata de forma sóbria e sem espetáculo de violência, ao mesmo tempo que filma com intensidade as agressões desses homens e mulheres, velhos e jovens, assim como suas reações a repressão, e sua direção de atores calca mais em um olhar mais intimista do ativista e daqueles que o cercavam, do que grandes discursos embalados por um trilha-sonora inspiradora, que já foi feito por diretores negros em outros filmes do tema, como <b>Spike Lee</b> e até, <b>Denzel Washington</b>. Ava sai do lugar comum, não utiliza tanto uma trilha convencional e insere R&B e Rap, como a música Glory.</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
David Oyelowo trás um personagem forte de ar complacente, encarna um Luther King que às vezes, quase se abate pelo racismo enraizado, que parece nunca ter um fim. Contando com uma gama de bons coadjuvantes, tendo ainda <b>Carmen Ejogo</b>, <b>Oprah Winfrey</b>, <b>Cuba Gooding Jr.</b>, <b>Tim Roth</b> e <b>Giovanni Ribisi</b>, outro ator que brilha (um pouco menos que Oyelowo) é <b>Tom Wilkinson</b>, com uma postura mais encolhida para viver o presidente Lyndon B. Johnson, seu papel não aparece no roteiro apenas como referência histórica, mas também um alicerce de todos os acontecimentos.</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
<b>Paul Webb</b> explora em seu roteiro os diversos pontos de vista da marcha, desde os planejamentos e estratégias para atingir o objetivo com a marcha, ensinando pra muita gente que mesmo reivindicações necessitam de inteligência para que se vire o jogo contra autoridades reacionárias, até a utilização de intertextos para mostrar a espionagem que o FBI exercia em Luther King, assim como as manobras políticas para reprimir a manifestação. O roteirista destrincha os bastidores históricos e constrói de forma plena seus personagens principais, onde o protagonista vive entre o peso de sua missão e o desejo de uma vida plena, uma busca pela paz de espírito com a situação do mundo e saber do seu destino já nos livros de história trás a sensação de um homem que lutou por conquistas que ele mesmo não desfrutou.</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
Selma é forte em seu tema, reacende uma questão que infelizmente ainda não adormeceu, é presente na nossa sociedade e às vezes, defendida por discursos reacionários tão absurdos mesmo para um final de século XX. Demonstra a crueldade da segregação, a ignorância do preconceito e as circunstâncias trágicas e insistentes de uma sociedade que ainda não aprendeu a se acostumar com um outro indivíduo com a cor da pele diferente.<br />
<br />
Nota: 8,5/10,0<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjREpRVo75LPJKMz6FSKY_AY49GZauhvWt2EHR1shfEsUG9g3tkm_7EGnxuBsjGIXxr_IbEJO6BbepG_lbp8SeQm6xSWcDNKCJUK_TdL_s_e9GE8R3FMClPNStBW-eI4zD3ET_Ip8z94p8/s1600/Selma-34-Tom-Wilkinson-and-David-Oyelowo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjREpRVo75LPJKMz6FSKY_AY49GZauhvWt2EHR1shfEsUG9g3tkm_7EGnxuBsjGIXxr_IbEJO6BbepG_lbp8SeQm6xSWcDNKCJUK_TdL_s_e9GE8R3FMClPNStBW-eI4zD3ET_Ip8z94p8/s1600/Selma-34-Tom-Wilkinson-and-David-Oyelowo.jpg" height="213" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
Trailer:</div>
</div>
</div>
<div style="text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/S5CjKEFb-sM" width="560"></iframe></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
Maurício Owadahttp://www.blogger.com/profile/17063812999651570673noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3009402629771100224.post-90790475871045143662015-02-21T18:21:00.000-08:002015-02-21T18:21:03.463-08:00Crítica: O Jogo da Imitação (2014)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgChi4YX8qePO0FFlTMRjlX8BW0BySDiBf-GaNvv_VVW1B_z0cfWmpgvt25_TRDVsExStR4clQOLzH39VHblGVk6Ly68b45KZF_MjdZDjLjebrGUEgKd07ugk7v8rCFwOlVtBiFmcvMeTI/s1600/Poster-art-for-The-Imitation-Game_event_main.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgChi4YX8qePO0FFlTMRjlX8BW0BySDiBf-GaNvv_VVW1B_z0cfWmpgvt25_TRDVsExStR4clQOLzH39VHblGVk6Ly68b45KZF_MjdZDjLjebrGUEgKd07ugk7v8rCFwOlVtBiFmcvMeTI/s1600/Poster-art-for-The-Imitation-Game_event_main.jpg" height="400" width="270" /></a></div>
<div style="background-color: white; line-height: 18.4799995422363px; text-align: left;">
Por <i><b>Maurício Owada</b></i></div>
<div style="background-color: white; line-height: 18.4799995422363px; text-align: center;">
<i><br /></i></div>
<div style="background-color: white; line-height: 18.4799995422363px; text-align: center;">
<i>"Apesar de charmoso, o grande valor artístico </i></div>
<div style="background-color: white; line-height: 18.4799995422363px; text-align: center;">
<i>está na atuação de Benedict Cumberbatch"</i></div>
<div style="background-color: white; line-height: 18.4799995422363px; text-align: left;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; line-height: 18.4799995422363px; text-align: left;">
<span style="font-family: inherit; line-height: 18.4799995422363px;">O que define ser uma pessoa normal? Normal é ter todos os braços, ser saudável e conversar e socializar naturalmente? Gostar do sexo oposto e gostar de assuntos típicos do seu sexo? Não são questões levadas muito a fundo por <b>O Jogo da Imitação </b>(<i>The Imitation Game</i>), mas Alan Turing, interpretado por um brilhante <b>Benedict Cumberbatch</b>, cheio de nuances e olhares inexpressivos que escondem um tormento na alma e desejos reprimidos, carrega todos esses conflitos e demonstra o medo de um indivíduo de ser condenado pela maioria, ser enxergado como pária e ser execrado pelos demais.</span></div>
<div style="background-color: white; line-height: 18.4799995422363px; text-align: left;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; line-height: 18.4799995422363px; text-align: left;">
<span style="font-family: inherit;">Talvez por isso, Alan se demonstra uma pessoa tão afastada e anti-social, enfatizando a arrogância de sua genialidade em matemática e na habilidade de resolver enigmas. Ao mesmo tempo que o roteiro aborda o trabalho secreto dele para o serviço de inteligência britânico, ajudando a construir o primeiro computador da história, afim de decodificar o Enigma, código usado pelos nazistas para mandar mensagens de guerra para definir estratégias.</span></div>
<div style="background-color: white; line-height: 18.4799995422363px; text-align: left;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; line-height: 18.4799995422363px; text-align: left;">
<span style="font-family: inherit;">A trilha minimalista de <b>Alexandre Desplat</b> denota os melhores momentos do filme, utilizando-a como forma de construção de clima, não de emoção, agregando um requinte diante de conflitos tão fortes, como um desejo pulsante e reprimido as lágrimas guardadas com força diante de um olhar frio fingido, ao medo de expressar suas emoções mais internas. A montagem monta a narrativa a entender o passado do personagem e as atitudes depois de adulto, como por exemplo, ele chamar o computador de Christopher e ao longo do filme, esse fato se torna mais significativo.</span></div>
<div style="background-color: white; line-height: 18.4799995422363px; text-align: left;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; line-height: 18.4799995422363px; text-align: left;">
<span style="font-family: inherit;">Cumberbatch gagueja e abusa dos trejeitos, mas jamais soa caricato em sua arrogância ou sua homossexualidade, numa atuação sutil aonde acerta em trazer um homem que se esconde e se esquiva das relações humanas. <b>Keira Knightley</b> tá competente como a mulher que conduz Alan além de sua matemática, para levá-lo a se relacionar e entender algo tão ilógico como o ser humano, aonde os resultados não são condizentes com os métodos de resolução.</span></div>
<div style="background-color: white; line-height: 18.4799995422363px; text-align: left;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; line-height: 18.4799995422363px; text-align: left;">
<span style="font-family: inherit;">O Jogo da Imitação é uma produção britânica charmosa, possui uma mão segura na direção e um roteiro bem estruturado, mas como todo longa da Terra da Rainha, não vai muito longe do que foi descrito nos livros em um filme realizado de forma correta, porém competente na construção do conflito e dos personagens. Uma cinebiografia que honra um homem outrora condenado por quem é, esquecido pelo que fez.</span></div>
<div style="background-color: white; line-height: 18.4799995422363px; text-align: left;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; line-height: 18.4799995422363px; text-align: left;">
<span style="font-family: inherit;">Nota: 6,0/10,0</span></div>
<div style="background-color: white; line-height: 18.4799995422363px; text-align: left;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj35zsDI6Nur43hHA04rZzl27rUuJGAqz60Q_6jxIfmzMrQ2MjHPyhrl89fo4rQrj7Ypy3nGvwfQyJGiayYXpQx_0OYRcngnw5r2fbomR7-GwQawe0yQzOZ_K8Jf94r1V47IfsQ3mOuhNw/s1600/516998.jpg-r_640_600-b_1_D6D6D6-f_jpg-q_x-xxyxx.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj35zsDI6Nur43hHA04rZzl27rUuJGAqz60Q_6jxIfmzMrQ2MjHPyhrl89fo4rQrj7Ypy3nGvwfQyJGiayYXpQx_0OYRcngnw5r2fbomR7-GwQawe0yQzOZ_K8Jf94r1V47IfsQ3mOuhNw/s1600/516998.jpg-r_640_600-b_1_D6D6D6-f_jpg-q_x-xxyxx.jpg" height="213" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjxKDt7l_40qv58qjlvIAl_UdQHSSJP7ykU70G60e6JjkOKF9JE4F0fbt699wJEDSysmmZxCaz4DFCCfGe_1aMZSbGb8ut8_pvlH4OaeAcnMZZI91o2MsK_ocizF-EAYDCPYfg3OUCtH28/s1600/filme1730_f4.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjxKDt7l_40qv58qjlvIAl_UdQHSSJP7ykU70G60e6JjkOKF9JE4F0fbt699wJEDSysmmZxCaz4DFCCfGe_1aMZSbGb8ut8_pvlH4OaeAcnMZZI91o2MsK_ocizF-EAYDCPYfg3OUCtH28/s1600/filme1730_f4.jpg" height="213" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8pVboJ9Jj-QZrSAQGg7dRzmrYPWjsFXXyrByPMbRKet3zaDZqLSN63D6Nigit9Sksx3IJqNopX6uAzG90dGWPmyVsaUfN4M9ckTYujageh0BVQyLH2kwW0g3MPbG1hKz3Dn0bzKaLKEU/s1600/imitac3a7c3a3o.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8pVboJ9Jj-QZrSAQGg7dRzmrYPWjsFXXyrByPMbRKet3zaDZqLSN63D6Nigit9Sksx3IJqNopX6uAzG90dGWPmyVsaUfN4M9ckTYujageh0BVQyLH2kwW0g3MPbG1hKz3Dn0bzKaLKEU/s1600/imitac3a7c3a3o.jpg" height="213" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
Trailer:</div>
<div style="background-color: white; line-height: 18.4799995422363px; text-align: left;">
<div style="text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/eWq5wAX8K8A" width="560"></iframe>
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
</div>
Maurício Owadahttp://www.blogger.com/profile/17063812999651570673noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3009402629771100224.post-18914471748639345862015-02-17T09:22:00.000-08:002015-02-17T09:22:46.803-08:00Crítica: Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância) (2014)<div style="background-color: white; line-height: 18.4799995422363px; text-align: left;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigN39k2ZiM4nW0wo9QpDBOD-IPrVd3f3hRmZdpl2tfWOhkIA2vIw4yRv7QqE30A63lK-homVDSbIWoB-zfyMBRxwfOB-awcxnQyCDmSIb-VTWPxO0jwHlPRnoVkW6CB3RUgxUc3myq3XY/s1600/BIRDMAN-red-one-sheet-HI-res.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigN39k2ZiM4nW0wo9QpDBOD-IPrVd3f3hRmZdpl2tfWOhkIA2vIw4yRv7QqE30A63lK-homVDSbIWoB-zfyMBRxwfOB-awcxnQyCDmSIb-VTWPxO0jwHlPRnoVkW6CB3RUgxUc3myq3XY/s1600/BIRDMAN-red-one-sheet-HI-res.jpg" height="400" width="270" /></a></div>
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; line-height: 18.4799995422363px; text-align: left;">
<span style="font-family: inherit;">Por <b><i>Maurício Owada</i></b></span></div>
<div style="background-color: white; line-height: 18.4799995422363px; text-align: center;">
<span style="font-family: inherit;"><i><br /></i></span></div>
<div style="background-color: white; line-height: 18.4799995422363px; text-align: center;">
<span style="font-family: inherit;"><i>"A relação da arte, entretenimento e crítica</i></span></div>
<div style="background-color: white; line-height: 18.4799995422363px; text-align: center;">
<span style="font-family: inherit;"><i>num filme com alguns excessos, mas feito com esmero técnico"</i></span></div>
<div style="background-color: white; line-height: 18.4799995422363px; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; line-height: 18.4799995422363px; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Quando <b>Crepúsculo dos Deuses</b> termina com Norma Desmond (<b>Gloria Swanson</b>), ensandecida caminhando em direção à câmera, percebíamos a fragilidade das almas humanas mascaradas nas grandes telas que recheavam as salas todos os dias naquela época, quando o cinema era um programa de entretenimento rotineiro - a Era de Ouro da indústria hollywoodiana. Atores e atrizes vendidos como produtos nas telas como heróis para as grandes massas que consumiam pipoca diante de histórias agradáveis ou eletrizantes, dependendo do gosto do público.</span></div>
<div style="background-color: white; line-height: 18.4799995422363px; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; line-height: 18.4799995422363px; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Iñárritu e seus três roteiristas resgatam o espírito de <b>Billy Wilder</b>, trazem o olhar crítico e ácido sobre todos os elementos da indústria cinematográfica atual, desta vez sob o olhar de <b>Michael Keaton/Riggan Thomson</b>, que anos atrás fora uma grande estrela quando fez <b>Batman/Birdman</b>, mas que ultimamente via sua carreira em baixa, esquecido pela mídia, fora dos <i>trending topics</i>, esnobado pela crítica especializada devido a vida dedicada à uma indústria que faz filmes para lucrar, a mesma que o deixou de escanteio e então, decide fazer o maior trabalho de sua carreira, que a impulsione e o leve a ser ovacionado: um filme sobre ele e a indústria/uma peça de teatro - esse paralelo de filme e realidade é denotado pelo retrato do cinema atual e a busca de celebridades por obras de pretensões mais artísticas para serem levados a prêmios de prestígio como o Oscar.</span></div>
<div style="background-color: white; line-height: 18.4799995422363px; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; line-height: 18.4799995422363px; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">As grandes indicações do filme e principalmente do ator principal reforça toda a ironia que Iñárritu retrata num humor negro que se desenrola em um quarteirão que envolve o teatro, que serve de palco para todos os personagens envolvidos na peça que Riggan escreve e dirige - um salto artístico que muitos enxergam com desconfiança e desdém. Filmado como se tudo fosse um único plano-sequência, Iñárritu utiliza de closes em objetos para dar transição para outro local, mas pela utilização excessiva, acaba havendo exageros de câmera, mas que serve de propósito artístico para captar as atuações quase como um teatro, aonde os atores interagem nos corredores do camarim para lá e para cá como se fosse tudo uma peça, aonde as paredes não são limites para a câmera, que passeia pelo cenário e foca sua atenção em cada coisa que encontra pelo caminho, ainda servindo de testemunha para as ilusões espetaculares de Riggan.</span></div>
<div style="background-color: white; line-height: 18.4799995422363px; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; line-height: 18.4799995422363px; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Birdman é um humor negro transgressor e não poupa a indústria e suas "celebridades" e nem a famosa crítica nova-yorquina, conhecida pela exigência e pelas críticas tanto engrandecedoras quanto esmagadoras. <b>Alejandro González Iñárritu</b> traz um panorama de um homem que busca o retorno de um prestígio maior do que já teve antes, um homem que enxerga numa peça de teatro, o degrau para algo além da própria fama, mas do reconhecimento. Irônico, para um filme que concorre ao Oscar.</span></div>
<div style="background-color: white; line-height: 18.4799995422363px; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; line-height: 18.4799995422363px; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Nota: 9,0/10,0</span><br />
<span style="font-family: inherit;"><br /></span>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQVpE7ppqRk7Ebt7oae7OfCun4ufPBow5y_Z0xam3hF8swk_M_g5HdGvZUIOz89yuXaaBFbr_RVbB9ohoy8Kbm4lBJnhyphenhyphendmTXKFalz4btH7YhaaA0Q5uJD4pkiLubX8tFYWV0zvlISYng/s1600/1401x788-20141016_birdman_x1401.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQVpE7ppqRk7Ebt7oae7OfCun4ufPBow5y_Z0xam3hF8swk_M_g5HdGvZUIOz89yuXaaBFbr_RVbB9ohoy8Kbm4lBJnhyphenhyphendmTXKFalz4btH7YhaaA0Q5uJD4pkiLubX8tFYWV0zvlISYng/s1600/1401x788-20141016_birdman_x1401.jpg" height="179" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgvEk_P6z1vQ2Zs80rm9dgrn7wVZ0IJHgudlgxjkLf5rzxwCBOTOcbWbXO4QOUm8d-GrDKP0hTc_gV6qe6XbMak4DccZbW9inZYGvEqLJPPMszDyFfo6H8B-aUJkKCWQAqq5IS9y5tJUA4/s1600/birdman_still_3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgvEk_P6z1vQ2Zs80rm9dgrn7wVZ0IJHgudlgxjkLf5rzxwCBOTOcbWbXO4QOUm8d-GrDKP0hTc_gV6qe6XbMak4DccZbW9inZYGvEqLJPPMszDyFfo6H8B-aUJkKCWQAqq5IS9y5tJUA4/s1600/birdman_still_3.jpg" height="180" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdPuXMbmts80-j-apjKJMxEmWqQGdzAKJesjMNnM-8bv53-rpYpk8Bd4bjE4Sft4ZbmH_3Ywn3wa5OWIljFznPR08uiGJogGfrMDIpbrl4MiRcDogd_RLAYjo-2zK2YEddRtxLwgNnjAM/s1600/o-EMMA-STONE-BIRDMAN-facebook.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdPuXMbmts80-j-apjKJMxEmWqQGdzAKJesjMNnM-8bv53-rpYpk8Bd4bjE4Sft4ZbmH_3Ywn3wa5OWIljFznPR08uiGJogGfrMDIpbrl4MiRcDogd_RLAYjo-2zK2YEddRtxLwgNnjAM/s1600/o-EMMA-STONE-BIRDMAN-facebook.jpg" height="160" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
Trailer:</div>
<div style="text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/E31lXE0zmJ8" width="560"></iframe>
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
</div>
Maurício Owadahttp://www.blogger.com/profile/17063812999651570673noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-3009402629771100224.post-49543810905156003422015-02-13T16:29:00.000-08:002015-02-13T16:29:32.579-08:00Sessão Curta+: Jammin' the Blues (1944)<div style="background-color: white; line-height: 20px; text-align: justify;">
<b style="font-family: inherit;">Filme</b><span style="font-family: inherit;">: Jammin' the Blues</span></div>
<div style="background-color: white; line-height: 20px; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><b>Direção</b>: Gjon Mili</span></div>
<div style="background-color: white; line-height: 20px; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><b>Roteiro</b>: ---</span></div>
<div style="background-color: white; line-height: 20px; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><b>Gênero</b>: Musical</span></div>
<div style="background-color: white; line-height: 20px; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><b>Origem</b>: EUA</span></div>
<div style="background-color: white; line-height: 20px; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><b>Duração</b>: 10 minutos</span></div>
<div style="background-color: white; text-align: justify;">
<div style="text-align: start;">
<span style="font-family: inherit;"><span style="font-weight: bold; line-height: 20px;">Premiação: </span><span style="color: #363636;"><span style="line-height: 16px;">Oscar de melhor curta-metragem em 1945.</span></span></span></div>
<span style="font-family: inherit; line-height: 20px;"><b>Sipnose:</b> Este curta-metragem da Warner Bros. é uma sessão de jam (termo que define uma apresentação de músicos sem ensaio prévio ou, jazz depois da meia-noite - Jazz After Midnight) que reúne diversos músicos afro-americanos, incluindo Lester Young. Com uma iluminação escura e com um estado de espírito que correspondesse à música, o filme foi inovador em sua época e foi uma vitrine para artistas e músicos menos conhecidos que não podiam, de outra maneira, se apresentarem ao grande público.<br /><br /><i>*Dica: aperta no item da lateral do vídeo para expandir a imagem.</i></span></div>
<div style="background-color: white; line-height: 20px; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; line-height: 20px; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Filme:</span></div>
<div style="text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/2v_Y3Pbiims" width="420"></iframe></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
Maurício Owadahttp://www.blogger.com/profile/17063812999651570673noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3009402629771100224.post-33101416402105966582015-02-11T14:54:00.000-08:002015-02-15T14:06:18.489-08:00Crítica: Sniper Americano (2014)<div style="text-align: center;">
<img height="400" src="https://image.tmdb.org/t/p/original/hqg2fbanbM4rNP53izqi6h0WYR8.jpg" width="266" /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Por <b><i>Kaio Feliphe</i></b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b><i><br /></i></b></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><i>"Desmitificação."</i></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Filmes americanos com temática bélica sempre causam polêmicas pelo já conhecido patriotismo exacerbado dos ianques. <b>Guerra ao Terror </b><i>[The Hurt Locker, 2008]</i>, <b>A Hora Mais Escura </b><i>[Zero Dark Thirty, 2012]</i> e<b> O Resgate do Soldado Ryan </b><i>[Saving Private Ryan, 1998]</i> são alguns exemplos. Claro que nem sempre a crítica a tais obras é coerente; muitos são mal entendidos em sua mensagem. E o novo filme de <b>Clint Eastwood</b>, <b>Sniper Americano </b><i>[American Sniper, 2014]</i>, é o mais novo (e incompreendido) caso</span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O filme conta a história de Chris Kyle, um atirador de elite da marinha norte-americana que é idolatrado pelas forças armadas do país. Elevado ao posto de lenda pelos seus feitos, Kyle tem aproximadamente 160 assassinatos em seu nome, além de outros 255 não confirmados.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Olhando simplesmente por esse resumo da vida do personagem a ser retratado e sabendo do histórico nacionalista do povo americano, é compreensível pensar que seria apenas mais um dos filmes de guerra onde o exército triunfa sobre o "mal" e a bandeira americana tremula imponente sob a luz do sol, numa imagem épica e ufanista sobre a superioridade dos EUA em relação aos outros povos.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Mas esse pré-conceito simplesmente se esvai ao ler o nome do diretor e produtor da obra. Um homem que tem no currículo filmes como </span><b style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Cartas de Iwo Jima </b><i style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">[Letters From Iwo Jima, 2006]</i><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">, </span><b style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Gran Torino </b><i style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">[Gran Torino, 2008]</i><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> e </span><b style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Os Imperdoáveis </b><i style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">[Unforgiven, 1992]</i><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">, trabalhos sensoriais onde não existem heróis e vilões, onde a distinção entre "bem" e "mal" é extremamente tênue, e onde a violência é tratada de forma cuidadosa, mostrando sua origem e como ela corrói e transforma seus personagens, não faria um trabalho raso assim. E Sniper Americano não decepciona.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A narrativa do filme é completamente linear. No início, somos apresentados a infância de Kyle; e é bem interessante como temos uma base bem sólida de sua criação com poucos minutos de projeção. Kyle nasceu num típico lar texano, com alta influência religiosa e educação rígida, principalmente por parte de seu pai. Em uma cena, o pai de Kyle dá um sermão a seus dois filhos sobre os tipos de pessoas que existem na nossa sociedade. Segundo ele, são três: as ovelhas, que são os cidadãos comuns e indefesos; os lobos, que são as ameaças à sociedade e às ovelhas; e os cães pastores, encarregados de proteger as ovelhas dos lobos. O pai enaltece que ele não criou nenhum de seus filhos pra ser ovelha ou lobo; e os pequenos flashes que mostram Chris protegendo seu irmão mais novo (de forma violenta, diga-se) de um outro garoto comprovam a tese. É essa característica de Kyle que dita toda a narrativa do longa.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Depois de fracassar como </span><i style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">cowboy</i><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">, Kyle descobre que seu destino é, realmente, proteger as pessoas. Com isso, ele ingressa na marinha americana. E é nesse momento que sua vida muda completamente. Ao ver na televisão o ataque às torres gêmeas, o cenário que seu pai contou está completo. O povo americano (as ovelhas) está sendo atacado pelos iraquianos (os lobos), e é dever de Kyle (como cão pastor) proteger seu país a todo custo.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A partir de então, a lenda começa a nascer. Seu prestígio como um exímio atirador de elite aumenta a cada morte, só que isso vem a um custo. Com suas constantes viagens ao oriente médio, Kyle fica distante de sua família e amigos. E essa dicotomia é extremamente bem trabalhada por Eastwood. Chris é adorado no seu trabalho, mas para isso ele teve que abandonar toda sua vida na América. Kyle não tem um relacionamento saudável com sua esposa durante o período da guerra, além de ser ausente na vida de seu irmão caçula. Porém, é ovacionado por seus companheiros de combate e é um verdadeiro ícone para todos. Ao mesmo tempo, situações de guerra o afetam seriamente. Em dois momentos específicos, o atirador se depara com a obrigação de matar uma criança. Obviamente, isso o atinge fortemente.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Esse é outro conflito interno do personagem vivido por </span><b style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Bradley Cooper</b><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">, que entrega uma ótima atuação. Kyle se julga um cão pastor (em certo momento, ele diz que só se espera se encontrar com o Criador e justificar cada tiro que deu) e até se culpa por ver tantos companheiros morrerem no campo de batalha e não conseguir salvá-los. Mas, igualmente, ele não se sente confortável com as atitudes que seu trabalho obriga a fazer. Em uma cena, um soldado o encontra e o agradece por ter salvado sua vida. Kyle desvia o olhar, responde com poucas palavras, se sente incomodado com aquilo. Chris tem orgulho de ter salvo tantas vidas, mas a forma como ele às salvou e aquelas que ele não conseguiu o perturbam profundamente.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">São essas discussões que destroem qualquer possibilidade de Sniper Americano ser um filme ufanista. Eastwood não exalta o mito (ou lenda) Chris Kyle, ele o humaniza. O atirador de elite exaltado por todos é um homem assombrado pelos fantasmas da guerra. A guerra que o afastou de sua família, de seus amigos e de seu lar, que fez com que fizesse coisas que não queria, que fez com que visse companheiros morrerem e que, pouco a pouco, acabou o matando também.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Eastwood desmitifica a lenda. Chris Kyle foi vítima da violência tão comum aos filmes do diretor, a violência que é quase inerente a seus personagens, que os afetam fisica e psicologicamente e que não distingue mocinhos de vilões. Sniper Americano é um belo estudo de personagem e, no final das contas, um filme anti-guerra. Ninguém sai ileso de um campo de batalha. A guerra pode acabar, mas ela o perseguirá para sempre. Não existem vencedores no combate, apenas sobreviventes de um pesadelo. E nem mesmo as lendas fogem à regra.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Nota: 8.0/10.0</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<img height="225" src="https://image.tmdb.org/t/p/original/oJNu8vS6Wf10Cv2996KO65jt4C0.jpg" width="400" /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<img height="225" src="https://image.tmdb.org/t/p/original/yJn49okQyEmIhlEX4rbT0Hbgq3X.jpg" width="400" /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
</div>
<div style="text-align: center;">
<img src="http://media.breitbart.com/media/2015/01/bradley-cooper-american-sniper.jpg" height="266" width="400" /><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Trailer:</span></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://ytimg.googleusercontent.com/vi/99k3u9ay1gs/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="http://www.youtube.com/embed/99k3u9ay1gs?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
<br /></div>
Kaio Feliphehttp://www.blogger.com/profile/15646809930907286813noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3009402629771100224.post-24412444490435557502015-02-04T15:45:00.001-08:002015-02-04T15:45:51.902-08:00Crítica: Foxcatcher: Uma História Que Chocou o Mundo (2014)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgNzEyElcjzvuYs8HuPyEM8D9w7WdIyPFbyz-NEWq2gbh2KvixrzoC7z1VPvIPMuKpPdIJvFxf0ZPFF9AReHY4dX_xuiH5yGMU2N9TIOyBqdRiDanaU1hfZZceGLn_czzQ8Tc_edlklTn4/s1600/MM_FOXCATCHER_POSTER.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgNzEyElcjzvuYs8HuPyEM8D9w7WdIyPFbyz-NEWq2gbh2KvixrzoC7z1VPvIPMuKpPdIJvFxf0ZPFF9AReHY4dX_xuiH5yGMU2N9TIOyBqdRiDanaU1hfZZceGLn_czzQ8Tc_edlklTn4/s1600/MM_FOXCATCHER_POSTER.png" height="400" width="270" /></a></div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
Por <b><i>Maurício Owada</i></b></div>
<div style="text-align: center;">
<i><br /></i></div>
<div style="text-align: center;">
<i>"Narrativa nebulosa sobre um fato nebuloso"</i></div>
<br />
Sempre fomos acostumados a ver filmes sobre esportes relacionados a superação e a vitória, mas e quando ela cheira a tragédia e frustrações? Foxcatcher não é um filme de esporte e muito menos, uma lição de superação e talvez por isso não tenha grandes indicações ao Oscar, a não ser pela direção e atuações. Não é um filme que a Academia goste muito, principalmente pela densidade dramática acerca de uma tragédia: o assassinato do campeão olímpico de greco-romano Dave Schultz por John Du Pont, membro de uma das famílias mais ricas dos EUA.<br />
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<b>Bennett Miller</b> constrói uma trama de pouquíssimas palavras e olhares e expressões falam mais alto, mas não claramente. O roteiro não busca respostas sobre as circunstâncias do assassinato, diante disso, vemos dois personagens conversando, mas jamais ouvimos o que falam, sons abafados por uma janela ou um vidro e o mérito de <b>Max Futterman</b> e <b>E. Max Frye</b> são de demonstrar a nebulosidade da relação entre os irmãos Schultz (vividos por <b>Channing Tatum</b> e <b>Mark Ruffalo</b>) e o excêntrico bilionário John (encarnado de forma sombria por <b>Steve Carell</b>) e o que acarretou na terrível tragédia.<br />
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O início do filme trás imagens de arquivo da família Du Pont, que sempre demonstrou um apego por esportes. John faz parte de um tradicionalismo americano, um mecenato vindo de herança e a fazenda Foxcatcher simboliza todo o estado mental do personagem de Carell, que se tornou um centro de treinamento anos mais tarde. Ao mesmo tempo, há uma certa repulsa nas tradições de sua família, já que os esportes praticados por seus antecessores eram típicos da elite, enquanto a luta greco-romana representa o lado mais animal de Du Pont, que por sua vez, encontra em Mark (Tatum) uma amizade que ultrapassa os limites de intimidade e subentende um desejo homossexual. Apesar do destaque nos irmãos Schultz, boa parte da climática perturbadora está na exploração psicológica de John Du Pont, nebuloso como a fotografia fria e acinzentada.<br />
<br />
John Du Pont exalta o ideal americano em seus discursos e falas, mas ao fundo, é repreendido por ele e o usa como forma de ser notado pela mãe, interpretada por <b>Vanessa Redgrave</b>, que exala os últimos suspiros de uma formalidade aristocrata que John despreza, assim como seus simbolismos, como os cavalos e os esportes "estúpidos" praticados, outrora, por sua família. O vídeo-propaganda sobre a fazenda Foxcatcher também se torna um objeto que denota a máscara que cobre o lado deprimente e perturbador do local, como se a falsidade daquilo tudo se tornasse mais evidente ao cobrir, ao invés do contrário.<br />
<br />
<b>Foxcatcher: Uma História Que Chocou o Mundo</b> (<i>Foxcatcher</i>) não é um filme catártico, o seu ato final soa gelado como a neve que ocupa a cena, aonde o sangue escorre e a fumaça da ponta da arma que disparou, se dissipa no ar gélido, como se fosse um suspiro de raiva e frustração. O olhar inexpressivo de Carell no final não denota frieza, tampouco um arrependimento, mas um vazio - uma alma oca, buscando preencher com alguma utilidade na sociedade e ao país, como uma busca incessante por um papel importante - ser um grande homem de grande histórias, como seus antecedentes de grande fortuna e construir uma imagem que o seguisse sempre, tentando moldar o jovem Mark aos seus conceitos de vitória. Como sair vitorioso, se a alma humana já começa derrotada?<br />
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Nota: 10/10<br />
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Trailer:</div>
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Maurício Owadahttp://www.blogger.com/profile/17063812999651570673noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3009402629771100224.post-33004920561742193692015-02-02T12:06:00.001-08:002015-02-02T12:06:05.161-08:00O Desafio dos 365 Filmes em Um Ano - 5ª SemanaPor <b><i>Maurício Owada</i></b><br />
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Entre mais alguns filmes nesta semana, fiz um apanhado de mais longas indicados ao Oscar, principalmente as animações indicadas, mesmo o ignorado Uma Aventura Lego, cuja história inventiva acerca dos brinquedos LEGO não foi reconhecida pela Academia.<br />
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Filmes sobre rádio-novela, um suspense de Alfred Hitchcock também rechearam a semana, que foi bem produtiva. Na próxima semana, teremos ainda mais filmes que estão na etapa final da temporada de premiações, com a concorrência acirrada entre Boyhood e Birdman.<br />
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<b>#26 - Bem-Vindo, Mr. McDonald</b> (1997) - <i>Rajio no Jikan</i><br />
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Nota: 9/10<br />
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Direção: <b>Koki Mitani</b><br />
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Entre a liberdade criativa, os egos de estrelas, problemas técnicos e a culturalização americana massificada no Japão, Mitani faz um delicioso e divertido filme sobre a gravação de uma rádio-novela. Após ganhar o concurso de roteiro na rádio, uma dona de casa vê seu roteiro ser mudado drasticamente para satisfazer os atores que fazem parte do programa e também os patrocinadores. Com um trabalho de câmera primoroso e uma grande gama de atores bem dirigidos e engajados numa divertida história, em um texto tremendamente teatral e cheio de acontecimentos absurdos e reviravoltas. Um deleite para quem quer ver um filme pra rir e relaxar, mas ainda assim, com um trabalho de ótima qualidade. O mais curioso é ver o ator Ken Watanabe, conhecido pelos personagens fortes e olhares sérios como um caminhoneiro ouvinte da rádio-novela que usa chapéu de cowboy.<br />
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<b>#27 - Os Boxtrolls</b> (2014) - <i>The Boxtrolls </i><b><span style="color: #bf9000;">~~ (Maratona de Premiações)</span></b><br />
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Nota: 7/10<br />
<br />
Direção: <b>Graham Annable e Anthony Stacchi</b><br />
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Uma charmosa animação, com uma história adorável. Com um visual que remete a filmes de Tim Burton, com cenários que remetem ao expressionismo alemão, todo torto e fora do espaço real, junto com um trabalho de iluminação contrastante em cenas mais escuras. Personagens adoráveis e um típico vilão c<br />
aricato, a modelagem dos personagens animados em stop-motion e suas expressões nos fazem duvidar da técnica de tão bem trabalhado. Porém o roteiro é bem simples e não tem nada que o torne mais memorável, mas ainda assim, acerta pelo cuidado com o visual e por um tom bem leve e uma trama divertidíssima, com uma mensagem contra o preconceito e pela ganância sem sentido.<br />
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<b>#28 - Uma Aventura Lego</b> (2014) - <i>The Lego Movie </i><b><span style="color: #bf9000;">~~ (Maratona de Premiações)</span></b><br />
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Nota: 8/10<br />
<br />
Direção: <b>Phil Lord e Christopher Miller</b><br />
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Uma das animações mais criativas do ano passado, o filme brinca com as possibilidades do brinquedo para criar um desenho cheio de referências e sacadas diante do conceito do Lego, aonde a mensagem final demonstra a importância da infância e da imaginação proveniente. Assim como a trilogia de Toy Story e Detona Ralph!, Uma Aventura Lego apela para o saudosismo atemporal, da infância, das histórias inventadas, das soluções fáceis e o deus ex machina que a gente inventava em cada minuto como uma reviravolta nas tramas que a gente criava em nossa cabeça, com os bonequinhos como personagens e as peças como os grandes cenários ou como as navezinhas mais legais e rápidas do universo.<br />
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<b>#29 - Pacto Sinistro</b> (1951) - <i>Strangers on a Train</i><br />
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Nota: 9,5/10<br />
<br />
Direção:<b> Alfred Hitchcock</b><br />
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Hitchcock foi um diretor que sempre moldava o texto e o tom a sua maneira de ser. A intrigante história de um homem que comete um assassinato a "favor" do outro e ainda, cobra para que o outro faça o assassinato dele cai como luva nas mãos de Hitchcock. Uma das coisas que, vendo sua filmografia, percebe-se... é quanto o cineasta tinha interesse em personagens com desejos reprimidos e obsessões incontroláveis, como o personagem de Robert Walker, que fixa seu olhar frio cheio de sede de sangue em suas vítimas. Um personagem cuja silhueta de terno e chapéu é sempre notada, além de uma personalidade peculiar. Não era a toa que o chamavam de Mestre de Suspense... até o próprio Hitchcock.<br />
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<b>#30 - Sniper Americano</b> (2014) - <i>American Sniper</i><i> </i><b><span style="color: #bf9000;">~~ (Maratona de Premiações)</span></b><br />
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Nota: 7/10<br />
<br />
Direção: <b>Clint Eastwood</b><br />
<br />
A trajetória de Chris Kyle, um dos atiradores mais mortais da marinha americana, segue na leva de filmes de guerra modernos, na luta contra o terrorismo no Oriente Médio. Bradley Cooper fica mais forte e toma trejeitos texanos para viver o atirador, vivido com competência. Um homem que sai de sua terra para "defender o país" toma proporções dramáticas, mas o americanismo presente no tratamento do personagem principal, dos terroristas e do atirador rival, que são tratados de forma arquetípica, mas o roteiro de Jason Hall acerta ao criticar a política dos EUA mandar os jovens a guerra, ao invés de cuidar de seu próprio território. Bem conduzido por Clint, demonstrando ser um cineasta ainda fortemente atuante na indústria, demonstra força no drama e nas cenas de ação. O que incomoda apenas é a falta de um olhar mais crítico, como se acovardasse diante dos problemas da relação dos EUA com os outros países... como se importasse apenas o que eles fazem no próprio quintal.<br />
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<b>#31 - Leviatã</b> (2014) - <i>Leviafan</i><i> </i><b><span style="color: #bf9000;">~~ (Maratona de Premiações)</span></b><br />
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Nota: 10/10<br />
<br />
Direção: <b>Andrey Zviagintsev</b><br />
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Segundo Thomas Hobbes, o estado de natureza, aonde haveria "a guerra de todos contra todos", seria superada por um governo central e autoritário, que governaria absoluto e tomaria todo o poder para si - o Leviatã, que sob diversas formas, atuaria nos moldes deste governo. Na Rússia, dominada por um governo corrupto integralmente, o Jó, que é descrito por um padre, encarnado metaforicamente no papel de um homem que vê sua casa ser retirada pela prefeitura para fins comerciais, além dos problemas familiares que começam a tomar conta, Kolia se encontra com um 'monstro' que está disposto a engoli-lo, em uma série de tempestades no meio de um mar revoltoso. Para complementar, o filme coloca a 'força divina' ao lado deste Leviatã, representado por uma Igreja aliada a um governo corrupto, a mesma que condena num sermão em seu final, as ações de um Estado deteriorado que vê pena em arruinar a vida de um homem por um pedaço de terra. No final, só se vê ruínas das pessoas e dos valores.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_ortMQwLeVd8rGBHCjhvCut5nInT7eLm8kQFrl2k9DGHd3CTxAgHRoryms2H8MWjjjgPNck9eSE_48nn1djMDX-K9dffb69rRlCRm90fTuZoGWcy14K1DOj9kjBTvIof9CUt0LbRqoww/s1600/7.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_ortMQwLeVd8rGBHCjhvCut5nInT7eLm8kQFrl2k9DGHd3CTxAgHRoryms2H8MWjjjgPNck9eSE_48nn1djMDX-K9dffb69rRlCRm90fTuZoGWcy14K1DOj9kjBTvIof9CUt0LbRqoww/s1600/7.jpg" height="200" width="200" /></a></div>
<b>#32 - O Conto da Princesa Kaguya</b> (2013) - <i>Kaguya-hime no Monogatari</i><i> </i><b><span style="color: #bf9000;">~~ (Maratona de Premiações)</span></b><br />
<br />
Nota: 10/10<br />
<br />
Direção: <b>Isao Takahata</b><br />
<br />
Se Miyazaki impressa o mundo real no mundo de fantasia, Isao Takahata sempre adquiriu outra dinâmica: imprimir o mundo real nas suas animações, ou envolvê-las com fantasia. Assim como seu último filme, Meus Vizinhos, os Yamadas, Takahata demonstra seu gosto por traços e cores mais minimalistas, assim como em Only Yesterday. A adaptação do conto do cortador de bambu, que faz parte do folclore japonês, o cineasta desenha em traços que lembram uma gravura, assim como as cores aquareladas, a história de uma princesa que cresce livre nas montanhas floridas e cheias de animais e se deprime quando muda para a capital, vivendo em uma imensa e fechada mansão. A animação é primorosa e os movimentos dos personagens, principalmente da princesa Kaguya quando bebê, só denota a dedicação e o brilho de um estúdio que nos trás sempre animações encantadoras. Mais uma obra-prima de Isao Takahata.Maurício Owadahttp://www.blogger.com/profile/17063812999651570673noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3009402629771100224.post-72427991371247149922015-01-27T15:04:00.000-08:002015-01-27T15:04:13.209-08:00Crítica: A Teoria de Tudo (2014)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinNQg4lGbLR6KwecC38idA1dTqoTi0Fmz9d-RegaGjF12CwylmO0TySZCpJbZUX5m7ktsAz2kc-lXlVilXA9iMAJtME-4TmenDqbGGQhq7YK6krAcwpAhPRq3LNTYEpDKGJO2KP9ILAWQ/s1600/TheTheoryOfEverythingPoster-01.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinNQg4lGbLR6KwecC38idA1dTqoTi0Fmz9d-RegaGjF12CwylmO0TySZCpJbZUX5m7ktsAz2kc-lXlVilXA9iMAJtME-4TmenDqbGGQhq7YK6krAcwpAhPRq3LNTYEpDKGJO2KP9ILAWQ/s1600/TheTheoryOfEverythingPoster-01.jpg" height="400" width="270" /></a></div>
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<br /></div>
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Por <b><i>Maurício Owada</i></b></div>
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<i><br /></i></div>
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<i>"Cinebiografia trás um filme acomodado demais, </i></div>
<div style="text-align: center;">
<i>diante de uma figura ousada que ultrapassou os limites da ciência"</i></div>
<br />
Grandes personalidades sempre rendem filmes chamativos, já que a própria persona é o grande atrativo e a escalação de elenco pode ser tanto óbvio quanto impressionante. É o caso do ator <b>Eddie Redmayne</b>, que de aparência elegante e sempre com um ar charmoso, o jovem artista demonstra um estudo e um esforço em encarnar o cosmólogo <b>Stephen Hawking</b> desde o início até o estágio atual de sua doença, que não o permite a ter os movimentos musculares voluntários devido a doença degenerativa que descobriu no auge de sua juventude, quando iniciava uma das suas primeiras teorias que chamaria a atenção da ciência.<br />
<br />
<b>A Teoria de Tudo </b>(<i>The Theory of Everything</i>) conta sobre a história de Stephen e Jane Hawking (<b>Felicity Jones</b>), como se conheceram até o casamento cheio de dificuldades, conforme ambos criam sentimentos por outras pessoas, numa relação complexa aonde a prioridade por uma mutualidade e ao mesmo tempo, um tempo para eles mesmos é sentido em cada olhar cansado de Jane ou o olhar desconfiado de Stephen, o acerto da direção é no trabalho com os atores, mas <b>James Marsh</b> é pouco inspirado na condução da narrativa, que não sai do lugar comum, usa e abusa dos recortes do cotidiano como se fosse uma filmagem caseira. Tais recursos dão uma dinamicidade, mas o roteiro de<b> Anthony McCarten</b> é muito linear e explora pouco da ciência no olhar de Hawking, aonde as mudanças de ideia são citadas, mas pouco exploradas, afim de trazer um interesse do assunto para o espectador.<br />
<br />
Infelizmente, além do desempenho brilhante de Redmayne, assim como de Felicity Jones e uma belíssima trilha-sonora, A Teoria de Tudo não oferece muito, mas McCarten pelo menos não é covarde em retratar as intimidades do casamento dos Hawking, não mascara as personalidades de cada um e isso acaba sendo um ponto a mais para o projeto, mas ela sofre do mesmo mal de muitas obras que concorrem ao Oscar, que é a falta de um maior propósito artístico. Começa no primeiro plano e termina no último, não transcende além disso - típico filme de Oscar.<br />
<br />
Nota: 7,0/10,0<br />
<br />
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<br />
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<br />
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<br /></div>
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Trailer:</div>
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<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="//www.youtube.com/embed/LUayjO_KgsQ" width="560"></iframe>
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Maurício Owadahttp://www.blogger.com/profile/17063812999651570673noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3009402629771100224.post-39503955724276491822015-01-26T13:12:00.000-08:002015-01-26T13:12:10.991-08:00O Desafio dos 365 Filmes em Um Ano - 4ª Semana<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
Por <b><i>Maurício Owada</i></b><br />
<br />
Com um mês para a maior premiação da indústria cinematográfica americana - lembrando que Oscar não é parâmetro, já que ainda temos Cannes, Berlim e Veneza, além dos nossos próprios festivais, mas que em geral, chega a ser divertido acompanhar as temporadas de premiações, ainda que infelizmente, elas sejam regidas mais como corrida de cavalo do que um cerimônia em celebração a arte de se fazer cinema. Mas acompanhar os filmes de circuito que passam em Sundance e Toronto é interessante para entender a própria indústria e analisa-la de como ela se encaixa nas tendências estéticas, narrativas e principalmente, temáticas.<br />
<br />
Incluindo alguns filmes indicados a melhor filme e outros de países fora dos EUA, que dão o ar tímido de sua graça, apresentando um cinema particular, às vezes, simples e magistral, outras vezes, pretensioso e fraco, mas que ajuda a dar, seja ao cinéfilo, estudante de cinema, crítico etc... um panorama da indústria de filmes e como o seu maior centro enxerga o cinema de fora.<br />
<b><br /></b>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJbjCNxi7OJZ1d-uluX-C_BDGoN1IvoNTW9nr9ZzWc2nNlhNQ9w6QUYixjwzXLzKUJyGzXxLP3ozVBS9C5S5qCSFVw8OnhiJerbv3mZKYeJsVE9QwCyL8CYh8EhWdnyK-PQ_MSkNeIvVk/s1600/1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJbjCNxi7OJZ1d-uluX-C_BDGoN1IvoNTW9nr9ZzWc2nNlhNQ9w6QUYixjwzXLzKUJyGzXxLP3ozVBS9C5S5qCSFVw8OnhiJerbv3mZKYeJsVE9QwCyL8CYh8EhWdnyK-PQ_MSkNeIvVk/s1600/1.jpg" height="200" width="200" /></a></div>
<b>#19 - A Teoria de Tudo</b> (2014) - <i>The Theory of Everything</i><b> <span style="color: #bf9000;">~~ (Maratona de Premiações)</span></b><br />
<br />
Nota: 7/10<br />
<br />
Direção: <b>James Marsh</b><br />
<br />
<i>(Essa opinião foi reescrita por mudanças de pensamento)</i>: A Teoria de Tudo se encaixa bem no tipo de premiação e público que pretende alcançar. Baseado na vida de Stephen e Jane Hawking, principalmente de Stephen (Eddie Redmayne), responsável por teorias que revolucionaram o mundo da física, na área de cosmologia. Um homem limitado em sua condição física, cuja doença o impede de mover todos os músculos, que abrange o universo e seu conceito além de suas capacidades, através de equações, buscando uma resposta definitiva ou talvez, a falta de respostas claras como respostas. É um filme correto e cai em muitos clichês de cinebiografias, mas o bom desempenho de seus atores e uma bela fotografia ajudam a suportar um filme com muitas falhas, que não perde mais por um roteiro competente que retrata bem a vida pessoal e carreira do cosmólogo sem ser covarde com os fatos, como fez Uma Mente Brilhante, mas também não sai do lugar comum.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwZVos1K27ly0NyTbcq8L9B3gqPY1eCkPZ80KWXntE5hObpa0Eb1iwnZREQTOLBrOTGvyb-C6hbtG1QJmOb4iZLLLQIOX1UXexuSoImbgOGVW6YGtbCoQ0W1EMJJkvcb-Dv69kHfjWxss/s1600/2.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwZVos1K27ly0NyTbcq8L9B3gqPY1eCkPZ80KWXntE5hObpa0Eb1iwnZREQTOLBrOTGvyb-C6hbtG1QJmOb4iZLLLQIOX1UXexuSoImbgOGVW6YGtbCoQ0W1EMJJkvcb-Dv69kHfjWxss/s1600/2.jpg" height="200" width="200" /></a></div>
<b>#20 - Tangerinas</b> (2013) - <i>Mandariinid</i> <span style="color: #bf9000;"><b>~~ (Maratona de Premiações)</b></span><br />
<br />
Nota: 10/10<br />
<br />
Direção: <b>Zaza Urushadze</b><br />
<br />
Quando uma obra capta em sua simplicidade narrativa e visual, uma história que transcende os limites das fronteiras, quando dialogam com o ser humano em si, é um grande feito. Tangerinas se passa todo o tempo numa locação limitada, cercada de casas de madeira, terra e plantações de tangerina, que evocam um odor imaginário, um lugar simples onde todas as desavenças étnicas se neutralizam diante da convivência civilizatória, por intermédio de Ivo, um homem que reflete a sensatez humana, trazendo calma diante das faíscas dos dois homens que ajuda a salvar: um soldado checheno e outro georgiano, ambos em uma guerra de poucos propósitos e muitas mortes. Em pouco tempo (1h26), o longa desenvolve personagens riquíssimos e trás um panorama sobre os conflitos humanos, gerados por motivos torpes ou politicagens, aonde quem paga o pato são pessoas comuns que se veem envolvidas.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhEXy8E-u73XEORvmwuWa35dCwFUZOHZUEJAyZeA_pjuUXPVms3SimF81DTu0jSweYmw4aXOZgCi_oGKyFkqnr83LsnJ-K0TpYd733ZTz9lF-FfL0rY-C9tWJkhaVm2MtovZuCtRVoWE04/s1600/3.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhEXy8E-u73XEORvmwuWa35dCwFUZOHZUEJAyZeA_pjuUXPVms3SimF81DTu0jSweYmw4aXOZgCi_oGKyFkqnr83LsnJ-K0TpYd733ZTz9lF-FfL0rY-C9tWJkhaVm2MtovZuCtRVoWE04/s1600/3.jpg" height="200" width="200" /></a></div>
<b>#21 - Para Sempre Alice</b> (2014) - <i>Still Alice</i> <b><span style="color: #bf9000;">~~ (Maratona de Premiações)</span></b><br />
<br />
Nota: 8/10<br />
<br />
Direção: <b>Richard Glatzer e Wash Westmoreland</b><br />
<br />
O que mais desola uma pessoa do que deixar de ser ela mesma, esquecer como fazer coisas ou esquecer quem você é ou quem são as pessoas ao seu redor. A mente se desvanecendo do corpo, o olhar perdido de uma intensa Julianne Moore retrata os efeitos do mal de Alzheimer de forma assustadora, que aos poucos, deixa de ser uma mulher inteligente, professora de linguística na universidade de Columbia, para esquecer palavras simples. A cena do discurso de Alice, conscientiza a gente não só da condição da personagem, mas de todos aqueles que sofrem com a doença, demonstrando o desolamento de uma pessoa ao perceber como ela aparenta socialmente quando os sintomas atacam. O filme pode ser apenas correto, mas é conscientizador e é importante para todos, seja quem tem parente com alzheimer ou não.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjjBA9OjRl_dmfa1MZS_-F1Fh1xNyR6X02S3py4mhnUeE8NX-e-JT6_SMtIHP3ew3U32n9lYP1hc2JynC6lzqiai5gGW4olWgc1A1ZmteJFnPPuf8eremynWNw7-RPiN3P2gDJ6Xz8FhNQ/s1600/4.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjjBA9OjRl_dmfa1MZS_-F1Fh1xNyR6X02S3py4mhnUeE8NX-e-JT6_SMtIHP3ew3U32n9lYP1hc2JynC6lzqiai5gGW4olWgc1A1ZmteJFnPPuf8eremynWNw7-RPiN3P2gDJ6Xz8FhNQ/s1600/4.jpg" height="200" width="200" /></a></div>
<b>#22 - Foxcatcher: Uma História Que Chocou o Mundo</b> (2014) - <i>Foxcatcher</i> <b><span style="color: #bf9000;">~~ (Maratona de Premiações)</span></b><br />
<br />
Nota: 9/10<br />
<br />
Direção: <b>Bennett Miller</b><br />
<br />
Quando Miller resgata velhas filmagens da aristocrata família Du Pont, demonstra um passado glorioso que contrasta tremendamente com a figura misteriosa e perturbada de John (Steve Carell) e sua senil mãe Jean (Vanessa Redgrave), onde ambos possuem uma relação conturbada, onde um tenta agradá-la para que ela o despreze de forma cruel. Do outro lado, os irmãos Schultz (Ruffalo e Tatum) são dois lutadores de greco-romano, ganhadores olímpicos que possuem uma relação conturbada, apesar de uma cumplicidade mútua. Com uma incrível direção de atores, há pouco de diálogo e muito de olhares e expressões que dizem muito mais daqueles personagens. Miller pontua a trilha-sonora em trechos isolados do filme, geralmente em poucos tons e poucas notas, trazendo um clima tenso de suspense que resultará em trágicas circunstâncias.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1tfqmwFaqhfx7ijvUzLKYBlriGR0CJbtcf2qy3lSRernOcmOg9pXMYiuZtWdJ50eElxZJIzM5T3tun-7A3vL9AXf3_bv0tYMBdWhyphenhyphenahYPqbdHXBLP4kqCfKmAoiGzW3JwQaZFPmR9cwY/s1600/5.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1tfqmwFaqhfx7ijvUzLKYBlriGR0CJbtcf2qy3lSRernOcmOg9pXMYiuZtWdJ50eElxZJIzM5T3tun-7A3vL9AXf3_bv0tYMBdWhyphenhyphenahYPqbdHXBLP4kqCfKmAoiGzW3JwQaZFPmR9cwY/s1600/5.jpg" height="200" width="200" /></a></div>
<b>#23 - Dois Dias, Uma Noite</b> (2014) - <i>Deux jour, une nuit</i> <b><span style="color: #bf9000;">~~ (Maratona de Premiações)</span></b><br />
<br />
Nota: 10/10<br />
<br />
Direção: <b>Jean-Pierre e Luc Dardenne</b><br />
<br />
Drama dos Irmãos Dardenne que acompanha Sandra (Marion Cotillard) num final de semana dificil, aonde ela precisa convencer a maioria dos seus colegas a votarem a favor de que ela fique no trabalho, contanto que abram mão do bônus de mil euros da firma aonde trabalham. Com poucos cortes e uma câmera que acompanha Cotillard visitando cada colega, aonde cada cena é filmada de forma isolada e única, sem muitos cortes e edições, os cineastas buscam um recorte da vida real - o drama de uma mulher que luta para manter o ganha-pão e manter os custos da família, ao mesmo tempo que acaba de sair de uma depressão. Cada personagem no longa oferece um mosaico, aonde não há lado certo e nem denominações morais comuns para cada decisão tomada pelos personagens, construindo um forte drama social e ao mesmo tempo, intimista.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgngAmuCFP0v8tZjgKK14OwN4c7JQFZPCxT_fvJ0soUVX2WjhEDncWba0eLsY2nZ-n_LhvSCJ3EIX3rRh8vaHvTbsVOu0F2InF0ResJp6kpikXueuiMO2fuhLBQAOw-juKIEkujQLLPxv8/s1600/6.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgngAmuCFP0v8tZjgKK14OwN4c7JQFZPCxT_fvJ0soUVX2WjhEDncWba0eLsY2nZ-n_LhvSCJ3EIX3rRh8vaHvTbsVOu0F2InF0ResJp6kpikXueuiMO2fuhLBQAOw-juKIEkujQLLPxv8/s1600/6.jpg" height="200" width="200" /></a></div>
<b>#24 - Ida</b> (2013) - <i>Ida</i> <span style="color: #bf9000;"><b>~~ (Maratona de Premiações)</b></span><br />
<br />
Nota: 6/10<br />
<br />
Direção: <b>Pawel Pawlikowski</b><br />
<br />
Cheio de dilemas psicológicos e religiosos, Ida é dotado de uma fotografia B&W belíssima, de atores imersos em seus personagens aonde o silêncio trabalha em prol da narrativa, que por este lado, peca por ser arrastado demais em 1h22. Tem muita cena pra muito nada, apesar da sinopse indicar um filme mais interessante. É aquele tipo de filme que possui diversos pontos positivos, mas que erra a mão por focar em um certo ritmo enfadonho. O conflito da freira Ida/Anna trás diversos conflitos na personagem, ainda mais com a presença de sua tia Wanda e a descoberta de sua origem judia. Os conflitos raciais e religiosos se ampara no silêncio, na falta de gestos e olhares tímidos, mas falta força em retratar os sentimentos envoltos.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhuXf68AglwjeZaTQ8qCuY9ors0OHsChPywBec9rvNiP1sKorvk8txT2qLzhBS04lMCjo5jE69CktX_TOWQx9zfQzpWOhHbESCsE30_NDSZX9hPv48fVpQAD_zuq5mzgMGuymPzw9SGLCw/s1600/7.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhuXf68AglwjeZaTQ8qCuY9ors0OHsChPywBec9rvNiP1sKorvk8txT2qLzhBS04lMCjo5jE69CktX_TOWQx9zfQzpWOhHbESCsE30_NDSZX9hPv48fVpQAD_zuq5mzgMGuymPzw9SGLCw/s1600/7.jpg" height="200" width="200" /></a></div>
<b>#25 - O Jogo da Imitação </b>(2014) - <i>The Imitation Game</i> <b><span style="color: #bf9000;">~~ (Maratona de Premiações)</span></b><br />
<br />
Nota: 7/10<br />
<br />
Direção: <b>Morten Tyldum</b><br />
<br />
A Segunda Guerra Mundial vista de outro ângulo. Todo a história de um matemático que ajudou a inventar o computador e quebrar o código Enigma, levando os Aliados a vencerem a Guerra, mistura um drama intimista com um drama histórico. Assim como A Teoria de Tudo, o filme ressalta a importância de outro gênio, no caso, Alan Turing, que caiu em desgraça após ser condenado pelo governo britânico por ser homossexual. Competente em sua proposta, ela segue e trilha os clichês do tipo de forma digna, entregando um trabalho bem acabado, com uma trilha climática, mas nada melodramático, assim como seus atores, principalmente os protagonistas Benedict Cumberbatch e Keira Knightley. Cumberbatch brilha, com trejeitos e tiques, denotando uma insegurança por trás de tanta arrogância de seu intelecto ou pelas suas atitudes anti-sociais.Maurício Owadahttp://www.blogger.com/profile/17063812999651570673noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3009402629771100224.post-9199197331200805402015-01-24T06:26:00.001-08:002015-01-24T06:28:39.544-08:00Crítica: Dois Dias, Uma Noite (2014)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinNT1v3uyb7UQreZLdiKrkkojkXeMLHyCVJ9xAD5MPZn6rYCb8ureIX7Hs0e6oRNJXoAJQ8tZqaAHF7grelZjg05cJLCM_IpCOCsPr4DCbNG_1qVyaQ7LYC8pFawoUlU8Pbwq6ztbyJVxN/s1600/deux-jours-une-nuit-784517l.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinNT1v3uyb7UQreZLdiKrkkojkXeMLHyCVJ9xAD5MPZn6rYCb8ureIX7Hs0e6oRNJXoAJQ8tZqaAHF7grelZjg05cJLCM_IpCOCsPr4DCbNG_1qVyaQ7LYC8pFawoUlU8Pbwq6ztbyJVxN/s1600/deux-jours-une-nuit-784517l.jpg" height="400" width="300" /></span></a></div>
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><br />
<br />
Por <b><i>Wendell Marcel</i></b></span><br />
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><b><i><br /></i></b>
</span><br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><i>"Novo filme dos irmãos Dardenne é um drama social e psicológico excepcional"</i></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><i><br /></i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><b>Jean-Pierre</b> e <b>Luc Dardenne</b> são ambos vencedores por duas vezes do maior prêmio do Festival de Cannes, a Palma de Ouro. Em seu mais novo drama, <b>Dois Dias, Uma Noite</b>, os irmãos reiteram a ideia de cinema próximo da realidade, com planos longos, sem muitos cortes, provocando no espectador a sensação de tempo e espaço no mesmo compasso em que as horas do dia passam, tornando a narrativa fluída um artifício psicológico para acompanhar a jornada de Sandra. É realmente um belo trabalho de cinema.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">O filme conta a história de Sandra, uma mulher que durante um final de semana precisa convencer seus colegas de trabalho a votar para que ela continue no emprego, contudo, para isso eles terão que optar em não aceitar um bônus caso ela fique na empresa. Nesse contexto, o texto primoroso dos roteiristas encara a situação econômica e social que a França passa nos últimos anos, e no seu sentido macro, boa parte da Europa. Para Sandra, e sobretudo para o seu marido, Manu, o seu emprego é necessário para que as contas da casa estejam em dia. Por outro lado, a personagem além de ter que enfrentar olho no olho cada colega de trabalho, e tentar convencer cada um a renegar um extra no salário do fim do mês (o que faz "uma grande diferença quando colocar as contas em dia"), ela também precisa superar uma grave depressão que a impossibilitou de continuar no trabalho 3 meses atrás. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Na jornada do fim de semana, enquanto visita um por um dos funcionários na empresa em que trabalha, os Dardenne, através de Sandra, vão apresentando como está constituída a moral dos franceses pós-crise mundial, representada quando as personagens indagam se o outro aceitou votar a favor de dela, e se ela, em um momento de empatia, se colocaria no lugar deles. Afinal, a grande maioria daquelas pessoas possuem mulheres e maridos, e filhos, casa para bancar e etc. As pessoas também poderiam se colocar no lugar de Sandra, que corre o risco de perder o emprego; pois ela também possui uma família. No entanto, Sandra pouco defende essa perspectiva, aceitando facilmente em alguns casos a decisão dos colegas desfavorável a ela.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">O diálogo que a protagonista tem com os coadjuvantes é muito bem dirigido, e a competência dos atores e atrizes está fortemente direcionado para essas cenas de enfrentamento. A fragilidade psicológica de Sandra frente à fragilidade econômica e moral do Julien, Kader, Willy e outros. Não podemos inferir ganância dos colegas de trabalho, mas talvez uma certa individualidade com a situação econômica do outrem, nesse caso o de Sandra que, nos intervalos das visitas, tem várias crises emocionais, pensando sempre em desistir, em voltar pra casa e deitar solitariamente na cama. O seu marido, personagem interpretado pelo excelente <b>Fabrizio Rongione</b>, tem importante papel no direcionamento de Sandra para conseguir o maior número de votos para manter-se no emprego. Voto a voto, pessoa a pessoa, "colega" a "colega" Sandra vai percebendo o quão difícil é saber em que momento podemos contar com as pessoas que antes diziam ser nossos amigos. Metaforicamente, os amigos se contam com os dedos da mão, ou com o número total de votos...</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">É principalmente pelo trabalho de <b>Marion Cotillard</b>, que interpreta o papel de Sandra, que Dois Dias, Uma Noite tem em sua estrutura uma carga dramática que não sofre desníveis em momento algum. A atriz, em confiança com os diretores, desempenha em várias cenas master uma ação dramática incorrigível, dando ao espectador a sensação de que ela está profundamente imersa na personagem. O percurso da ação dramática perpassa os atos até chegar em um clímax que dialoga mais profundamente com os significados retratados no decorrer do filme, aspectos como moral e ética. É Sandra agora o sujeito que será testado por uma decisão; dilema já contado pelos cineastas em outro grande filme, <b>O Garoto da Bicicleta</b>. Sublime!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Nota: 8,5 - 10</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Trailer:</div>
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<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/P4maWqDprKk?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
Wendell Marcelhttp://www.blogger.com/profile/17995713870829287278noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3009402629771100224.post-86052273258278977042015-01-23T07:56:00.000-08:002015-01-24T06:42:16.882-08:00Crítica: Amor, Plástico e Barulho (2013)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgakZTCfLbMuKRYlp_RBYQeMwgeiMVq3c2z8QMh0KoWsOdgDNrhnaYfE1kc17GssJ1Avcj1gjj3h5dgEWawI-DBAtsH0RHH8xez_740vEaikNRFD4bFFrtAB1AtpghmXkm3mAyHrKhjxxoK/s1600/Amor-Pl%C3%A1stico-e-Barulho-424x600.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgakZTCfLbMuKRYlp_RBYQeMwgeiMVq3c2z8QMh0KoWsOdgDNrhnaYfE1kc17GssJ1Avcj1gjj3h5dgEWawI-DBAtsH0RHH8xez_740vEaikNRFD4bFFrtAB1AtpghmXkm3mAyHrKhjxxoK/s1600/Amor-Pl%C3%A1stico-e-Barulho-424x600.jpg" height="400" width="282" /></a></div>
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Por <b><i>Wendell Marcel</i></b></span><br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<i>"Cinema que se repete"</i></div>
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<i><br /></i></div>
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O que sabemos sobre a arte cinematográfica é que a cada novo filme, o diretor, muitas vezes inconscientemente, realiza releituras de outros filmes para construir o seu próprio material audiovisual. Algumas pessoas repetem isso como um grande clichê na narrativa. No caso de <b>Amor, Plástico e Barulho</b>, o primeiro longa-metragem da diretora Renata Pinheiro, percebemos o jogo dramático presente em clássicos como <b>A Malvada</b>, onde uma mulher que admira o trabalho de uma grande estrela da Broadway termina por tomar o seu lugar nos holofotes da fama, de uma maneira sorrateira e munida de seus atributos sobretudo estéticos e sensuais. Neste filme pernambucano não é diferente. Jaqueline e Shelly estão, no início do filme, em posições diferentes: enquanto a primeira já alcançou o seu lugar ao sol, a outra ainda está sob a sombra da mesma. A transformação nessa posição social das personagens ocorre quando Shelly, num impulso de crise dramática, compra uma tinta de cabelo na cor loira. Nesse momento ocorre a diferenciação entre as duas.</div>
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<br /></div>
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A música brega está aqui fortemente presente na narrativa do filme, quando algumas músicas são diálogos das personagens, dando a entender de que esse estilo faz parte da vida das pessoas no nordeste brasileiro. Aqui encontramos uma crítica muito interessante sobre a representação que a música brega, e seus produtos relacionados, são vistos por outras regiões do país: um barulho. Ora, o que conhecemos por música é que precisamente a canção e a letra precisam estar sonoramente compatíveis. Dessa forma, o estilo musical brega é música como qualquer outra, e quando a letra "Chupa que é de Uva" é cantada lentamente e de forma dramática pela personagem Jaqueline, reconhecemos que a própria música popular brasileira sofre um padrão relacionado a interpretação das canções. Música de qualidade? O roteiro, nesse sentido, levanta algumas questões acerca da cultura da música, neste caso o brega, que está ligado a um comportamento mais agitado, de contato, ligado mais a paixão, localizado tanto no litoral do nordeste brasileiro, quanto no interior de Pernambuco. Essa temática foi apresentada de forma muito eficiente no documentário <b>Faço de Mim o que Quero</b>, curta-metragem premiado de Sérgio Oliveira e Petrônio Lorena. Ambos os filmes retratam que o brega é vendido nas ruas, em feiras livres.<br />
<a name='more'></a></div>
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<br /></div>
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Em uma certa cena de Amor, Plástico e Barulho, uma personagem comenta sobre a metáfora do copo de plástico. Assim, entramos no conceito de plástico. Por ser um material de composição, muitas vezes reutilizável, o plástico no filme é compreendido como um momento passageiro, e que se repete a cada novo início, além de ser a busca pela fama, o reconhecimento dela seguido pelo término repentino e abrupto. A plasticidade da música brega, quando a cada novo instante novos talentos aparecem, para fazer girar a máquina da indústria cultural, deixa para trás as vozes que antes faziam gritar dezenas de fãs nos programas de tv, ou como mostrado no filme, em locais como a Companhia do Amor. </div>
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<br /></div>
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O amor aqui está relacionado ao contato humano, presente em muitas canções da música brega, mas também, metaforicamente, plástico nas relações humanas, como infere os relacionamentos amorosos das personagens no filme. Estão imbricados os conceitos de amor (quem sabe não seria mais paixão), plástico (a fama, os CDs vendidos nas feiras livres de Pernambuco juntamente com outros plásticos domésticos) e barulho (a música envolvente, que faz corpos se unirem na pista de dança, e que leva a outra cena que envolve sexo e, amor...). A plastificação da imagem é a todo o momento revisitada no filme. Muito brilho na tela, edição que provoca a fusão de cenas interligadas.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Por outro lado, como reconhecido no cinema brasileiro, o roteiro peca em alguns aspectos. O jogo dramático entre as personagens é fraco, colocando cada cena por sua conta na admissão de mais imagem e menos texto trabalhado. Ainda que exista a construção de duas personagens que estão em estados psicológicos diferentes no percurso dramático, o conflito não atinge uma qualidade no final do segundo ato, fazendo com que o clímax não alcance uma força interessante. No roteiro, em algumas cenas a microestrutura não é bem desenvolvida, dificultando uma empatia com as próximas sequências de cenas. Contudo, esse problema não prejudica o entendimento da obra como um todo, pois a investigação da diretora sobre a cultura musical, os padrões de beleza, os sentidos urbanos que Recife está passando com a construção de prédios cada vez mais altos e complexos estruturais nas zonas próximas ao litoral, provoca discussões muito pertinentes, que são aliás de cunho social e político. </div>
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<br /></div>
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Nota: 6,5-10</div>
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<br /></div>
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Trailer:</div>
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<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/uj0WifxU9KU?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
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Wendell Marcelhttp://www.blogger.com/profile/17995713870829287278noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3009402629771100224.post-47989122851285993062015-01-20T21:49:00.001-08:002015-01-21T05:07:17.665-08:00Crítica: Mommy (2014)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjWlj_DdMCxlDb6qq4Zni5yLbjvicNEYZ2FWfTInXw1fU-Z2no8l4eHtO1KGVUtzFWPQz23jtNFWEMAU0nhq76GNWkHp3yuVrtFxSuB6gM_XkM3vSI05ANB01bqw44Am-pc2NgEW8EvjjnV/s1600/mommy-poster-dolan.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjWlj_DdMCxlDb6qq4Zni5yLbjvicNEYZ2FWfTInXw1fU-Z2no8l4eHtO1KGVUtzFWPQz23jtNFWEMAU0nhq76GNWkHp3yuVrtFxSuB6gM_XkM3vSI05ANB01bqw44Am-pc2NgEW8EvjjnV/s1600/mommy-poster-dolan.jpg" height="400" width="286" /></a></div>
<br />
<br />
Por <b><i>Wendell Marcel</i></b><br />
<b><i><br /></i></b>
<br />
<div style="text-align: center;">
<i>"Xavier Dolan, um diretor que arrisca"</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><br /></i></div>
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O canadense Xavier Dolan é um artista completo, e que se arrisca nas suas empreitadas cinematográficas. Conhecido por filmar seu primeiro longa de cinema aos 19 anos, com o seu mais novo filme, <b>Mommy</b>, o diretor que escreve, atua, edita e também é figurinista, procurou explorar a linguagem cinematográfica com mais liberdade. Em seus trabalhos anteriores, principalmente em <b>Laurence Anyways</b> era técnico demais, e em <b>Eu Matei Minha Mãe</b>, emoção em todos os contornos. Ora, em seu novo filme ele encontra o equilíbrio, sendo reconhecido pelo seu trabalho no festival mais "difícil" quando o assunto é cinema, o chique Festival de Cinema de Cannes, sendo um queridinho dele em outras edições. Levou o prêmio do júri!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Em Mommy, o diretor buscou reger sua linguagem de cinema com mais maturidade. A primeira surpresa é a definição da tela curta como um usufruto de linguagem, incorporando sentimentos das personagens juntamente com os espectadores. Não achei piegas a redução da tela. Assim, o primeiro sinal foi dado, "o espectador também será uma parcela da emoção do filme". E Dolan consegue tornar sua história, ainda que altamente tensa e histriônica, como próprio de sua pegada de roteirista, uma montanha russa de emoções, que vão se desgastando até chegar em um ápice que poderia ser calculado com maior precisão, ou seja, um clímax digno de obra-prima. As tomadas são bem dirigidas, e as atrizes parecem ser libertas de uma direção rígida, ao menos por um momento, na cena da varanda, aos risos deliciosos das duas. É um doce em uma mistura de pimenta.</div>
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<br />
<a name='more'></a></div>
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Antoine-Olivier Pilon é um Steve simpático ao seu modo e irritante em sua totalidade. É por isso que não abusamos dele, por que de uma certa maneira, e Dolan consegue isso, o torna atraente. Afinal, estamos presos em sua montanha russa, como infere a largura da tela. Somente com a autorização de Dolan-Steve é que somos libertos de sua crise de hiperatividade, de sua agressividade que é acalmada pelo soar da música dançante. Ao abrir com as mãos as telas, a poltrona do cinema parece flutuar. Ao déjà vu de sua vida adulta, de suas realizações, o espectador é atacado por uma profusão de sentimentos, e em seguida destruído por uma sequência fria e calculada em companhia da chuva suave que a dramatiza ainda mais. É a fotografia de André Turpin o alicerce da estética de Xavier Dolan neste filme, pois a colocação da câmera ao investigar as manobras corporais das personagens mãe e filho, ao confrontá-los emocionalmente no campo aberto da clínica psiquiátrica, numa expansão cinza, em partida daquela mais vivaz de outros atos. Com a fotogenia de Turpin, estamos ainda mais próximos das personagens, de seus dramas, é a luz da vida adentrando nas imagens de Dolan. E novamente a tela definha aos nossos olhos, dessa vez pela situação psíquica da mãe. Mommy, por que precisamos de um pingente pra mostrar como amamos uma pessoa; um pingente preso em uma corrente que envolve o pescoço...</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Na trama central temos um episódio problemático de uma mãe solteira que precisa se dar com o filho TDAH. A violência do filho é resultado desse Transtorno em conjunto com o fato de ser ele um adolescente que já passou por poucas e boas em internatos. O que investigamos é a participação da vizinha misteriosa, que encontra nessa família problemática uma realidade que possa conviver por um momento. Mas parece que sua vida é tão mais desgastada quanto a de Die e Steve. Sua mudez simboliza o fato do Steve estar preso a uma condição difícil de socialização, assim como a que Kyla apresenta. Os dois por um momento se entendem. É milagrosa a reação da professora ao ver o rapaz ser preso na clínica, por que é como se ela entendesse a situação psicossocial dele, a dificuldade de se relacionar. Por outro lado, ele é hiperativo enquanto ela é passiva nas atitudes sociais.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Encontramos em certa medida em Mommy um direcionamento para a equalização do que pertence à obra e ao espectador. Pela quebra da quarta parede, o distanciamento entre os dois procura inverter uma dinâmica espetacularizada no cinema impenetrável. É provável que a frieza não seja o sentimento mais gostoso de Dolan, pois as suas personagens enriquecem as histórias com uma medida justificável de encontro com a disputa da superação. Os finais trágicos, para Dolan, significam mais liberdade do que aprisionamento. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Nota: 8,5-10</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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Trailer:</div>
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<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<object class="BLOGGER-youtube-video" classid="clsid:D27CDB6E-AE6D-11cf-96B8-444553540000" codebase="http://download.macromedia.com/pub/shockwave/cabs/flash/swflash.cab#version=6,0,40,0" data-thumbnail-src="https://ytimg.googleusercontent.com/vi/w_6qaYPwt7s/0.jpg" height="266" width="320"><param name="movie" value="https://youtube.googleapis.com/v/w_6qaYPwt7s&source=uds" /><param name="bgcolor" value="#FFFFFF" /><param name="allowFullScreen" value="true" /><embed width="320" height="266" src="https://youtube.googleapis.com/v/w_6qaYPwt7s&source=uds" type="application/x-shockwave-flash" allowfullscreen="true"></embed></object></div>
Wendell Marcelhttp://www.blogger.com/profile/17995713870829287278noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3009402629771100224.post-33987553701132303252015-01-20T20:45:00.001-08:002015-01-21T04:53:14.899-08:00Crítica: Relatos Selvagens (2014)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWck9M-YxeIUsbQJ0_QKZAoN-hUVUnXFPkkWJLUeTyleCw-PSq3qGlXuFOKlG1AyFV6d9cFK4m9pA4ZQwo1KY-FjmFt_YlHyjupYnAeDmvOvbdApfZ1S166-PIxI0CO6sBJElniyqAXOG7/s1600/Relatos_salvajes-102488639-large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWck9M-YxeIUsbQJ0_QKZAoN-hUVUnXFPkkWJLUeTyleCw-PSq3qGlXuFOKlG1AyFV6d9cFK4m9pA4ZQwo1KY-FjmFt_YlHyjupYnAeDmvOvbdApfZ1S166-PIxI0CO6sBJElniyqAXOG7/s1600/Relatos_salvajes-102488639-large.jpg" height="400" width="285" /></a></div>
<br />
<br />
Por <span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><b><i>Wendell Marcel</i></b></span><br />
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><b><i><br /></i></b></span>
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><i>"O que esperar do cinema argentino?"</i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><i><br /></i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Talvez o novo filme do jovem diretor Damián Szifron seja uma representação muito interessante do que se constitui o cinema argentino hoje, o texto visual que faz sucesso não apenas no seu país, mas na América Latina e que chega, com muito entusiasmo, às premiações de Hollywood. O filme de Szifron, ou como queira chamar um interessante apanhado de crônicas modernas sobre as relações humanas na urbanidade, é sobretudo um momento sublime da Argentina, desde outro grande clássico de sua cinematografia dos novos anos, <b>O Segredo dos Seus Olhos</b>. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">As tramas de<b> Relatos Selvagens</b> são estudos acerca da selvageria humana, a raiva, tentando investigar através de um texto delicioso "causos" onde o ser humano, em todas as etiquetas possíveis, provocam ao seu redor ações explosivas, motivadas por um sentimento em comum, a vingança. Esse mesmo sentimento é o ponto de partida para duas histórias, uma que inicia o filme, com muita graça e por uma perspectiva sustentada no humor negro, inigualavelmente cru no que consta sua crítica sobre os atos terroristas nas Américas; e uma no último ato, na análise sociológica do que vem a ser <i>o discreto charme da burguesia</i> (tomando emprestado de Buñuel), igualmente retratado, por outra trama, em<b> Festa de Família</b>. </span><br />
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"></span>
<a name='more'></a><span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">Ora, estamos diante, é certo, de um grande diretor que, ainda na tenra idade de sua produção cinematográfica, sabe como tornar a narrativa fílmica sustentada não apenas na colocação direta de sua câmera, e aqui aplaudimos o trabalho do diretor de fotografia Javier Julia, assim como sabiamente tira de seu elenco de peso a força dramática simbioticamente idealizada com o humor sarcástico do roteiro. São seis crônicas redigidas para sustentar a ideia de que o ser humano é, em essência, influenciável pelo ambiente e pelas pessoas; e aqui está o diferencial do filme, pois o seu diretor-roteirista é ideologicamente humanista. Ele é inteligente ao ponto de recorrer às situações que envolvem construção social (na primeira história) e as consequências psicológicas que delas resultam e a ética da abordagem na sociabilidade com o Outro, nas histórias do guincho e da estrada. Essas mesmas histórias criticam a publicidade (como na história da estrada, onde mais parece, de início, uma propaganda de um novo carro no mercado), a política (como na história da moça que coloca veneno na comida do seu inimigo mortal), a família (na última história), o Estado contra o homem (na história do guincho). </span><br />
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">O filme funciona, em síntese, por similitude. O espectador não tem como se ver apático pelas histórias que se encontram as personagens: do cara que tiramos "onda" no ginásio, que agora quer se vingar, ao poderoso chefão que compra promotores e investigadores pra salvar a reputação de sua família. Mas no fim, todos nós temos um limite, e é essa insustentável leveza do ser que o diretor procura: o ponto de partida para se irar com tudo e com todos. O direito de ser louco no meio dos loucos. Pior ainda, os loucos aqui são gente "normal": a modelo "besta", a moça da lanchonete, o bonitão do carro de luxo, o engenheiro de prédio, que implode a si mesmo a cada multa do guincho, e no fim explode e vira heroi; o ricaço imoral e a noiva "sem sal" que vira uma onça na sua festa de casamento. E esses loucos só poderiam enlouquecer se ao seu redor existessem loucos tão desvairados quanto eles; e isso tem de sobra, por que os coadjuvantes tem papeis também excepcionais. As subtramas, nesse sentido, vão implementando, compondo uma obra repleta de coerências sutilmente vendidas na televisão, sobretudo nas novelas latino-americanas. </span><br />
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">O filme Relatos Selvagens foi o indicado ao Oscar para a categoria de melhor filme estrangeiro desse ano. O trabalho de Szifron é belíssimo, por que reunir seis histórias em que cada uma possui em seu eixo central a atratividade para o espectador, e o desenrolar de sua própria trama, não havendo relação direta entre elas, mas incorporando aspectos simbólicos existentes nelas, é de grande estima. O diretor deu uma entrevista ao Jornal O Globo, que diz que a última história tem um caráter "conciliatório", acerca da consequência de um ato que leva à vingança. Nesse sentido, ação e reação é a lei regente em Relatos Selvagens. </span><br />
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Nota: 9-10</span><br />
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;">Trailer:</span><br />
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/Dgs8d78EKeQ?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
</div>
Wendell Marcelhttp://www.blogger.com/profile/17995713870829287278noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3009402629771100224.post-18606555121636482782015-01-19T10:34:00.003-08:002015-01-21T04:54:04.234-08:00O Desafio dos 365 Filmes em Um Ano - 3ª SemanaPor <i style="font-weight: bold;">Maurício Owada</i><br />
<b><br /></b>
<b>A meta desta semana vai ser oito filmes diferentes.</b> Mas antes, tem que se focar no assunto de que 365 filmes por ano não vale exatamente pela quantidade, mas pela qualidade de como vê o filme. Infelizmente, não vemos o cinema como deveria ser visto sempre: no cinema.<br />
<br />
Hoje temos canal de filmes na TV a cabo, torrents, DVDs, serviços via streaming etc. Tudo hoje possibilita a busca e acesso a filmes que antes, teríamos dificuldade de achar, sejam por trabalhos primorosos da Criterion que resgata velhos clássicos ou a Versátil, que trabalha em obras de pouco apelo comercial que não tem espaço no mercado de vídeos.<br />
<br />
<br />
<a name='more'></a><br />
Alguns dos filmes desta última semana:<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEguJVa0709K6NzGbEvuz-bKZGOVIB7DQwZgaP43dJxgHbjaFyZQdgM4S4F5UECKLbYVHO-2iHTvJ1Y7U_MoDktUZcjuoVy1hqaeFauuigyd4w1kQfqojuIG3TBJUIcLJaJ3PWDfQssH6Vg/s1600/1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEguJVa0709K6NzGbEvuz-bKZGOVIB7DQwZgaP43dJxgHbjaFyZQdgM4S4F5UECKLbYVHO-2iHTvJ1Y7U_MoDktUZcjuoVy1hqaeFauuigyd4w1kQfqojuIG3TBJUIcLJaJ3PWDfQssH6Vg/s1600/1.jpg" height="200" width="200" /></a></div>
<b>#11 - Invencível</b> (2014) - <i>Unbroken </i><b><span style="color: #bf9000;">~~ (Maratona de Premiações)</span></b><b><span style="color: #f1c232;"> </span></b><br />
<br />
Nota: 4/10<br />
<br />
Direção: <b>Angelina Jolie</b><br />
<br />
Talentosa no campo de atuação, mas pouco inspirada na cadeira de direção. Esquemático e arrastado, o filme apenas se sustenta numa bela fotografia e atuações boas, mas apesar da entrega de Jack O'Connell, o roteiro (que inusitadamente tem as mãos dos Irmãos Coen, devido a alta qualidade) é fraquíssima e cheio de diálogos motivacionais forçados. A única parte mais interessante como cinema é a deriva no mar, mas logo se perde no campo de prisioneiros, mostrando os japoneses como soldados rasos e unidimensionais e um apelo em criar uma cena icônica em seu final, como faziam os velhos filmes ganhadores de Oscar: o braço estendido de Willem Dafoe para o céu em Platoon, por exemplo. Típico filme feito para conseguir indicações. É necessário mais que boa história e um bom trabalho na parte técnica para agradar a Academia, até porque a tendência deles anda mudando.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFhyphenhyphen5Do3E62oklgcxyNRPtKrUHtwTp1n_vg2HsTf_NIbAT746P5GpMOabj4CUY1l3nb2Ls9PFd8a9CF0M5qcNc9XlamhZ1I7oeRml5kajnGcWbP3OyhL9akJzN7AK_kp7Ad_mnwEZs1js/s1600/2.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFhyphenhyphen5Do3E62oklgcxyNRPtKrUHtwTp1n_vg2HsTf_NIbAT746P5GpMOabj4CUY1l3nb2Ls9PFd8a9CF0M5qcNc9XlamhZ1I7oeRml5kajnGcWbP3OyhL9akJzN7AK_kp7Ad_mnwEZs1js/s1600/2.jpg" height="200" width="200" /></a></div>
<b>#12 - Corvos</b> (1994) -<i> Wrony</i><br />
<br />
Nota: 10/10<br />
<br />
Direção: <b>Dorota Kedzierzawska</b><br />
<br />
Uma menina confinada em um micro-cosmo, onde a solidão a ronda em meio a ruas quase vazias e silenciosas. Apenas o eco de sua voz e de seus passos ecoam pela vizinhança, enquanto sua mãe dorme ou está trabalhando a noite. Uma obra de tão curta duração, nela se encaixa um filme de história simples, mas de uma beleza contemplativa incrível, mostrando a nossa relação com pessoas que amamos, o desejo pelo abraço caloroso da mãe, a carência de carinho e a vontade de fugir de casa como forma de escapar dos tormentos da alma, mas aonde a sua barreira vai além de não poder nadar o oceano a frente ou rodeado de tijolos encaixados, aonde mal vemos o céu. E o olhar de súplica pelo tão desejado abraço.<br />
<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgNNJLxj7YHCOPmuv1Az1X6reAhAW9Hx0dmRw8r4swxGTs9k_3FoWsdaNnRFtJL8pDj9aAUAPQoan3qYUG7WH9SN12FSNEX8ozBaj7Wi1DxHelJFcrIcj05Qj_8kzDBnlb-0n67dP1EUOk/s1600/3.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgNNJLxj7YHCOPmuv1Az1X6reAhAW9Hx0dmRw8r4swxGTs9k_3FoWsdaNnRFtJL8pDj9aAUAPQoan3qYUG7WH9SN12FSNEX8ozBaj7Wi1DxHelJFcrIcj05Qj_8kzDBnlb-0n67dP1EUOk/s1600/3.jpg" height="200" width="200" /></a></div>
<b>#13 - Era Uma Vez em Nova York</b> (2013) - The Immigrant<br />
<br />
Nota: 10/10<br />
<br />
Direção: <b>James Gray</b><br />
<br />
O sonho americano sempre foi material para grandes filmes, principalmente a trilogia O Poderoso Chefão (do qual a fotografia é semelhante), aonde o imigrante puro sai de sua terra para os EUA almejando uma vida melhor, longe da miséria e da guerra, que toma rumos obscuros para sobreviver numa terra montada por lei, ordem e tijolos como sinônimo de progresso, mas selvagem por essência. As atuações sublimes de Marion Cotillard e Joaquin Phoenix tomam seu ápice no último diálogo, aonde dois rumos tomam seu caminho num único e belíssimo plano final, demonstrando a beleza de todo o trabalho de câmera em prol da força narrativa.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjq9wgV7A_EoTiBVGVRNaQOzlBWF8aed8CSBNcqrhjP577mG30BvRsXuuAmvfC3uRJp5XuwLFdoWrmR85HXylJgiFpMyVnmXkw3iCa-DzVAiwcoeOjFd0jzurw9j_K-7D3MP6kt6ttkEEg/s1600/4.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjq9wgV7A_EoTiBVGVRNaQOzlBWF8aed8CSBNcqrhjP577mG30BvRsXuuAmvfC3uRJp5XuwLFdoWrmR85HXylJgiFpMyVnmXkw3iCa-DzVAiwcoeOjFd0jzurw9j_K-7D3MP6kt6ttkEEg/s1600/4.jpg" height="200" width="200" /></a></div>
<b>#14 - O Sentido da Vida</b> (1983) - <i>The Meaning of Life</i><br />
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Nota: 9/10<br />
<br />
Direção: <b>Terry Jones</b><br />
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A trupe do humor nonsense britânico "filosofa" sobre a vida nesta sátira às etapas da vida, o que nos é ensinado e o que nos é passado como forma de vida normal. O Monty Python tira sarro de tudo, da igreja, dos setores financeiros, das instituições governamentais etc... nada escapa. Contando com passagens memoráveis, como o seu início passado como um filme a parte, passando pelo jantar do Sr. Creosoto até seu final, aproveitando também para tirar sarro de sua própria estrutura narrativa (o filme é dividido em sketchs) e fazer piadas metalinguísticas. Um pérola do humor no cinema.<br />
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<b>#15 - Operação Big Hero</b> (2014) - <i>Big Hero 6 </i><b><span style="color: #bf9000;">~~ (Maratona de Premiações)</span></b><br />
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Nota: 7/10<br />
<br />
Direção: <b>Don Hall e Chris Williams</b><br />
<br />
Animação da Disney baseada na HQ de uma super-grupo da Marvel. Com o visual modificado para o estilo do estúdio, o trabalho não é brilhante como os filmes da Pixar, mas vêm demonstrando um patamar de qualidade desde Detona Ralph, além de estar expandindo novos gêneros num roteiro delicioso tanto para crianças, quanto para adultos, combinando humor físico, sem ignorar os elementos de sci-fi e filmes de heróis, não levando o seu público para um emburrecimento. É infantil, sem parecer bobo e é maduro sem ser muito adulto, talvez seja a animação mais bem balanceada do estúdio, que vem retomando seu nome na animação, que havia largado anos atrás, para retornar e quebrar até mesmo os próprios gêneros que ajudou a imortalizar.<br />
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<b>#16 - Uma Rua Chamada Pecado </b>(1951) - <i>A Streetcar Named Desire</i><br />
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Nota: 10/10<br />
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Direção: <b>Elia Kazan</b><br />
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Diversos filmes sofreu da censura até meados dos anos 60, mas ela se intensificou nos anos 50 com obras que transgrediam a boa moral americana, com obras encunhadas a revelar o interior do ser humano ou a sociedade em que vivíamos, e sem mostrar certas coisas ou sugeri-las, não havia como repassar a mensagem. Este filme, baseado numa famosa peça de teatro, delineia a casa do casal Kowalski como o palco para o conflitos internos, os desejos recriminados, a tensão sexual entre Stanley (Marlon Brando) e sua cunhada Blanche (Vivien Leigh) e o amor louco de Stanley por Stella (Kim Hunter). Elia Kazan constrói naquele pequenos espaço cênico, uma explosão de sentimentos incontroláveis, ruídos de uma mente fragmentada pela perda e pela ânsia desesperada por um príncipe encantado, dá a tonalidade a personagem de Blanche, que após sem ter pagado a minha dívida com esse clássico, percebi as nuances de sua estrutura em outra obra recente: Blue Jasmine, e como a personagem de Blanchett é o reflexo moderno de Woody Allen da perturbada personagem de Leigh.<br />
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<b>#17 - F.I.S.T.</b> (1978) - <i>F.I.S.T.</i><br />
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Nota: 8/10<br />
<br />
Direção: <b>Norman Jewison</b><br />
<br />
Numa época em que Sylvester Stallone não era taxado como ator de filmes de ação, ele tinha acabado de sair prestigiado de sua atuação e roteiro por Rocky, Um Lutador. É interessante ver ele em trabalhos fora do gênero que o prestigiou. O ator interpreta Johnny Kovak, um caminhoneiro que se torna um poderoso sindicalista, mas lida com problemas morais quando se envolve com a máfia para conseguir a influências dos trabalhadores, lidando com a repressão física e psicológica por parte de autoridades e empresários. É interessante ver Stallone mais como um ator do que uma cara para estampar um cartaz que chame a atenção do público que queira ver tiros, além do ótimo trabalho também de David Huffman, como o companheiro de luta de Kovak por direitos melhores. Um trabalho excelente de Norman Jewison em retratar uma época no qual os direitos do trabalhadores eram ignorados, retratando o pioneirismo no sindicalismo.<br />
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<b>#18 - Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorãncia)</b> (2014) - <i>Birdman or (The Unexpected Virtue of Ignorance) </i><b><span style="color: #bf9000;">~~ (Maratona de Premiações)</span></b><br />
<br />
Nota: 9,5/10<br />
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Direção: <b>Alejandro González Iñárritu</b><br />
<br />
Há um bom tempo não se via filmes metalinguísticos tão bem trabalhados como esta obra de Iñárritu, saindo de sua própria zona de conforto, seguindo o exemplo de seu compatriota Cuáron: fazer um grande filme americano com um vigor técnico impressionante. Transcedendo o limite da localização e diegese, o cineasta filma quase todo o filme como se fosse um grande plano-sequência, sem o uso de cortes bruscos e mesmo a mudança de cenários é intercalada por um objeto em comum, sempre de perto do rosto de seus atores, como se estivéssemos em uma verdadeira peça de teatro, a qual é o objeto de Riggan (Michael Keaton) para atingir sua meta: ser amado e prestigiado, por algo maior. Com um elenco afiado, Billy Wilder iria adorar o texto ácido à indústria cinematográfica atual, citando os sucessos da Marvel Studios, passando pela crítica nova-yorquina. Um trabalho de grande respeito e que pode prestigiar de vez, tanto Iñárritu tanto quanto Michael Keaton.Maurício Owadahttp://www.blogger.com/profile/17063812999651570673noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3009402629771100224.post-60770351672480137652015-01-16T13:24:00.002-08:002015-01-21T04:54:19.325-08:00Crítica: Whiplash: Em Busca da Perfeição (2014)<div style="text-align: left;">
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhBM3ngK6Owy47wRJ_hNqUUBqMQCfo_qsycfuqVWnPwyH-W5q-R1Gk0Baek_eroSQEmQui3tbGRBQdIiZoW9EUNc3mtWKZgUdxYLfiCaoli20xdffn-VdYmNr1oIx4Ep-rU4FAkWtesJvE/s1600/WHIP_INTL_1Sht_Lk2_LYRD.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhBM3ngK6Owy47wRJ_hNqUUBqMQCfo_qsycfuqVWnPwyH-W5q-R1Gk0Baek_eroSQEmQui3tbGRBQdIiZoW9EUNc3mtWKZgUdxYLfiCaoli20xdffn-VdYmNr1oIx4Ep-rU4FAkWtesJvE/s1600/WHIP_INTL_1Sht_Lk2_LYRD.jpg" height="400" width="281" /></a></div>
<br />
Por<i> <b>Maurício Owada</b></i></div>
<div style="text-align: center;">
<i><br /></i></div>
<div style="text-align: center;">
<i>"A música mostrada não apenas como ofício,</i></div>
<div style="text-align: center;">
<i>mas como forma de demonstração da obsessão pela perfeição"</i></div>
<div style="text-align: center;">
<div style="text-align: justify;">
<i><br /></i></div>
</div>
<div style="text-align: left;">
<div style="text-align: justify;">
A comparação com <b>Cisne Negro </b>(<i>Black Swan</i>, 2010) é inevitável, ambas as obras lidam com jovens tentando ser perfeitos em seus ofícios, ainda na flor da juventude, sofrendo atingir a perfomance perfeita com muito suor e sangue, e um grande desgaste emocional. Em Cisne Negro, todo o suspense psicológico eleva ao clímax catártico e trágico. O final de Whiplash não exala tanta tragédia e drama no desgaste emocional do aspirante a baterista de jazz Andrew (<b>Miles Teller</b>, monstruoso) ao ápice do seu talento, sob a sombra de um regente que lida com seus músicos como um general, com tortura psicológica e às vezes, agressão física, numa atuação brilhante do já veterano ator <b>J.K. Simmons</b>, como Fletcher.<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<a name='more'></a><span style="text-align: justify;">Nos levando ao mundo do jazz a moda antiga, nós conhecemos grandes músicos como </span><b style="text-align: justify;">Charlie 'Bird' Parker</b><span style="text-align: justify;"> e </span><b style="text-align: justify;">Buddy Rich</b><span style="text-align: justify;">, o diretor e roteirista </span><b style="text-align: justify;">Damien Chazelle</b><span style="text-align: justify;"> leva o espectador dentro deste mundo, assim como </span><b style="text-align: justify;">Aronofsky</b><span style="text-align: justify;"> nos levou para o mundo pouco glamouroso e doloroso do balé clássico. O mais interessante diante das duas obras é como uma obra de arte em específico vira uma meta de ser reproduzido novamente com a mesma maestria. A todo momento, somos lembrados por Fletcher como Bird atingiu um dos melhores solos de bateria do jazz, o olhar desdenhoso destes músicos com o rock (na frase escrita num cartaz: </span><i style="text-align: justify;">'Quem não tem talento, toca rock'</i><span style="text-align: justify;">), que também denota uma certa acidez do próprio cineasta com a música atual. Whiplash acompanha o protagonista fora dos parâmetros do limite aceitável pela busca do ritmo, da batida e da nota perfeita e isso transforma um personagem inicialmente tímido e dedicado, num jovem extremamente arrogante e anti-social, quase desprezível. Mas apesar do brilhantismo de Miles Teller, sem o personagem de J.K. Simmons, o protagonista não teria a força que tem. O Fletcher de J.K. Simmons ignora os limites psicológicos de seus personagens para levá-los a perfeição, uma intenção que não pode ser julgada nem como boa ou ruim, já que o ator trás uma humanidade ao tirano regente, que juntamente com o roteiro, acerta ao não transformá-lo num vilão unidimensional, pois nem vilão ele é.</span><br />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Damien Chazelle é um diretor com um trabalho de <i>misé-en-scene</i> notável, através dos ensaios e apresentações que tomam proporções dramáticas e a interação dos atores com os instrumentos torna toda a abordagem do diretor tremendamente autêntica, aproveitando da montagem para dar força à própria música, seja a que dá nome ao título ou <i>Caravan</i>, que toma o embate final entre aprendiz e mentor, aonde se mistura rivalidade, ressentimento, raiva e admiração, esclarecida por um sorriso final no palco, o local apoteótico aonde tudo foi regido por suor, sangue e música. Aonde a perfeição artística encontra seu lugar decisivo e dramático ao som de um bebop.</div>
<br />
Nota: 9,5/10,0<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLdiDs9EEHbMXq3Vg-SMKkyfq2YRjKr_1NW5TCNuMEzqzlsZz2KQXhsMUOJ0oMmOIyrGguzrqCMidBoZxrusNG6mZPK53y2Xc6Cmm-bRY0eWeHI1Tb_u2yOjzFGEcZDZq8QMF0l9YSO8A/s1600/f9d7f2a90a93bee8a26e86a4daec157d.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLdiDs9EEHbMXq3Vg-SMKkyfq2YRjKr_1NW5TCNuMEzqzlsZz2KQXhsMUOJ0oMmOIyrGguzrqCMidBoZxrusNG6mZPK53y2Xc6Cmm-bRY0eWeHI1Tb_u2yOjzFGEcZDZq8QMF0l9YSO8A/s1600/f9d7f2a90a93bee8a26e86a4daec157d.jpg" height="180" width="320" /></a></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2Xcmc6XDKHYekk0GAofHLE7at0eCVw8hiy9fBQ5yWFs8GiHo_uYXpWk7GJ8WoxXF3V8XRtnWoFocO3RIBXSpo50_EjK0JXnQery9FXlShg0D3lo1lNnNurUAPw2jgGuAWbZ7NnASDB7s/s1600/whiplash-1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2Xcmc6XDKHYekk0GAofHLE7at0eCVw8hiy9fBQ5yWFs8GiHo_uYXpWk7GJ8WoxXF3V8XRtnWoFocO3RIBXSpo50_EjK0JXnQery9FXlShg0D3lo1lNnNurUAPw2jgGuAWbZ7NnASDB7s/s1600/whiplash-1.jpg" height="213" width="320" /></a></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggnShlqf-ovzX2ZBPiWq1YvZ6qER_MdFLY7xrNWFrvs7e3WhJSRmCHr1x0oaw7srO7VZZQYJ92UxIrjYMkkMxH1a8fl-JwWHHct27vZN616svLexWFD2h4_eXa0vzZVNg0Mu-KR9BgnMg/s1600/whiplash-indie-movie.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggnShlqf-ovzX2ZBPiWq1YvZ6qER_MdFLY7xrNWFrvs7e3WhJSRmCHr1x0oaw7srO7VZZQYJ92UxIrjYMkkMxH1a8fl-JwWHHct27vZN616svLexWFD2h4_eXa0vzZVNg0Mu-KR9BgnMg/s1600/whiplash-indie-movie.jpg" height="172" width="320" /></a></div>
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<br /></div>
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Trailer:</div>
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<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="//www.youtube.com/embed/zIP_gtjDtfE" width="560"></iframe></div>
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Maurício Owadahttp://www.blogger.com/profile/17063812999651570673noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3009402629771100224.post-47537457649013521052015-01-13T16:44:00.000-08:002015-01-21T04:54:45.452-08:00O Desafio dos 365 Filmes em Um Ano - 2ª SemanaPor <b><i>Maurício Owada</i></b><br />
<br />
Na segunda semana, não foi bem sucedida o trabalho de assistir um filme por dia ou pelo menos, sete filmes em sete dias.<br />
<br />
Isso será recompensado na próxima semana<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWGQZ2U1q5m7lBaScsmtPhcOykx97nlw3yJLitWafO8z5q1wfi_JxBVKBSM5Uq1C0T0JqcV65WJg7b-fS_6-YrYuAKMJYoSm4xH8fDfqpBdsoLyyOdti_A7FYN8m_veISAgoG8yngRI04/s1600/365+filmes+por+ano.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWGQZ2U1q5m7lBaScsmtPhcOykx97nlw3yJLitWafO8z5q1wfi_JxBVKBSM5Uq1C0T0JqcV65WJg7b-fS_6-YrYuAKMJYoSm4xH8fDfqpBdsoLyyOdti_A7FYN8m_veISAgoG8yngRI04/s1600/365+filmes+por+ano.jpg" height="200" width="200" /></a></div>
<b>#5 - Brother - A Máfia Japonesa Yakuza em Los Angeles</b> (2000) - <i>Brother</i><br />
<br />
Nota: 6/10<br />
<br />
Direção: <b>Takeshi Kitano</b><br />
<br />
Com uma narrativa meio problemática ou estranha, a estória de Aniki (Kitano) que, após o massacre de sua família no Japão, decide visitar seu irmão nos EUA, começando por lá uma nova família de Yakuzas. Além da violência estilizada, toda ela é trabalhada pelo cineasta com um incrível esmero, mas seu roteiro perde o interesse da metade para o final e a direção de atores é confusa, havendo um desequilíbrio nas atuações, deixando os atores japoneses mais verossímeis, enquanto os americanos soam tremendamente estereotipados com diálogos repetitivos.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVz7racdvJrn1z18Lk_Gpw5LXnZX4-AgcBn3NOsDZMkfkub1LIvUY9hEzhPcEhPUvpB4YjYP_qwHUBNmPRotvMxZOqFblOR5lMJihyphenhyphenNTBtxtu5d-6Z_OPKeohyL0U3esFT2d2vmTXI0R8/s1600/365+filmes+por+ano+2.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVz7racdvJrn1z18Lk_Gpw5LXnZX4-AgcBn3NOsDZMkfkub1LIvUY9hEzhPcEhPUvpB4YjYP_qwHUBNmPRotvMxZOqFblOR5lMJihyphenhyphenNTBtxtu5d-6Z_OPKeohyL0U3esFT2d2vmTXI0R8/s1600/365+filmes+por+ano+2.jpg" height="200" width="200" /></a></div>
<b>#6 - Doméstica</b> (2012) - <i>Doméstica</i><br />
<br />
Nota: 9,5/10<br />
<br />
Direção: <b>Gabriel Mascaro</b><br />
<b><br /></b>
O documentário é revestido pela relação de empregado/patrão a partir do olhar de sete adolescentes sobre a vida e o convívio com as empregadas domésticas, cada um com uma realidade diferente, o que trás para o documentário uma tridimensionalidade incrível, nos faz conhecer estórias de vida que passaram por sofrimentos e alegrias. O que talvez problematiza é o fato dos jovens não terem os créditos como diretores, pois já que cada câmera tem um "olhar autoral", principalmente do último, que passeia a câmera no álbum de fotos da mãe e da empregada quando crianças ao som de Bob Dylan e uma tentativa de entrevista com a empregada sobre sua relação com a patroa, tentando descobrir quais fatores sociais há por trás daquele vínculo.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgW9i5Js53GWxPWSPQn80gONO-xJ2ZdCpO8Dl_11GwvSiuW5bejclsmryfx9hSACOovZd9mBTim_bAknKCehHYx6GLySYbS5L_6kt8VjKfEAN3olfPl0eGug_CkXuhz2QUm9SO1B8syZkU/s1600/365+filmes+por+ano+3.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgW9i5Js53GWxPWSPQn80gONO-xJ2ZdCpO8Dl_11GwvSiuW5bejclsmryfx9hSACOovZd9mBTim_bAknKCehHYx6GLySYbS5L_6kt8VjKfEAN3olfPl0eGug_CkXuhz2QUm9SO1B8syZkU/s1600/365+filmes+por+ano+3.jpg" height="200" width="200" /></a></div>
<b>#7 - O Predestinado</b> (2014) - <i>Predestination</i><br />
<br />
Nota: 8/10<br />
<br />
Direção: <b>Michael e Peter Spierig</b><br />
<br />
Uma cobra comendo o próprio rabo. O que vem primeiro? O ovo ou a galinha? Talvez você já mate o filme nos primeiros minutos, mas a nuvem se torna mais densa e os propósitos de seus personagens cada vez mais nebulosos. Inspirado num conto de uma lenda da ficção-científica, Robert A. Heinlein, este filme é o exemplo perfeito de uma trama intrigante e cheio de surpresas contado de forma refinada e fica anos luz a frente de qualquer trama escrita por Christopher Nolan, apesar do filme não ter a mesma elaboração visual do diretor, mas sua direção de arte reproduz um futurismo misturado com um ar retrô. O Predestinado é daqueles que ficará dias matutando, tentando relembrar cada parte da trama para montar a peça que se monta novamente e novamente... e novamente... e novamente... E Ethan Hawke arrebenta, mas quem brilha é Sarah Snook.<br />
<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCvEFvbu9oZ1yYKEZWeOxvCdlOTnAmbPCPjcYnr74blx3R8kDZ4E9Rn0iXC31MZUvOjpGq4-JlcQfHxjfJ1_dnMDFC-mkwaj309iqiOPGZegqSfSKpidbCrpm3-IEdqMsFQVhlIahJRH0/s1600/365+filmes+por+ano+4.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCvEFvbu9oZ1yYKEZWeOxvCdlOTnAmbPCPjcYnr74blx3R8kDZ4E9Rn0iXC31MZUvOjpGq4-JlcQfHxjfJ1_dnMDFC-mkwaj309iqiOPGZegqSfSKpidbCrpm3-IEdqMsFQVhlIahJRH0/s1600/365+filmes+por+ano+4.jpg" height="200" width="200" /></a></div>
<b>#8 - Não Matarás</b> (1988) - <i>Krotki Film O Zubijaniu</i><br />
<br />
Nota: 10/10<br />
<br />
Direção: <b>Krzysztof Kieslowski</b><br />
<br />
Retirado de um dos episódios de uma série de 10 filmes feitos para a TV polonesa, conhecida como Decálogo, reconhecido pela crítica. O quinto mandamento de uma hora adquire mais 20 minutos (como não vi o corte da TV, não poderei fazer comparações), mas se vê em seus últimos momentos na fase polonesa, o estilo de Kieslowski filmar, tudo acontece devagar, objetos de cena e momentos aparentemente comuns adquirem uma simbologia forte na construção de seus personagens, além da reflexão do próprio fato de matar, aonde um jovem mata um taxista friamente e o Estado mata o condenado friamente. Um tipo de ciclo vicioso alimentado por uma sociedade acinzentada, com um céu amarelado e morto, como um cadáver em decomposição. O trabalho de luzes e sombra do cineasta atinge uma poética verdadeira de um mundo melancólico aonde a existência da vida é lidada por valores impregnados pela sociedade.<br />
<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVxPgFn7Qv1GoCATfGd3QjV_kDfJ9fDFxqQ5FSiUCD9b751CLButv45Hc6sxr_b5600YYt2T9D1PQCxTJ_CkInXwcKUNrhCRiuP9WITLPwvcNLGrX_UJtalX9xmw0BkdoVUo7Cctx_D80/s1600/365+filmes+por+ano+5.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVxPgFn7Qv1GoCATfGd3QjV_kDfJ9fDFxqQ5FSiUCD9b751CLButv45Hc6sxr_b5600YYt2T9D1PQCxTJ_CkInXwcKUNrhCRiuP9WITLPwvcNLGrX_UJtalX9xmw0BkdoVUo7Cctx_D80/s1600/365+filmes+por+ano+5.jpg" height="200" width="200" /></a></div>
<b>#9 - Whiplash - Em Busca da Perfeição</b> (2014) - <i>Whiplash</i> <b style="color: #b45f06;">~~</b><b style="color: #b45f06;">(Maratona de Premiações)</b><br />
<br />
Nota: 9,5/10<br />
<br />
Direção: <b>Damien Chazelle</b><br />
<br />
Jazz, sangue e suor se combinam num embate de Andrew (Miles Teller, descomunal) em se tornar um dos melhores bateristas do mundo, se inspirando nos grandes nome do jazz, vivendo sob a tutela de um rígido e pouco ortodoxo professor e condutor, Fletcher, vivido com monstruosidade por J.K. Simmons (um veterano que finalmente tem uma certa indicação ao Oscar e uma possível premiação). Ambos os atores estão em um nível de entrega tremendamente alto e Teller ignorado nesta temporada é uma afronta ao talento prodígio. Uma direção incrível e uma montagem rítmica e enérgica levam o frenesi de um solo de bateria ao ápice da catarse em seu final, com um virtuosismo técnico que se mantém camuflado diante das atuações e do roteiro bem desenvolvido. Damien surge como um novo cineasta, jovem ainda e que tem muito a oferecer para o cinema.<br />
<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjk71urqo0ApIKff9CV48Ma9MH23W8MgA31uUBYQjaccbQSz8DWWwOy2HTWbULZyGz9OCFWxUJzxWQsYNkOf9CyKXA1aI5WT0KFVT6Y-8jC9E-Duxbe5u6mWYELWxh_61TlFtT-ffAEPmA/s1600/365+filmes+por+ano+6.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjk71urqo0ApIKff9CV48Ma9MH23W8MgA31uUBYQjaccbQSz8DWWwOy2HTWbULZyGz9OCFWxUJzxWQsYNkOf9CyKXA1aI5WT0KFVT6Y-8jC9E-Duxbe5u6mWYELWxh_61TlFtT-ffAEPmA/s1600/365+filmes+por+ano+6.jpg" height="200" width="200" /></a></div>
<b>#10 - The Babadook</b> (2014) - <i>The Babadook</i><br />
<br />
Nota: 8/10<br />
<br />
Direção: <b>Jennifer Kent</b><br />
<br />
Terror excepcional numa época aonde é valorizado apenas a violência gráfica e os sustos fáceis, mas a diretora estreante bebe da fonte de Kubrick, tendo Essie Davis encarnando uma versão de Jack Nicholson em O Iluminado, além de outras referências. Jennifer preza o trabalho com os atores, aonde a atriz Essie e o garoto Noah Wiseman nos puxam para o pesadelo sobrenatural/psicológico que eles enfrentam. Com o acerto de não explicar a criatura-título, a trama embarga no melhor do terror, evitando os pulos da cadeira pra deixar o espectador grudado na poltrona, a transformação psicológica sugerida pela imagem do que mostrar o sangue arreganhado, espirrando na cara do espectador. Um terror psicológico de alta qualidade, que não é original, mas que brilha pela excelente condução.<br />
<br />
<br />Maurício Owadahttp://www.blogger.com/profile/17063812999651570673noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3009402629771100224.post-63262661544499269542015-01-09T12:53:00.000-08:002015-01-09T12:53:09.854-08:00Sessão Curta+: ¡Una Carrerita, Doctor! (2011)<div style="text-align: center;">
<div style="background-color: white; text-align: justify;">
<b style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 20.7900009155273px;">Filme</b><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 20.7900009155273px;">: </span><span style="background-color: transparent; font-size: 15px; line-height: 20.7900009155273px; text-align: center;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">¡Una Carrerita, Doctor! </span></span></div>
<div style="background-color: white; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 20.7900009155273px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b>Direção</b>: Julio O. Ramos</span></div>
<div style="background-color: white; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 20.7900009155273px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b>Roteiro</b>: </span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 20.7900009155273px;">Julio O. Ramos</span></div>
<div style="background-color: white; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 20.7900009155273px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b>Gênero</b>: Drama</span></div>
<div style="background-color: white; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 20.7900009155273px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b>Origem</b>: Peru</span></div>
<div style="background-color: white; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 20.7900009155273px; text-align: justify;">
<div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b>Duração</b>: 10 minutos</span></div>
<div>
<b style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 20.7900009155273px;">Sipnose: </b><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 20.7900009155273px;">Teimoso médico atendente de emergência, Ramon Moran tem que dirigir um táxi para dar fim às despesas, na cidade de Lima (Peru), que desafia constantemente seu orgulho e ética de trabalho.</span></div>
</div>
<div style="background-color: white; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 20.7900009155273px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 20.7900009155273px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><i>*Dica: aperta no item da lateral do vídeo para expandir a imagem. Legendas em inglês.</i></span></div>
<div style="background-color: white; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 20.7900009155273px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 20.7900009155273px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Filme:</span></div>
</div>
<div style="text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="281" mozallowfullscreen="" src="//player.vimeo.com/video/56782935?color=ff9933" webkitallowfullscreen="" width="500"></iframe> </div>
<br />Maurício Owadahttp://www.blogger.com/profile/17063812999651570673noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3009402629771100224.post-41049179461369731342015-01-06T13:40:00.002-08:002015-01-21T04:55:06.004-08:00Crítica: Meu Amigo Totoro (1988)<div style="text-align: center;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjaV8dLv0n7eW2HuJBCfN7IBqtAmgvLe3WB4PSHtuql7XnEDqjkr7XoDqKbeJSkTdsS_ZezWM3KVsrcE9YSVd4o6RA6gkC69fmQFFSxEHGEMEH9Jc8_Clzww06IqQ2EFIf7k5-th8EGxNw/s1600/images.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjaV8dLv0n7eW2HuJBCfN7IBqtAmgvLe3WB4PSHtuql7XnEDqjkr7XoDqKbeJSkTdsS_ZezWM3KVsrcE9YSVd4o6RA6gkC69fmQFFSxEHGEMEH9Jc8_Clzww06IqQ2EFIf7k5-th8EGxNw/s1600/images.jpg" height="400" width="282" /></a></div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
Por<i> <b>Maurício Owada</b></i></div>
<i><br /></i>
<i>"Miyazaki trás nesta animação todo o espírito</i></div>
<div style="text-align: center;">
<i>do olhar infantil perante o mundo"</i></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
A fantasia é um elemento sempre presente na nossa infância, seja no que lemos, assistimos ou brincamos. Quando somos criança, somos estimulados por uma imaginação que visa cada objeto como um elemento fantástico de um cenário projetado na nossa mente. Um graveto vira uma espada, um pano de cortina vira uma capa etc.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A historia é sobre duas irmãs que vivem no campo com o pai, enquanto a mãe está no hospital tratando de um câncer, o que faz com que elas a vejam poucas vezes. Um dia, a irmã mais nova encontra no quintal, uma pequena criatura que a leva uma toca, se encontrando com uma outra criatura, maior e de uma simpatia de tamanho semelhante, chamado Totoro. Através dele, as duas meninas embarcarão numa aventura contagiante, em meio a conflitos familiares.<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<a name='more'></a><span style="text-align: justify;">Apesar do tom escapista, </span><b style="text-align: justify;">Hayao Miyazaki</b><span style="text-align: justify;"> jamais permite que a realidade soe trágica, pois ele encara a doença e todos os males que assolam nossos entes queridos como uma parte do processo natural da vida, de sofrermos pela dor do próximo, principalmente um ente tão querido. Mesmo todo o drama que a irmã mais velha passa por ter a consciência que pode não ver sua mãe novamente, o cineasta não pesa a mão num sentimentalismo barato e aquela leveza não se torna um amenizador daquilo que ocorre na tela, mas serve para que as crianças se identifiquem com aquelas meninas, que possuem energia ainda para brincar e sonhar.</span><br />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O que sempre chamou atenção não só na obra de Miyazaki, mas no cinema japonês como um todo é o elemento humanista sempre presente. Não importa exatamente os conceitos padrões da sociedade, assim como no cinema de <b>Akira</b> <b>Kurosawa</b> (o ser humano em meio ao ambiente social) e <b>Takeshi Kitano</b> (o indivíduo que reage ao imprevisível), Miyazaki retrata suas protagonistas (na maior parte, meninas e mulheres) diante de fenômenos e eventos turbulentos e a força que encontra em tempos de provação e jamais largam de seus valores, isso enaltece bastante uma certa posição política de Miyazaki, que toma forma de um pensamento que preza a plenitude da alma humana, que encontra capacidades de evoluir espiritualmente e vemos como suas protagonistas servem de exemplo. No caso de Mei e Satsuki, é jamais deixar de lado a esperança e a alegria, sendo ela não como um escapismo, mas uma base para que nós sempre nos mantenhamos em pé e se isso soa clichê neste texo, é porque o filme jamais precise expressar em palavras um conceito tão simples, cercando de forma certeira nesta simplicidade que tem muito a nos ensinar.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Totoro não é apenas uma criatura simpática e meiga, mas um resquício daquilo que navega no nosso coração. Uma inocência (não é ingenuidade) que encanta, um brilho de ternura que nós criamos para nos acompanhar em empreitadas espinhosas e muitas vezes, tempestuosas, quando simplesmente as gotas de chuva não incomodam quem não tem medo de se molhar.</div>
<br />
Nota: 9,5/10,0<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgkH2sMNbjC0naSxCqfFq4I-Bg7MtkmAU0tLo3SqRHa-0uwGsiR_Wvg__0991MQUMRJ5yaMWSt7lPoj7KMEmYn37472HQWymeTwqOCa5Mi6KRB0QwRIMrHvMKoHBkkgJgT4mJEHylzKRwU/s1600/download.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgkH2sMNbjC0naSxCqfFq4I-Bg7MtkmAU0tLo3SqRHa-0uwGsiR_Wvg__0991MQUMRJ5yaMWSt7lPoj7KMEmYn37472HQWymeTwqOCa5Mi6KRB0QwRIMrHvMKoHBkkgJgT4mJEHylzKRwU/s1600/download.jpg" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_P3w_ErMZiQ-cNnKdhg4eWBMkkNJ0he8LKkIQ1t7JGsNv6PvRwNsWxJ2AyhN5Du-rKvNTmKZhDtwVOr5VPM23LulcKebXMw_X8ty6z8ekjhnIrrKuy8lG_803sTtJg6h1bdje8yD-fkc/s1600/totoro-2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_P3w_ErMZiQ-cNnKdhg4eWBMkkNJ0he8LKkIQ1t7JGsNv6PvRwNsWxJ2AyhN5Du-rKvNTmKZhDtwVOr5VPM23LulcKebXMw_X8ty6z8ekjhnIrrKuy8lG_803sTtJg6h1bdje8yD-fkc/s1600/totoro-2.jpg" height="173" width="320" /></a></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGidEFbdjDRtevZccW-mgFJ7ubBevdKHO2yBwDBOpRGkLNiLuDbi-UIQcZf4qkg2e6r4IImfp6p0igGx2ZAXWBFz1zDUKFihOJzcUpMqN6mQl1aVNn79wsH5WM_7VrDlhfLNHhLjQ4y20/s1600/totoro-4.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGidEFbdjDRtevZccW-mgFJ7ubBevdKHO2yBwDBOpRGkLNiLuDbi-UIQcZf4qkg2e6r4IImfp6p0igGx2ZAXWBFz1zDUKFihOJzcUpMqN6mQl1aVNn79wsH5WM_7VrDlhfLNHhLjQ4y20/s1600/totoro-4.jpg" height="194" width="320" /></a></div>
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<br /></div>
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Trailer:</div>
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<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="//www.youtube.com/embed/zXG4DcIAfBE" width="420"></iframe></div>
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<br /></div>
Maurício Owadahttp://www.blogger.com/profile/17063812999651570673noreply@blogger.com0